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Economia 21 de setembro de 2015

Brasil e Rússia defendem crédito em moeda local

Com Brasil e Rússia em recessão, os dois governos determinaram que os respectivos bancos de desenvolvimento, o BNDES e Vneshekonombank, sejam mais incisivos na informação ao setor privado sobre a existência de financiamento em moeda local, real e rublo, para projetos de investimentos e incentivos às operações de exportações entre os dois países.

A necessidade de impulso foi fixada em comunicado final da reunião da Comissão Econômica Brasil-Rússia, presidida pelo vice-presidente Michel Temer e pelo chefe do governo russo, Dmitry Medvedev, ontem, na capital russa.

Ao final do encontro, que ocorre a cada dois anos, Temer observou que os dois bancos podem oferecer linhas adicionais para financiamentos de projetos investimentos nas duas economias.

Autoridades brasileiras se declararam satisfeitas com os contatos para atrair empresas russas para investimentos de modernização de infraestrutura, nas áreas de ferrovias, portos e energia. Para os dois lados, a reunião em Moscou foi positiva também por identificar meios de expandir comércio e investimentos.

A meta é elevar o comércio bilateral a US$ 10 bilhões em alguns anos, ante US$ 6,8 bilhões atualmente e em queda por causa da contração da demanda nos dois mercados.

Medvedev voltou a defender mais rapidez para viabilizar a realização de pagamentos em rublo e real, que é um objetivo bem mais amplo do que o acordo entre os dois bancos de desenvolvimento. Temer ficou de acionar o Banco Central para examinar de novo como superar certas dificuldades para as transações com as moedas dos dois países.

Temer e Medvedev destacaram avanço no diálogo político. Brasil e Rússia defendem reforma do sistema internacional para ser mais representativo e eficiente. O representante brasileiro destacou a referência a apoio dado pela Rússia a pleito brasileiro por assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Na reunião, o Brasil destacou também a utilização do sistema russo de navegação por satélite Glonass. Foi assinado acordo para instalação e uso de nova estação na Universidade de Santa Maria (RS). Também foi confirmada cooperação em curso entre Agência Espacial Brasileira e a Roscosmos, agência russa, para detecção de detritos espaciais.

Um memorando de entendimento entre a Nuclep e a Rosatom, agência de energia nuclear russa, deve estimulará intercâmbio para explorar oportunidades de negócio, como na construção de reator nuclear multipropósito brasileiro, segundo o comunicado final.

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