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Conteúdo 5 de abril de 2015

Estresse no ambiente de trablho

Segundo o Dicionário Aurélio, o estresse é definido pela medicina como um conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras, capazes de perturbar-lhe a homeostase (tendência à estabilidade do meio interno do organismo).

Sem entrar muito na área da medicina, da qual não faço parte, sabemos que o estresse é uma reação natural do organismo e que, na verdade, é algo bom e necessário. Essa reação é aquela que nos permite escapar de certos perigos e nos dá forças para reagirmos em determinadas situações de defesa ou fuga exigindo mais da nossa força física e agilidade.

Num ambiente competitivo essa reação é responsável por sérios danos à nossa saúde, pois a adrenalina liberada fica sem função diante das situações geradoras de estresse que estão presentes de forma constante e se apresentam em períodos de longa duração. Nosso organismo nem tem tempo de eliminar as substâncias descarregadas numa situação e já nos é apresentada outra. O que isso pode acarretar? Quanto podemos suportar? Cada um possui sua resposta, mas há uma só certeza: isso faz muito mal.

Sabendo que o ser humano não reage bem aos agentes estressores quanto à capacidade e qualidade de raciocínio, algumas empresas vêm abrindo os olhos para proporcionar um melhor ambiente de trabalho. A busca da qualidade de vida é um atrativo a mais para o funcionário na hora da contratação e um ganho extraordinário para as empresas que aumentam seu poder de inovação: essencial nos dias de hoje para contornar situações que exigem criatividade e entrega.

Mas, esse é um caminho ainda distante de muitas empresas e uma conquista pouco apreciada por muitos profissionais que enfartam – é, enfartam – pensando que são os “super-homens do mundo moderno”. Não há mistério nisso: essa “conta” nos será cobrada mais cedo ou mais tarde. É o nosso estilo de vida, trabalho, alimentação e prática de exercícios que determinam como estaremos no ano seguinte. O problema é que quando envolve o lado profissional, sempre estamos preocupados com o que seremos no ano seguinte.

Deixemos de lado a nostalgia, mas é bem verdade que não faz muito tempo que nossa geração saiu da máquina de datilografia para os computadores com sete núcleos; do quintal das empresas para a globalização; dos produtos quase artesanais para o avanço tecnológico que nos trouxe um ambiente altamente competitivo que exige de nós bem mais do que pensamos ter para dar. Isso é bom. Nosso cérebro dá conta. Porém, nosso corpo tem sofrido com essas exigências e os resultados disso são profissionais com pressão alta, problemas de sono e de pele, esgotamento físico e mental, problemas de relacionamentos, cardíacos e estomacais, depressão…

Muitas dessas exigências partem de nós mesmos: o melhor profissional, pai, mãe, melhor filho ou filha, o melhor amigo, a indispensável… O importante mesmo é sermos aceitos, compreendidos e vistos como o melhor e mais competente. Mas, muitas vezes, as situações de estresse vêm porque simplesmente somos responsáveis e nos tornamos reféns dela: tudo tem que dar certo; tudo tenho que resolver; não dá para deixar para amanhã, pois amanhã já terá outra soma de problemas… E nos tornamos os “atletas das metas inalcançáveis” sempre achando que outro vai conseguir primeiro que a gente. E não há nada de errado em ser competitivo. O erro está sempre nos excessos.

O equilíbrio no trabalho não é inalcançável. O estresse pode ser controlado quando passo a acreditar mais em mim e assim percebo que posso resolver de forma sensata os problemas que vão surgindo. Os profissionais de hoje estão repletos de atribuições e isso se dá em todas as áreas. Apenas sejamos intensos enquanto trabalhamos, intensos no convívio com nossa família e intensos com nossos amigos. Acredite, são intensidades bem diferentes e uma ajuda diretamente a outra.

O mais importante é buscarmos esse equilíbrio antes de tentarmos ser os melhores. Muitas vezes passamos por cima das pessoas e não nos damos conta que elas merecem respeito. Não precisamos de força, mas de jeito. Gritos só são úteis para conduzir boiadas e mau humor é um veneno poderoso.

Devemos dar o nosso melhor a tudo o que fazemos, mas não nos sintamos obrigados a fazer tudo. A parte mais importante do seu projeto é você.

Marcos Aurélio da Costa Marcos Aurélio da Costa

Foi coordenador de Logística na Têxtil COTECE S.A.; Responsável pela Distribuição Logística Norte/Nordeste da Ipiranga Asfaltos; hoje é Consultor na CAP Logística em Asfaltos e Pavimentos (em SP) que, dentre outras atividades, faz pesquisa mercadológica e mapeamento de demanda no Nordeste para grande empresa do ramo; ministra palestras sobre Logística e Mercado de Trabalho.

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