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Veículos 9 de outubro de 2015

Anfavea estima que tombo das vendas de pesados será de 45,5% em 2015

O tombo das vendas de veículos comerciais pesados em 2015 será ainda maior, conforme revisão das projeções da Anfavea divulgadas na terça-feira, 6. De acordo com a entidade, os licenciamentos de caminhões e ônibus não devem ultrapassar as 90 mil unidades, volume que se confirmado, representará queda de 45,5% na comparação com o ano passado, quando foram emplacadas 165 mil unidades. Na revisão anterior, apresentada em junho, as fabricantes previam queda de 41%, para 97 mil unidades.

O tombo das vendas de veículos comerciais pesados em 2015 será ainda maior, conforme revisão das projeções da Anfavea divulgadas na terça-feira, 6. De acordo com a entidade, os licenciamentos de caminhões e ônibus não devem ultrapassar as 90 mil unidades, volume que se confirmado, representará queda de 45,5% na comparação com o ano passado, quando foram emplacadas 165 mil unidades. Na revisão anterior, apresentada em junho, as fabricantes previam queda de 41%, para 97 mil unidades.

A maior influência negativa virá dos caminhões, uma vez que o setor responde por cerca de 80% das vendas totais de veículos comerciais pesados, considerando o volume registrado nos nove meses completos do ano, cujo desempenho confirma o péssimo ano. De janeiro a setembro, as vendas diminuíram 44% contra mesmo acumulado de 2014, passando de 99 mil para 55,5 mil veículos. A categoria de pesados, que reúne caminhões com PBT maior ou igual a 15 toneladas, continua com a maior retração entre as demais, acima de 60% no comparativo anual, para 13,9 mil unidades. Todas as demais apresentaram queda das vendas, exceto a de semileves, com PBT maior que 3,5 toneladas e menor que 6 toneladas: houve alta de 1,1% na mesma base de comparação, para pouco mais de 2,8 mil unidades.

Só em setembro, as vendas de caminhões recuaram 47,1% na comparação com mesmo mês do ano passado, para 5,9 mil unidades, embora haja pequeno crescimento de 2% sobre as vendas de agosto. Segundo dados da Anfavea, este é o pior setembro para o segmento desde 2003.

“A situação é dramática: nos últimos 5, 6 anos, a demanda cresceu de forma expressiva, principalmente em 2011, que foi um ponto fora da curva, com a antecipação de compra devido a chegada do Euro 5. Neste cenário, todas as empresas aumentaram investimento em capacidade para enfrentar uma nova demanda que não aconteceu. 90 mil unidades é um desastre para o segmento, não só sobre o aspecto de volume de vendas, mas também porque aumenta significativamente a concorrência entre as marcas. Todo mundo está praticando preços irreais, vendendo Euro 5 com preço de Euro 3”, afirma Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea.

O executivo acrescenta que a mudança do processo de aprovação de crédito do Finame PSI para a forma mais simplificada e aprovada na semana passada pelo BNDES pode gerar agilidade nas compras do último trimestre. “Neste formato se consegue fechar o negócio na hora, na própria concessionária, diretamente com o agente financeiro. No processo tradicional, a aprovação demora até 30 dias para acontecer nos âmbitos do BNDES”, revela. “Mas nada que mude a expectativa negativa para o ano. O ânimo continua reduzido, influenciado pelas previsões de PIB também negativo para 2015.”

Também há uma expectativa sustentada pela Anfavea de que o terceiro trimestre de 2016 deve apontar alguma reação do setor: “Mas é um longo caminho até lá. Cada empresa vai ter que se virar nos próximos anos, não só em 2016”.

Na contramão do mercado interno, as exportações apresentam resultado positivo em todas as comparações da Anfavea: no acumulado até setembro foram vendidos 15,5 mil caminhões a mercados externos, alta de 11,2% sobre igual período de 2014. Em setembro, os embarques somaram pouco mais de 2 mil unidades, crescimento de 32% sobre agosto e de 27% sobre mesmo mês do ano passado.

Mas o bom desempenho das exportações não são suficientes para compensar as perdas do mercado interno fazendo a produção despencar: em nove meses, as fábricas de caminhões entregaram 59,1 mil unidades, volume 47,2% menor do que o registrado em idêntico intervalo do ano passado, quando as linhas montaram 112 mil unidades.

“Hoje trabalhamos para regular estoques, produzir somente aquilo que o mercado está consumindo. Cada empresa está tentando se virar como dá”, reforça Saltini.

ÔNIBUS

Embora a Anfavea não tenha relatado as previsões de vendas separadamente para o segmento de veículos pesados, é certo que assim como o de caminhões, o volume de emplacamentos de chassis de ônibus cairá. Entre janeiro e setembro, os licenciamentos recuaram 31,2% no comparativo anual, para 13,7 unidades.

Já para mercados externos, as vendas de chassis também apresentaram melhora. No acumulado houve crescimento de 6,9% das exportações com o embarque de 5,2 mil unidades contra as 4,8 mil registradas nos mesmos nove meses de 2014. Ainda assim, a produção diminuiu 33,1% no período, para 18,6 mil unidades.

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