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Especial 14 de março de 2016

Baterias tracionárias para empilhadeiras: recuperação e manutenção marcaram o ano de 2015

Para alguns, um ano bom. Para outros, um ano de retração. Assim é, resumidamente, a análise que os representantes de fabricantes e distribuidores de baterias tracionárias para empilhadeiras e outros veículos elétricos analisam 2015.

Wilken D. Drumond, diretor comercial da AWM Manutenções Elétricas (Fone: 31 3422.7842), está no lado dos que apontam 2015 como um ano bom. “Foi um ano expressivo, muito bom neste segmento, pois tanto se vendeu muitas baterias novas, quanto se recuperou baterias defeituosas. As nossas vendas foram boas.”

Drumond ainda diz que procuraram influenciar seus clientes com as novas estatísticas de funcionalidade e condições climáticas. “A AWM Manutenções trabalhou junto de novas e necessárias mudanças, como o uso de apenas duas baterias por turno em um país tropical, o que acaba precocemente com as baterias por excesso de temperatura. Uma situação que a AWM Manutenções Elétricas procurou expor é que, com o aumento da temperatura global, as baterias em carga e/ou descarga já tiveram uma ligeira elevação da temperatura. As máquinas que trabalham somente com duas baterias apresentaram um acréscimo que passou de 10º C. Por isso tentamos conscientizar os clientes desta necessidade, e novas unidades foram acrescentadas às salas de baterias. Assim, entendemos que 2015 foi um ano bom de muita adaptação financeira e adequação na operação, e posso afirmar que essa tendência vai alavancar 2016”, comenta o diretor comercial.

Embora lembrem que a retração na economia, devido à crise política, foi significativa em todos os setores, Alexandre Benevento Romero e Marcio Roberto Aguado, supervisores de vendas – Unidade de Baterias Tracionárias – da Baterias Fulguris – Newpower Sistemas de Energia (Fone: 11 2413.5605), dizem que, porém, para a sua empresa, o impacto foi mínimo – “conseguimos atingir nossos objetivos traçados para 2015”.

A GNB Industrial Power (Fone: 11 5098.3590) também foi outra empresa que atingiu suas metas em 2015, segundo conta Edson Costa, gerente de vendas. Em que pesou que tivesse sido um ano de grande tensão, em função de todos os impactos negativos gerados pela crise econômica e política no Brasil, abalo na confiança de investimentos e na forte queda no mercado de veículos industriais, a GNB alcançou todas as metas que estavam estabelecidas para o ano, obteve um resultado extremamente positivo em relação ao crescimento nas vendas e, também, aumento de market share, conquistando importantes contas no decorrer do ano, ainda de acordo com o gerente de vendas.

“No ano de 2015, no Estado de Santa Catarina, as vendas de baterias tracionárias caíram assustadoramente em 61%, mas as manutenções cresceram 66%. Então, verificamos uma mudança de cultura, forçada pela crise econômica em relação às manutenções preventivas e corretivas, o que diminuiu o impacto para uma queda de apenas 13% em nosso faturamento total”, comenta, agora, Idelson Oliveira, gestor técnico da Batersul Distribuidora de Baterias e Serviços Especializados (Fone: 47 3368.7171). Já a análise de Rinaldo Alberto Drumond, diretor comercial da BTR São Paulo (Fone: 19 3492.4677), destaca que, além da crise econômica que assola o País, responsável principal pela redução da produção de baterias no Brasil, também faltou por parte dos fabricantes o desenvolvimento de inovações e lançamentos. “Sabemos que não é uma tarefa fácil, porém existem, principalmente na Europa, projetos já bastante adiantados para acumuladores elétricos alternativos, como as baterias de lítio ferro fosfato, de lítio óxido de cobalto e de lítio óxido de manganês, e também baterias com grande longevidade, como as alcalinas, que atingem aproximadamente 20 anos de uso. Sobre o que de positivo houve neste período, saliento que se abriu, de forma satisfatória, o mercado de serviços neste setor, onde os clientes, sejam eles pequenos, médios ou grandes, procuram alternativas e novidades quanto à revitalização de suas baterias, melhora na autonomia e aumento da vida útil das mesmas, minimizando, assim, grandes investimentos”, completa Rinaldo.

Finalizando a análise do ano que passou, Antonio Donizetti Mazzetti, gerente comercial da Matrac Comércio e Serviços (Fone: 11 2905.4108), lembra que 2.015 foi um ano muito ruim para o segmento, em função da crise política e financeira que assola o Brasil. “Desta forma, tivemos uma retração de 20% em nossos negócios.”

