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Embalagem 18 de maio de 2018

Caixas e contenedores plásticos garantem segurança no transporte e na armazenagem

Estas características fazem com que estas embalagens venham ocupando espaço no mercado, principalmente nos setores alimentícios e outros relacionados à saúde, onde materiais como a madeira, por exemplo, não podem ser usados sob-risco de contaminação.

“A importância das embalagens é indiscutível, pois acreditamos que mais de 70% dos produtos requerem embalagem até mesmo para saírem dos parques fabris. Sendo assim, as embalagens plásticas acabam sendo utilizadas nos mais variados segmentos de forma versátil e competitiva. Mesmo com uma economia instável, ano a ano existe um crescimento da nossa participação no mercado, porém, para isso é necessário estar atento às necessidades e tendências na utilização das mesmas. Acreditamos que uma das dificuldades no segmento é a distribuição do produto, já que esse gera volume na carga e acabamos nos deparando com o alto custo do frete. Outro fator é o elevado custo da confecção de novas ferramentas, pois são feitas a partir de materiais com alto reajuste de preços.”
Com esta análise do segmento de caixas e contenedores plásticos, Ricardo Polo, diretor executivo da D’Zainer Produtos Plásticos (Fone: 54 2992.8700), começa esta matéria especial de Logweb, a última no segmento de embalagens.
Camila Chaves, supervisora administrativa de Vendas e Marketing da Plásticos Novel São Paulo (Fone: 19 3847.9999), também revela que as caixas e os contêineres plásticos garantem segurança no transporte e na armazenagem, tanto para o produto como no processo em si. Além disso, por serem de plástico possuem maior vida útil quando comparadas às embalagens de papelão e madeira, além de vantagens como fácil higienização e segurança ao usuário.
“As embalagens plásticas garantem maior durabilidade e facilitam a logística reversa, já que os contêineres possuem paredes colapsíveis e as caixas são encaixáveis visando redução de espaço no frete de retorno ou na armazenagem”, completa.
Claudio Mantovani Nóbrega, do departamento de vendas da Bells Produtos (Fone: 11 4810.5820), também destaca que as caixas e os contenedores plásticos hoje são uma realidade no segmento de embalagens, isto porque são resistentes, se adéquam totalmente aos paletes, tanto de madeira quanto de plástico, a higienização é fácil e são recicláveis, sendo ecologicamente corretos. “Este mercado está em franco crescimento, haja vista o crescente número de empresas que aparecem dia a dia para atuar no segmento”, complementa Reinaldo Pereira, gerente de Desenvolvimento e Vendas da Embatech Plásticos (Fone: 11 4029.1222).
É este crescimento de empresas atuantes no segmento o foco da análise de Celso Formigoni Junior, diretor comercial da Pratic Line Industrial (Fone: 11 2450.2250). Ele diz que de alguns anos para cá o segmento vem enfrentando situações de concorrência onde empresas novas, provavelmente na intenção de se tornarem conhecidas, oferecem seus produtos com preços muito abaixo do padrão que se tem como base entre os principais fabricantes. “Os preços de venda estão praticamente ‘engessados’ há dois ou três anos por conta desta situação. Afinal, todos precisam vender e pagar seus compromissos. Já os custos do setor, por outro lado, sobem e não há muito que se fazer para equilibrar as contas. Estamos constantemente buscando, através de negociações com nossos parceiros, qualquer tipo de redução de custo que possa refletir na elaboração de nossos produtos”, opina Formigoni Junior.
Ricardo Leister Roseira, representante comercial da P2P Indústria e Comércio de Plásticos Injetados (Fone: 11 4789.6989), também afiança o crescimento do mercado, destacando que a proibição contínua do uso de madeira em CEASAS tem incentivado em muito o uso de contentores plásticos.
Ainda segundo ele, os grandes problemas enfrentados incluem a falta de matéria prima reciclada e a dificuldade de ter outro fornecedor de matéria prima virgem, além da Brasken, que mantenha o mesmo patamar de qualidade.
“Só este ano já tivemos um reajuste de mais 15% na matéria prima virgem, aumento este que não conseguimos repassar integralmente para nossos clientes”, desabafa Roseira.
Outro problema enfrentado pelo setor, agora apontado por Maria Elisabete Marco, gerente comercial da Rotto Brasil Indústria e Comércio de Plásticos (Fone: 11 4693.4190), é o relacionado ao não reconhecimento do valor agregado ligado à resistência das caixas e dos contentores, sendo os mesmos comparados com produtos de menor resistência, consequentemente com preços menores.
Perspectivas
Com relação às perspectivas neste segmento, Nóbrega, da Bells Produtos, considera muito promissoras, pois as embalagens plásticas se aplicam nas mais variadas áreas, como, cosméticos, farmacêutica, alimentos, hortifrúti, automobilística e linha branca. “Estamos vendo um crescimento continuo no segmento. A cada dia que passa mais clientes vêm aderindo ao uso de caixas plásticas (contentores). Este aumento tem ocorrido pela obrigação do uso de uma embalagem que não junte fungos, como acontece com a madeira”, acrescenta Roseira, da P2P Indústria e Comércio.
A análise de Maria Elisabete, da Rotto Brasil, também vai pelo caminho da ecologia. Ela diz que, com o aumento da compreensão dos empresários em relação à necessidade consciente da não contaminação do nosso meio ambiente, cada vez mais temos que optar por produtos que não precisam ser descartados a cada utilização e, sim, que tenham uma durabilidade maior. “Por esta razão, o processo de rotomoldagem, que permite que as caixas e os contentores tenham uma maior durabilidade e sejam de fácil higienização, se encaixa perfeitamente neste contexto, abrindo caminho para praticamente todos os setores de mercado.”
Quanto ao processo de fabricação, Maria Elisabete é complementada por Pereira, da Embatech. Ele também possui em boas perspectivas, “porém, no nosso caso, o processo é vacum forming, e a tendência de crescimento está no segmento de injeção plástica”.
Já Polo, da D’Zainer, entende que o setor oferecerá oportunidades e, dessa forma, “pretendemos estar inseridos no maior número delas. Buscamos ter um aumento não apenas na participação, mas pulverizar cada vez mais os segmentos de atuação”.
E Formigoni Junior, da Pratic Line, finaliza destacando que, para sua empresa, as perspectivas são sempre positivas, apesar dos embates que enfrentam. “Esperamos, para um ano de Copa do Mundo e eleições, manter nosso desempenho dos últimos anos, com taxas de crescimento em torno de 6%.”

