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Conteúdo 23 de março de 2009

A primeira locomotiva a gás do Brasil é testada







Vale (Fone: 21 3814.4360), segunda maior minera­do­ra diversificada do mundo em valor de mercado e líder mundial em produção e ex­por­tação de minério de ferro, acaba de lançar o “Trem Bicom­bustí­vel” ou “Trem Verde”, que se utiliza da mistura de gás natural e diesel para movimentar suas locomotivas.

O projeto, inédito no Brasil, está em fase de testes na EFVM – Estrada de Ferro Vitória a Minas, uma das mais produtivas e eficientes do mundo, de acordo com a Vale. Durante o período serão utilizadas diferentes concentrações de gás, que variam de 50 a 70%.

O investimento nesta fase de testes totaliza R$ 2.4 milhões e, segundo a assessoria de imprensa da empresa, ainda não é possível mensurar qual será o retorno alcançado, embora as expectativas sejam boas. “Caso os testes sejam satisfatórios, a Vale pretende implantar o ‘Trem Verde’ em toda a frota da Estrada de Ferro Vitória a Minas e EFC – Estrada de Ferro Carajás. O investimento na implantação da frota da Vitória a Minas pode chegar a R$ 460 milhões”, divulga a assessoria de imprensa da Vale.

Além do novo combustível, a tecnologia ECP de freios eletropneumáticos também contribui para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. Conforme explica a assessoria, esta tecnologia é composta por dispositivos que facilitam o controle de velocidade e a rápida atuação dos freios em todos os vagões de uma composição, possibilitando ao operador melhor controle do trem. “Os freios eletropneu­má­ticos contribuem diretamente para ganhos de eficiência energética, garantindo economia de cerca de 5% no consumo de combustível”, revela.

Segundo a empresa, a conversão dos motores das locomotivas para o gás natural permitirá a redução das emissões de CO2 na atmosfera, provenientes da queima de combustíveis. “Estima-se que, com o uso futuro de gás nas locomotivas das ferrovias EFVM e EFC, deixarão de ser emitidas 73 mil toneladas de CO2 equivalentes na atmosfera por ano”, prevê a companhia, apontando que este número corresponde ao sequestro de CO2 do reflorestamento de mais de 155 hectares de mata nativa e equivale à emissão de uma cidade não industrializada de aproximadamente nove mil habitantes.

A companhia destaca, ainda, que com a utilização de gás natural nas locomotivas conseguirá evitar uma quantidade de CO2 superior ao que deixou de ser emitido por toda a empresa com o uso das misturas de biodiesel B2 e B3 (71 mil toneladas) em 2008, em locomotivas, caminhões fora-de-estrada e na geração elétrica. “Em janeiro de 2007, a Vale antecipou-se à Lei Federal 11.907/05 e passou a utilizar o B2 (mistura de 2% de biodiesel e 98% de diesel comum). Em julho de 2008, substituiu o B2 pelo B3 (3% biodiesel e 97% diesel comum).”

A primeira viagem do “Trem Verde” foi feita em dezembro no último ano. De acordo com a Vale, na ocasião, o motor de uma locomotiva modelo BB36 foi convertido para gás natural e a composição circulou com 168 vagões na malha da EFVM. “Os investimentos da Vale nos novos motores a gás natural estão alinhados à estratégia da empresa de investir no mercado de gás, por meio da aquisição de participações em blocos exploratórios, ampliando seu consumo e as opções de geração energética”, explica a assessoria de imprensa.

Também segundo a assessoria, desde 2007 a Vale investe em participações em consórcios para exploração de gás natural nas bacias sedimentares brasileiras. “A empresa já construiu um portfólio composto por 17 blocos. Em novembro de 2008, a Vale adquiriu a PGT – Petroleum Geoscience Technology, empresa especializada em exploração e produção de petróleo e gás.”

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