Ainda segundo Mazzetti, houve uma considerável queda na venda de baterias novas e de reposição, sendo que a manutenção do negócio vem sendo sustentada pela prestação de serviços, mais especificamente a manutenção preventiva e corretiva das baterias.

“Contudo – prossegue o gerente comercial da Matrac – tivemos uma surpresa agradável no segmento de locação de baterias tracionárias, que se mostrou estável. Trata-se de uma equação fácil de explicar: as empresas estão produzindo muito menos e a movimentação e armazenagem de materiais também entram em declínio. Logo, não há consumo de baterias. Não obstante a isso, os clientes procuram nas poucas reposições melhores custos, optando cada vez mais pelo reparo das baterias defeituosas, postergando novas aquisições.”

E 2016?

E para 2016, quais as perspectivas? Novamente, elas são otimistas e pessimistas

“O ano de 2016, posso garantir, será de muitas vendas e serviços de baterias tracionárias. A movimentação de mercadorias certamente irá impulsionar o mercado em 2016, teremos um crescimento nas operações bem administradas, devemos enxergar soluções e novas estratégias no desenvolvimento da produção. A AWM Manutenções apostou em um 2016 crescente com boas parcerias e de muitos bons negócios a serem realizados. Por outro lado, acreditamos que em 2016 deve haver maior recuperação das baterias, ao invés do seu descarte e substituição. E posso afirmar que esta atitude ainda irá influenciar, às vezes até positivamente, em novas compras, fidelizando as marcas, pois uma bateria às vezes era descartada em pouco tempo por pequenos defeitos, comprometendo a imagem do fabricante da bateria. Lembro que estávamos em período de abundância e uma economia confiável, comprava-se de tudo a todo instante e assim mesmo sucateavam-se baterias por muito pouco problema. A realidade precisava mudar”, avalia Drumond, da AWM Manutenções.

Já para Romero e Aguado, da Baterias Fulguris, o mercado em 2016 não deverá ser tão diferente de 2015. Segundo ele, o setor mercadológico está com a demanda represada e, quer queira ou não, estes setores que se seguraram até agora vão chegar a um momento em que deverão adquirir novos equipamentos e, por sua vez, a troca ou renovação de sua frota de baterias. “A nacionalização de empilhadeiras elétricas de marcas que já estão no Brasil também pode impulsionar o aumento de demanda.”

Os supervisores de vendas da Baterias Fulguris também avaliam que, em decorrência da crise econômica e política que o pais vem enfrentando, não conseguem enxergar nesse início de ano (primeiro trimestre) indícios de novos investimentos. “Esperamos que esta demanda surja em 2016 baseando-se na manutenção e substituição da frota de máquinas existentes no mercado brasileiro, que está represada”, completam.

Rinaldo, da BTR São Paulo, pensa que as perspectivas para o setor terão dois extremos, e começando pelo pior, as expectativas para vendas de baterias novas não atingirão números satisfatórios aos fabricantes, pois as vendas ainda serão modestas para reposição e aquisição, juntamente com veículos elétricos que amargam uma redução nas vendas em torno de 40%.

Por outro lado – ainda segundo o diretor comercial da BTR São Paulo –, as empresas prestadoras de serviços (manutenção em bateria) deverão ter uma alta significativa com aumento de manutenção preventiva e reforma de baterias, reduzindo, assim, gastos em investimentos, uma vez que as baterias terão maior autonomia e vida útil nas operações.

Por sua vez, Oliveira, da Batersul, pensa que em 2016 e nos próximos anos, a falta de investimentos no Brasil e a falta de competitividade nas exportações e o desaquecimento do mercado interno por juros altos, aliadas a outros fatores, como altos impostos, falta de estruturas portuárias, estradas ruins e pedágios, não contribuem para um crescimento da logística, retraindo, assim, o mercado de baterias tracionárias.

“Não queremos ser pessimistas – continua o gestor técnico da Batersul –, mas enquanto nossos representantes políticos não fizerem jus ao que lhes forem confiados pelo povo, não otimizarem uma forma de governo para gerirem este pais como se fosse uma grande empresa, estaremos remando rio acima com apenas uma canoa e um remo, sem muita perspectiva …. mas remando!!!”