Novas aplicações
Neste contexto, também é interessante saber as tendências, em termos de novas aplicações.
“Hoje temos uma área muito abrangente, mas sempre aparecem novas utilizações, como em minhocário e área ambiental para contenção de fluidos”, revela Nóbrega, da Bells Produtos.
Com o vendedor concorda também Polo, da D’Zainer. Para ele, esse segmento tem grande importância, pois não existe um limite. A embalagem pode se adequar a basicamente qualquer necessidade, mas o que pode ser um ponto muito positivo é que, em alguns segmentos, existe a movimentação de trocar a madeira pelo plástico. “Se pensar em caixas plásticas injetadas então terá um leque de novas possibilidades para todo tipo de empresa, alimentos, farmácia, têxtil, etc.”, completa Pereira, da Embatech.
Roseira, da P2P Indústria e Comércio, também comenta que, hoje, a aplicação do uso de contentores já é muito ampla: em transporte, logística, produção rural, estocagem, mudança, indústria de confecções, automobilística, etc. “Acredito que no momento, os CEASAS são a nossa maior aposta, devido à proibição do uso de madeira.”
De fato, Maria Elisabete, da Rotto Brasil, diz que as caixas e os contentores plásticos são muito utilizados na área de alimentação, por serem facilmente higienizáveis.
E, a todos estes setores apontados, Camila, da Plásticos Novel São Paulo, acrescenta os de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e sistemas automatizados.

