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Conteúdo 25 de agosto de 2013

Situação atual: em busca de oportunidade de trabalho

Num mercado cada vez mais competitivo, temos por um lado as universidades “bombando” em vagas e do outro um mercado exigente que sinaliza não encontrar o profissional que necessita.

O mercado dita algumas regras que num primeiro momento não são interpretadas facilmente. Não importa o nível, estratégico, tático ou operacional, alguns requisitos chegam a um nível extremado, enquanto a remuneração não acompanha.

Muitas vagas estão centralizadas nas mãos de consultorias, que de certa forma reduzem a chance da maioria dos candidatos concorrerem em igualdade por não serem assinantes.

Por outro lado, estas empresas facilitam o processo de seleção de grandes contingentes, facilitando e muito o trabalho das empresas, uma vez que se encarregam de fazer a parte mais difícil e árdua, a triagem dos currículos.

Critérios como inglês fluente, por exemplo, passam de quesito necessário para um “crivo” ou “peneira”, pois a priori qual é o público que vivencia tais oportunidades na época certa da escola? Uma minoria, não é mesmo?

Falha de nosso sistema de ensino, que embora tenhamos uma boa parte das escolas com ensino de línguas, na outra ponta, após a formação tem profissional buscando o domínio de uma segunda língua.

A idade também é percebida como um empecilho em algumas áreas, daí aquele profissional que somente agora conseguiu realizar seu grande sonho de fazer uma faculdade acaba sofrendo duas vezes, pela falta de experiência e também pela idade.

Nós negros também sofremos por algumas circunstâncias em determinados processos “seletivos”. Indicadores demonstram uma disparidade na distribuição na estrutura ocupacional neste sentido, refletindo na estima, temor, medo, insegurança, desconfiança, complexos de inferioridade, etc. A educação como principal ferramenta de transformação social vira facilmente este jogo e ajuda a superar quaisquer obstáculos.

Situações absurdas como exigência de experiência para estágio. Se o aluno está estagiando, busca uma oportunidade para tomar conhecimento sobre a área profissional eleita. Muitas empresas não têm paciência para treinar, exigem pessoas já com domínio.

Sabemos que há estagiários reféns de situações como se tornarem “contínuos”, fazendo um montão de coisas, menos terem contato com o que de fato deveria fazer durante o estágio – aprender.

O percentual de oportunidades disponíveis para estágio não acompanham proporcionalmente o volume de ingressantes nos cursos, uma oportunidade que as empresas perdem por falta de sinergia com as instituições de ensino.

Com um número significativo de formandos e recém-formados nas áreas, as empresas aumentam a cobrança de perfil, porém por sua vez também os salários não acompanham as oportunidades ofertadas.

Conclusão, temos formandos e formados que não atuam na área, mas com certificado de conclusão do curso. Acontece, e isso não significa que será um mal sucedido na vida.

Deve ser sim muito difícil lidar com isso, chega a ser injusto estudar tanto, fazer grandes esforços (financeiros e não financeiros) para se formar, e não conseguir atuar na área. A minha dica para estas pessoas é que não se entreguem ao marasmo, que persistam até conseguir uma oportunidade, se quiserem exercer a atividade na qual se propuseram este exercício é mesmo árduo, mas não impossível.

Já vi oportunidades serem ofertadas em três níveis hierárquicos diferentes (supervisor, coordenador e gerente), e num primeiro contato a empresa faz a famosa pergunta: “qual sua pretensão salarial?” Não respondam esta pergunta sem saber quais serão suas atribuições.

Aquele ditado de que santo de casa não faz milagre está em evidência nas contratações de estrangeiros para determinados cargos, e não estou falando dos médicos nem dos engenheiros. Atenção logísticos, fiquemos espertos!

Há muitas informações do tipo: “como comportar-se numa entrevista?, o que não falar e como elaborar um currículo?“, etc., porém não podemos deixar de lado a situação de que o candidato a um emprego deve enxergar-se como prestador de um serviço. Prestará um serviço e por ele será remunerado.

Por vezes um despreparo do selecionador poderá deixar a situação fragilizada para o candidato, fazendo com que se cale, seja contratado e depois decline. Informações duvidosas sobre salário, remuneração variável, remuneração indireta, cobranças injustas, benefícios, coisas do tipo.

Prepare-se para encarar o cenário menos confortável possível, se está sendo contratado é sinal de que a empresa passa por problemas e conta contigo para resolvê-los, isso vai depender não só de conhecimento técnico, mas de domínio de tecnologias e relações humanas. Temperança!

As principais reclamações dos empregadores giram em torno da ausência de líderes, profissionais capazes de decidir diante de algumas situações requeridas pulso firme.

Já as expectativas dos candidatos são: salários, oportunidades e ambiente de trabalho. Sendo que há três anos dados sinalizavam que: “de cada dez pessoas, três estavam insatisfeitas com seu trabalho”. Dessas, quatro pediria as contas se aparecesse coisa melhor. Elevando o número para sete de cada dez pessoas insatisfeitas. (Max Gehringer, 2010)

No passado a pessoa no máximo tinha três a quatro empregos na vida, e ficavam em média de treze a quinze anos no emprego. Hoje, muda de sete a oito vezes, e o tempo médio caiu para menos da metade e as razões são as mesmas: salários, oportunidades ambiente de trabalho.

Lembre-se! Ninguém está garantido, quem está empregado hoje poderá não estar amanhã.

 

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