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Logística Farmacêutica 22 de novembro de 2022

Cadeia Fria: o desafio na logística internacional de medicamentos

Garantir que a entrega de produtos cheguem aos seus destinos finais em segurança e com processos mais eficientes, é o objetivo de todas as grandes empresas de logística. No entanto, cumprir com cada etapa da cadeia de abastecimento, inclui, por vezes, alguns desafios no caminho, sobretudo na  cadeia fria da logística internacional de produtos fármacos.

A fim de assegurar a qualidade e a vida útil desses produtos, o transporte internacional no setor da saúde precisa atender às rígidas regras mundiais, uma vez que, a sensibilidade dos medicamentos transforma as variações de temperatura, umidade e exposição à luz em fatores de riscos, quando não estão em condições controladas.

Com anos de expertise em logística  internacional farmacêutica, Jackson Campos, Diretor de Mercado Farmacêutico pontua que uma cadeia de frio eficiente consiste em algumas etapas, entre elas: um crucial embalamento, temperaturas apropriadas no armazenamento, transporte estruturado, profissionais preparados, tecnologia como aliada e procedimentos  mais precisos.

O profissional que também ministra um curso sobre a importância da cadeia fria na logística internacional de medicamentos para outros atuantes do comércio exterior, onde  aborda boas práticas, regulamentações, gestão, riscos e soluções da cadeia fria, explica que para iniciar um processo de importação, independente do modal, é necessário desenvolver estratégias e soluções completas que vão desde a definição da embalagem, precondicionamento, troca de gelo ou material refrigerante, monitoramento em tempo real e courier internacional.  “Compreender cada passo é o que garante a integridade do abastecimento mundial de remédios, medicamentos e vacinas”, completa.

Ainda segundo a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 50% das vacinas produzidas mundialmente se danificam até atingir seu destino, devido a erros no controle de temperatura durante o transporte. 

Para o Felipe Gomes Sales, que atua como especialista em regulação e vigilância sanitária na Anvisa, a variação térmica na qual o medicamento pode ser exposto em rotas aéreas e marítimas possui alta amplitude, ou seja, as faixas de temperatura podem oscilar para cima e para baixo de forma abrupta. “É necessário um controle robusto das condições de transporte internacional, por meio de mecanismos e ações de mitigação de risco, com base em dados e conhecimento científico, dos produtos e dos desafios do transporte, somado ainda ao monitoramento das variações de temperatura e de demais parâmetros críticos”, resume. 

Em um mercado regulado e com exigência de sistemas mais robustos, é de suma importância contar com uma cadeia fria inteligente, e bem estruturada e com a manutenção das condições de qualidade dos medicamentos ao longo de toda cadeia farmacêutica.  

“A cadeia de fria é uma das maiores preocupações dos operadores logísticos, além de causar danos à integridade dos medicamentos, há também custos altos em virtude do desperdício de produtos.  Sendo assim, para minimizar estas perdas, é primordial olhar para as etapas críticas da logística da cadeia de frio e identificar os gargalos em cada uma”, conclui Jackson Campos. 

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