Concorrentes
Como já foi visto, as caixas e os contenedores plásticos enfrentam a concorrência dos similares em madeira e até mesmos dos de plásticos, com diferentes processos de fabricação.
“Poderia se dizer que as caixas e os contentores plásticos injetados são concorrentes, porém quando se necessita maior robustez ou uma quantidade menor de peças, o processo de rotomoldagem permite a confecção do ferramental para fabricação com um custo inferior com a mesma qualidade, porém com uma robustez maior. Exemplos são as caixas plásticas rotomoldadas, muito utilizadas em frigoríficos por aguentarem a baixa temperatura”, explica Maria Elisabete, da Rotto Brasil.
Por seu lado, Formigoni Junior, da Pratic Line, destaca que, com a economia do país ainda se recuperando, muitos parceiros optam – ou são obrigados a optar – por preço em detrimento de qualidade ou praticidade. “Como a embalagem, em muitos casos, é vista como ‘custo’, e não como complemento do produto, eles buscam as alternativas disponíveis no mercado, que vão desde a caixa de madeira – já em crescente desuso – até a de papelão. Mas não vejo esses produtos como concorrentes, pois o uso de caixas e contentores plásticos, em minha opinião, só tende a crescer, pois cada vez mais integrantes da cadeia de alimentos estão exigindo o uso destes produtos dos seus parceiros”, avalia o diretor comercial.
Nóbrega, da Bells Produtos, também aponta a caixa de papelão e de poliondas como concorrentes, alertando, porém, que não se enquadram na maioria das áreas. E Polo, da D’Zainer, destaca as embalagens de papelão e madeira, informando que, porém, as de madeira sofreram algumas restrições de utilização em alguns segmentos. “Hoje, nosso principal concorrente é a madeira e o papelão. Um pelo baixo custo (madeira) e o outro pela praticidade de ser ‘one way’, não obrigando a logística reversa”, completa Roseira, da P2P Indústria e Comércio.
Camila, da Plásticos Novel São Paulo, também relaciona os concorrentes: caixas de papelão, além de contêineres de papelão, madeira e metálicos.

Impeditivos
Finalizando esta matéria, os participantes apontam os impeditivos para um maior uso das caixas e dos contenedores plásticos. E como poderiam ser solucionados.
“Acreditamos que um dos empecilhos seria concorrer com produtos de menor valor, mesmo que esses não propiciem a mesma qualidade na utilização. Uma forma interessante para solucionar isso seria a união do setor na divulgação e disseminação dos diferenciais que o plástico propicia, bem como enfatizar o benefício que esse gera para o meio ambiente, já que é reciclável”, descreve Polo, da D’Zainer.
Pereira, da Embatech, também faz uma análise parecida. Ele enxerga que caixas e contenedores concorrem entre si, vai da aplicação de cada empresa e do valor que pretende investir. “Como existem várias empresas, existem também vários valores disponíveis no mercado. A de se ter cuidado com a qualidade do produto.”
Roseira, da P2P Indústria e Comércio, fala que o maior impeditivo hoje é o fato de não haver uma legislação vigente clara, e não existir fiscalização do uso de uma embalagem correta, que possibilite higienização, principalmente no setor de frutas e legumes. “Quando comparadas às embalagens de papelão e madeira, as de plástico têm custo maior. Além disso, o alto custo de transporte para implementar a logística reversa limita o uso de embalagens retornáveis”, completa Camila, da Plásticos Novel São Paulo.
Formigoni Junior, da Pratic Line, também lembra que o custo deste produto é um fator crucial quando da decisão de se usar ou não. A melhora do mercado, através de uma demanda maior, seria positiva para amenizar essa situação.
“Hoje ainda as análises são efetuadas em função de custo, e não de resistência e durabilidade, o que acaba fazendo com que o cliente opte por produtos de menor resistência e durabilidade. Mas acredito que o avanço no estudo de novas matérias primas permita que os preços dos produtos possam ser reduzidos sem perdas de resistência e durabilidade”, finaliza Maria Elisabete, da Rotto Brasil.

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