Costa, da GNB Industrial Power, salienta que a sua perspectiva para 2016 é novamente se preparar para um ano difícil com pouco ou nenhum crescimento, “mas trabalharemos para manter a participação de mercado conquistada e, também, estamos ampliando nossa base de produtos para entrar em novos mercados. Achamos que o principal fato que pode influenciar o mercado em 2016 é a retomada na confiança do consumidor final e empresários na direção de nossa economia – sem estas melhorias, o consumo e os investimento não retomam e os indicadores da economia continuarão estagnados. Também creio que boa parte de toda insegurança é consequência da atual crise política – sem definições claras em relação ao rumo de nosso país dificilmente deveremos avançar. Nosso segmento está totalmente ligado ao mercado de empilhadeiras, se a economia não reagir entendemos que será mais um ano de retração no mercado. Outro ponto importante é o retorno de linhas de financiamento para as empresas que viabilizam investimentos de longo prazo”.

Ainda de acordo com o gerente de vendas da GNB Industrial Power, apesar da conjuntura atual, a empresa tem planos de realizar investimentos na área fabril que visam ao aumento de capacidade produtiva, redução de custos e nacionalização de produtos. “Também daremos inicio à infraestrutura para fabricação de baterias de submarino, que têm bastante sinergia com a linha tracionária. Um dos objetivos ainda para 2016 é conseguir percentual de nacionalização em algumas linhas para viabilizar a venda através de FINAME e BNDES”, completa.

Mazzetti, da Matrac, também acredita que 2.016 não será um ano diferente do anterior, uma vez que a crise política e financeira está longe de acabar. “Diversos analistas financeiros preveem nova queda do PIB e uma produção industrial em queda. Os mais otimistas preveem uma estabilidade nos níveis de produção, e é baseado nisso que estamos planejando nossos negócios.”

Ainda sob a ótica do gerente comercial da Matrac, o segmento de movimentação e armazenagem de materiais é o termômetro da economia. “O aspecto negativo é que quando a produção industrial entra em declínio, esse segmento é o primeiro a sentir, uma vez que não há fartura de materiais para movimentar. Porém, quando a economia reaquece, é o primeiro a ser acionado, de forma a dar conta da armazenagem e distribuição da produção industrial. Desta forma, só nos resta torcer para que o Brasil encontre seu eixo, do ponto de vista político e financeiro, para retomada do crescimento da produção industrial”, conclui.

Linha de produtos e serviços

AWM Manutenções: empresa multimarcas que oferece vários tipos de serviços ou vendas, disponibilizando oito oficinas volantes e frete próprio aos seus clientes.

Baterias Fulguris: fornece baterias tracionárias com capacidade de 95 a 1.520 AH – em 24 V, 48 V e 80 V – em tipos para empilhadeiras/locomotivas, e baterias de 105 a 440 Ah – em 4 V e 6 V – para metrô, trens, locomotivas e pontes rolantes.

Batersul: trabalha com todo o segmento de baterias industriais, mas seu carro chefe são as tracionarias, sendo que as de 48 V/608 Ah e 24 V/324 Ah apresentam o maior volume de vendas.

BTR São Paulo: Desenvolve novos equipamentos e métodos de trabalho como: software de gerenciamento de sala de baterias; teste de carga resistiva com emissão de relatório gráfico de desempenho; produtos para limpeza a seco das baterias Ecoclean; medidor de fuga de corrente; monitor de carga e descarga de bateria; Powerfull Additive (Powerbatt), desulfatador químico de bateria; e Powerbatt, agente químico desulfatador de baterias.

GNB Industrial Power: fornece baterias tracionárias para todo tipo de veículos industriais, com especial destaque para baterias tracionárias para empilhadeiras elétricas, paleteiras e rebocadores. Na linha de veículos elétricos fornece baterias tracionárias para lavadoras e varredeiras de piso, plataformas de elevação, carros de golf, veículos AGV e várias outras aplicações. Em sua linha de produtos conta com baterias de tecnologia GEL, AGM e ventilada com as mais variadas voltagens e a capacidades.

Matrac: oferece baterias tracionárias em capacidades de 46 a 1.190 Ah/8h e tensão de 6, 12, 18, 24, 36, 48 e 72 V. São indicadas para aplicação em empilhadeiras elétricas, paleteiras elétricas, lavadoras de piso, rebocadores e demais veículos elétricos de corrente contínua. A tecnologia é tubular e a ciclagem média de 1.450 ciclos.

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