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Aéreo 22 de julho de 2020

Brasil pode ter embarque aéreo sem uso de documentos

Um sistema de reconhecimento por biometria, que valida a identidade do viajante por selfies tiradas antes do embarque aéreo, está sendo desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para o Ministério da Infraestrutura. A tecnologia está em fase piloto, com previsão de testes ainda em 2020. A ideia é que o passageiro passe por todas as etapas do embarque sem apresentar, em nenhum momento, qualquer tipo de documentação. As selfies serão comparadas com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

“A responsabilidade pela validação da identidade do viajante deixa de ser das companhias aéreas e passa a ser feita, com toda segurança, pelo Governo Federal”, anunciou o coordenador da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Carlos Eduardo Gomes.

Segundo Gomes, o sistema Embarque Seguro também poderá permitir o controle de toda a trajetória do viajante, seu histórico e das pessoas que compartilharam voos com ele.

“Isso é uma ferramenta essencial para as políticas públicas de saúde, principalmente em um contexto de pandemia. Sem falar que o embarque passa a ser feito sem qualquer contato físico”, avaliou.

No futuro, o sistema poderá integrar dados de órgãos diversos, como Interpol e Polícia Civil, avisar o viajante quanto tempo falta para a saída do voo e, ainda, identificar o portão correto e traçar a rota mais rápida para chegar ao local.

Duas selfies

Com o Embarque Seguro, a validação da identidade passa a ser feita por duas selfies: uma tirada antes da entrada na área restrita do aeroporto; outra, anterior ao embarque. Essas fotos são comparadas com outras da base do Denatran, e o sistema registra um “percentual de similaridade”, garantindo a identidade do viajante.

“O cartão de embarque passa a ser emitido com o QR Code Vio, desenvolvido pelo Serpro. Isso permite que os agentes façam a validação mesmo no caso fortuito de falta de eletricidade ou de internet no aeroporto”, explicou o consultor de negócios de Soluções de Gestão de Transporte Terrestre e Aéreo do Serpro, Fernando Paiva.

O uso de todas essas informações está alinhado à LGPD: o processo de identificação atente às necessidades de segurança pública e defesa nacional e o compartilhamento de informações só será possível mediante convênio prévio entre os órgãos.

O passageiro que não tiver smartphone ou não quiser usá-lo para tirar a selfie poderá fazê-la no próprio aeroporto, que estará equipado para isso.

Fonte: Diário do Nordeste

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