Mulheres no comando da logística

No dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, então resolvi desenvolver esta pequena homenagem.

Ao olharmos para a história do mercado de trabalho, percebemos que as mulheres só começaram a se inserir no final do século XIX, com o advento da Segunda Revolução Industrial. Entretanto, mesmo inseridas no mercado de trabalho, as mulheres tiveram que enfrentar condições adversas, principalmente se levarmos em conta a realidade dos homens.

Em 2018 uma renomada revista publicou que: “Foi-se o tempo em que as profissões eram exclusivamente masculinas ou femininas. Hoje, com a crescente inserção da mulher no mercado de trabalho, elas estão buscando espaço e igualdade nos mais variados segmentos. Na logística, não é diferente”.

Outro fator importante que vem demonstrando que o lugar da mulher também é na logística é o estudo apresentado pelo Departamento Nacional de Transportes (DNIT) que demonstra que até março de 2021, o Brasil contava com 25,8 milhões de mulheres habilitadas, o equivalente a 35% do total de CNH válidas no país.

Além da quantidade de mulheres habilitadas, o estudo também apresenta os seguintes dados:

– 6,8 milhões conduzem também motocicletas;

– São Paulo tem 8,8 milhões de motoristas;

– Minas Gerais tem 2,5 milhões de condutoras;

– Paraná tem 1,9 milhão;

– Rio de Janeiro tem 1,8 milhão;

– Rio Grande do Sul tem 1,7 milhão e Santa Catarina tem 1,4 milhão de mulheres habilitadas;

– Amapá tem o menor número de mulheres habilitadas: 49,8 mil.

Dados históricos demonstram que as mulheres já conduziam veículos desde 1888, quando Bertha Benz foi a primeira pessoa na história a dirigir um automóvel a uma longa distância. Já em 1889, a Duquesa Anne d’Uzés foi a primeira mulher a ter uma habilitação. No Brasil, em 1932, Maria José Pereira Barbosa Lima e Rosa Helena Schorling, em Vitória, foram as primeiras mulheres habilitadas.

Mundo da logística

O mundo da logística sempre foi um ambiente dominado pelos homens. Na época, acreditava-se que o segmento era totalmente operacional, criando assim uma barreira de entrada para as mulheres em todas as áreas de atuação da logística. No entanto, novos estudos e o crescimento da atividade mostraram que a logística possuía uma visão mais estratégica e tática, tornando a ascensão das mulheres evidente em toda a cadeia logística.

Um dado de total relevância em nossa sociedade é que o nível de escolaridade das mulheres é superior ao dos homens, conforme levantamento efetuado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todos esses dados demonstram que a logística é um campo em expansão com muito espaço para o desenvolvimento de profissionais de ambos os sexos.

Características dos profissionais de logística

Os profissionais que escolheram logística como sua área de atuação profissional devem entender que algumas características são fundamentais para obter crescimento na área, tais como:

– Visão sistêmica;

– Senso de urgência;

– Pro-atividade;

– Redução de custos;

– Responsabilidade;

– Organização e

– Comprometimento.

Mulheres liderando

A principal característica que precisa estar alinhada com as demais é a liderança, que é uma habilidade de fundamental importância para comandar uma equipe. Um líder é um líder, independentemente da cor, sexo, raça, religião, idade, formação ou experiência.

Precisamos entender que liderar é um exercício diário que traz desafios, como os testes diários feitos pelos subordinados até que se estabeleça a confiança.

Para algumas pessoas, ainda soa estranho observar mulheres no comando, operando caminhões, empilhadeiras, colheitadeiras ou até mesmo um transtêiner. Mas o que podemos dizer a essas pessoas? O atendimento ao cliente depende de uma coisa fundamental que somente as mulheres conseguem transmitir: delicadeza.

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