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Conteúdo 1 de fevereiro de 2014

Drones

Alcançamos os Jetsons! Os veículos aéreos não tripulados já estão entre nós, como uma promessa nas aplicações de entregas expressas na mesma hora.

Até 2013, os Drones (zagão ou zumbido, em inglês), UAV (Unmanned Aerial Vehicles) ou mesmo VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) eram considerados apenas brinquedos sofisticados ou aplicações muito específicas para tomadas aéreas em filmes, reportagens de eventos esportivos, análise de plantações, fumigação de campos, alerta de incêndios e linhas de transmissão de energia, ou em finalidades militares (supervisão de segurança, vigilância de fronteiras, espionagem e ataques “cirúrgicos”).

Transporte aéreo de cargas de até 2 kgs com prazo de entrega de até 30 minutos, em um raio de alcance de até 16 km – cerca de 20 minutos em voo – não eram ainda cogitadas, mas algo mudou em 1 de dezembro de 2013. Foi quando Jeff Bezos, CEO da Amazon, anunciou no programa “60 minutes” um vídeo demonstrando seu conceito de sistema de entregas expressas na mesma hora, ou same hour delivery (bit.ly/1hAya5q), e então esta e outras experiências inovadoras nesta tecnologia ganharam destaque entre os profissionais de logística e o público geral.


Em resposta – logo em seguida – a DHL mostrou sua solução, depois a UPS e surgiram diversas demonstrações por todo lado. Em reportagem de capa, a revista Popular Science estima que mais de seis mil drones estarão em testes nos EUA ainda em 2014.


Talvez possa parecer apenas uma jogada de marketing para gerar buzz (“zunido”) e propaganda gratuita, no entanto, como sugere este vídeo (bit.ly/1hAGNNB), na Inglaterra a Domino’s entrega duas pizzas em dez minutos e – quem sabe – daqui cinco ou dez anos a popularização da entrega de algumas mercadorias com drones será de fato viável.

No entanto, atualmente, esta tecnologia esbarra na inexistência de regulamentação do trafego aéreo em altitudes entre 100 e 400 metros, que deve ser definida ainda em 2014 pela FAA (Federal Aviation Administration) e, no Brasil, pela ANAC, bem como na reserva de espectro de frequência para comunicação, regras de voo (por exemplo, proibido em menos de 5 km de qualquer aeroporto) e congestionamentos em áreas urbanas e situações de tempestade, impacto ambiental e até mesmo questões de privacidade das imagens. Alias, já existem cartilhas sobre este assunto (1.usa.gov/1hANxLi e 1.usa.gov/1hANVcB).

No Brasil, o problema também reside na falta de regulamentação, de forma que a maioria daqueles que estão em teste está operando ilegalmente, sem a autorização e orientação dos órgãos competentes (ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, e DECEA, Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Aqui a regra hoje é que os Drones simplesmente não podem operar em áreas urbanas. Ponto! Esta situação cria incertezas jurídicas, e empresas e universidades deixam de pesquisar e empreender.

Entre os desafios empresariais, ainda será preciso resolver os custos (estima-se cerca de USD 3,00/entrega) e riscos operacionais (alvejamento de drones e roubo de carga), questões comerciais e desenvolver os sistemas de gestão (a solução da Amazon, por exemplo, está baseada em drones operados remotamente, mas já estamos estudando como automatizar parte desse processo, naturalmente).

Algumas universidades americanas já oferecem cursos, especializações e até doutorado no emergente setor dos VANT, preparando profissionais para trabalharem já em 2015 no uso comercial, gerando bilhões de dólares. Um exemplo é a Unmanned Vehicle University, um centro universitário em Phoenix, nos Estados Unidos, que forma futuros pilotos de drones, engenheiros e a fotógrafos aéreos. Este campo promete números espantosos: até 2015 serão abertos 70 mil postos de trabalho e, na próxima década, outros 100 mil.

No Brasil, os Drones foram destaque de capa da revista INFO em Janeiro/2014, que apresentou o avião não tripulado Falcão, um projeto da Harpia Sistemas (parceria entre Embraer e Avibras), e que já esta voando em cima de nossas cabeças, em testes logo aqui em Jacareí/SP. Em breve, os drones serão ainda mais comentados, pois os robôs alados serão personagens no filme “O Exterminador do futuro”, que estreia agora em fevereiro, bem como nos voos que a FAB fará durante a Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014, para reforçar a segurança durante os eventos.

Enfim, estamos trabalhando para que algum dia, num futuro não tão distante, quem estiver com pressa e não puder mais esperar, terá a opção de receber sua encomenda na conveniência de sua casa ou trabalho, via Drone. Você acredita que isso será possível?

Daniel Gasnier Daniel Gasnier

Diretor da G4 software. Para saber mais, conheça os serviços de Consultoria e Treinamentos InCompany em

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