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Conteúdo 20 de outubro de 2014

Como está seu jardim?

Superar problemas diariamente não é uma missão fácil para ninguém. Aquele provérbio acerca da grama do vizinho ser sempre mais verde vem sendo muito observado nos dias de hoje. Que mais verde que nada! Você já parou para pensar no que ele fez e ainda faz para que sua “grama” seja realmente mais “verde”? Ou que ele pode estar pensando o mesmo acerca da sua? Só temos a certeza de que os problemas aqui representados por secas, chuvas, temperaturas, insetos, terra inadequada… se fazem presentes no “jardim” de cada um de nós.
Seu “jardim” nunca será só de flores, nem só de espinhos e de ervas daninhas. Mas saiba que sempre será pisado por quem colhe suas flores e por quem procura por ervas daninhas: uns para arrancá-las e jogar fora; outros para levá-las como mudas e plantá-las em seus próprios “jardins” e de outrem.
Cuidar da própria vida já é uma atividade difícil, que dirá cuidar da vida alheia… Essa é, infelizmente, uma rotina dentro do ambiente de trabalho. Muitas pessoas estão tão preocupadas com as tarefas e com os comportamentos de seus colegas que se esquecem das suas e de se comportarem da maneira que o ambiente exige. Não que não tenhamos que nos preocupar com nossos colegas de trabalho, porém, isso perde o valor quando não desejamos fornecer ajudas, mas controlar, manipular ou investigar a fim de conseguir “troféus” na busca de um destaque maior no “grupo do custe o que custar”.
Na vida não é muito diferente. Podemos escolher o que plantar em nossos jardins, e o mais importante: podemos escolher o que oferecer para os outros: flores ou ervas daninhas. É uma escolha difícil porque nos baseamos, muitas vezes, na beleza do jardim do outro. Outras vezes, posso achar que há tanta erva daninha em meu jardim que posso fazer duas coisas ao mesmo tempo: me livrar um pouco dela e plantá-la no jardim do outro para torná-lo semelhante ao meu. Procurar ocupar meu jardim com belas plantas é a melhor maneira de impedir que haja espaço para o que é danoso. Embora o cuidado deva ser permanente já que nunca deixará de ser atacado por pragas e por sabotagens por ser bonito, pois quem cultiva e distribui erva daninha sempre achará um espaço entre as flores.
O trabalho é tão presente em nossas vidas que muitas vezes não conseguimos separá-lo do lado pessoal. Certas coisas não fazem bem que as separemos mesmo! Não nascemos com uma essência para a vida, outra para o trabalho, outra para quando estiver viajando… Questões de valores são desvirtuadas quando as utilizamos por conveniências. Claro que certas coisas praticadas em casa não devem chegar ao trabalho. Discernir isso é um ponto-chave.
Quando cultivamos um jardim, a nossa real intenção é de mostrá-lo aos outros. Saber que os outros comentam sobre seu jardim é motivo de orgulho. No entanto, dois perigosos enganos podem suceder: se o outro pode não ter um cuidado com seu próprio jardim, como vai ter o senso medido para elogiar a beleza do seu? O outro engano, pior que o primeiro, é você não ter esse senso e mostrar seu lindo jardim repleto de daninhas, se unindo a quem não sabe a diferença entre as flores e as ervas.
Muitas vezes não somos mesmos capazes de distinguir entre uma flor e uma erva daninha: quando sementes, é praticamente impossível; quando brotam também não é nada fácil; quando crescem e se mostram de verdade, dividindo seu jardim entre o belo e o danoso, percebemos que não adianta muito os sentidos do tato, do olfato e da visão para evitarmos esses enganos. Na verdade, um único sentido nos ajuda na tarefa de plantar nosso jardim: a audição. Ela que nos possibilita distinguir o que é flor e o que não é. E o paladar? É ele que vai lhe dizer acerca do gosto resultante de suas decisões. E vale lembrar que, se faltar “alimento” no seu jardim, você procurará no jardim do outro. Então, forneça-lhe sempre boas mudas.
Bom plantio. Distribua boas mudas e não esqueça de cercar seu jardim com pessoas que admiram suas flores e se dispõem, muitas vezes, a machucar as mãos para arrancar suas ervas daninhas.

Marcos Aurélio da Costa Marcos Aurélio da Costa

Foi coordenador de Logística na Têxtil COTECE S.A.; Responsável pela Distribuição Logística Norte/Nordeste da Ipiranga Asfaltos; hoje é Consultor na CAP Logística em Asfaltos e Pavimentos (em SP) que, dentre outras atividades, faz pesquisa mercadológica e mapeamento de demanda no Nordeste para grande empresa do ramo; ministra palestras sobre Logística e Mercado de Trabalho.

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