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Pneus 27 de julho de 2015

Continental mostra na prática as qualidades dos seus pneus para clientes nos Estados Unidos

Resistência dos pneus, ao rolamento e a potência de frenagem. Esses foram apenas alguns dos fatores testados nos pneus Continental durante evento realizado pela companhia para os seus principais clientes, especialmente das Américas, no último mês de junho. E a revista Logweb esteve in loco para conhecer as instalações da chamada Uvalde Proving Ground, onde as tecnologias pneumáticas da empresa, tanto para passeio quanto comerciais e industriais, são colocadas à prova.

Durante três dias, mais de 120 clientes finais puderam ver na prática as vantagens dos pneus da marca alemã para diversos tipos de aplicação. Clientes do México, Peru, Equador, Argentina, Colômbia e Brasil endossaram a participação latino-americana, enquanto a Ásia foi representada por clientes chineses e do Sri-Lanka.

Localizada na cidade de Uvalde, no interior texano, EUA, a Uvalde Proving Ground conta com uma extensa gama de pistas, sendo que a principal delas tem 13,7 km. De pistas secas a molhadas, com lama ou cascalho, por ali passam pneus que são exaustivamente testados antes de chegarem ao mercado.

As provas

Diversos testes foram realizados para os grupos de clientes que iam chegando a cada dia em Uvalde. Entre eles, o de resistência mostrou pneus em condições extremas sendo colocados à prova em empilhadeiras que atuavam em trabalho contínuo de movimentação de carga.

Nele, duas empilhadeiras Hyster com 2,5 toneladas de capacidade foram equipadas, uma com pneus superelásticos da Continental e a outra com o mesmo modelo de pneu de uma grande concorrente mundial. Outras duas empilhadeiras Toyota, com capacidade para 1,8 toneladas de carga, receberam pneus cushion Continental e da concorrente.

As quatro empilhadeiras rodaram ao longo do dia movimentando cargas pesadas na velocidade máxima até os momentos de medição de temperatura, com intervalos de, em média, 60 a 90 minutos. Em todas as medições, os pneus da empresa alemã mantiveram a temperatura mais baixa que os da concorrência. “Isso acontece porque os nossos pneus refletem a energia. Após muitas horas rodando, o pneu aquece internamente a tal ponto que começa a fundir. Com o composto usado em nossa borracha, conseguimos fazer com que o calor gerado pela atividade se transforme em energia e movimento, mantendo a temperatura interna do pneu estável”, explicou Vinicius Penna, gerente de vendas de pneus para veículos especiais comerciais da Continental Pneus Brasil (Fone: 11 4583.6190). Para exemplificar a formação de energia aplicada, Penna afirmou que, ao quicar os pneus Continental no chão, eles saltam mais que os concorrentes. “Isso mostra que ele está refletindo a energia aplicada.”

Os pneus cushion da concorrente estouraram na terceira medição de temperatura, cerca de duas horas após o começo da prova, com 187,7º C de temperatura, enquanto os pneus Continental seguiram com 107,2º C. Próximo à quarta medição, quatro horas depois do início da prova, foi a vez dos pneus superelásticos da concorrente estourarem, chegando a 175º C, enquanto os pneus Continental ficaram em 137,2º C.

Durante os três dias de testes, os pneus Continental continuaram rodando enquanto os da concorrente estouraram nas primeiras horas de testes. No dia 10 de junho, quando Logweb acompanhou as provas, a temperatura do solo era de 48,3º C no início da prova. Ainda neste dia, após a pesagem das botijas de GLP, notou-se que os pneus superelásticos economizaram 2,5% de combustível, enquanto os cushions economizaram 10% em relação aos pneus concorrentes utilizados.

Os modelos cushion e superelásticos foram colocados em situações extremas de uso durante os testes para que fosse possível mostrar de forma mais rápida os resultados. Os modelos utilizados não são ideais para uso em longas distâncias.

Outro teste buscou mostrar a resistência ao rolamento dos pneus, menor no caso da Continental. Uma empilhadeira Hyster FT50 equipada com o pneu SC20 da Continental foi colocada sobre uma ladeira e desligada. O mesmo foi feito com igual modelo de empilhadeira equipada com pneus da concorrente. As únicas forças usadas para parar as máquinas foram a gravidade e a resistência do solo. A empilhadeira com pneu Continental parou diversos metros à frente da outra máquina, mostrando que ele é mais capaz de transformar energia em movimento. “A resistência ao rolamento é a força necessária para manter um pneu em movimento a uma velocidade constante. É influenciada principalmente pelas propriedades do composto de borracha, carga e temperatura dos pneus. O mais importante, neste caso, é a capacidade do composto de borracha conseguir absorver energia e transformá-la em energia motora sem aquecer demasiadamente. E o nosso pneu faz exatamente isso”, explicou Penna.

Testes de frenagem e de aderência também foram realizados em pistas secas e molhadas para mostrar a efetividade dos pneus da companhia.

O mercado brasileiro e mundial

A Continental atingiu a marca de 34,2 bilhões de euros em vendas no mundo em 2014. E prevê faturar mais de 39 bilhões de euros em 2015, e para os próximos anos já prepara novidades, como os pneus para uso em minas subterrâneas, a serem lançados em setembro de 2016. Novos pneus para máquinas de construção devem chegar ao mercado no mesmo ano. E em 2017, o setor de máquinas agrícolas poderá comprar pneus radiais da companhia.

No Brasil, o setor de pneus industriais da empresa cresceu em faturamento uma média de 30% ao ano entre 2008 e 2013. Apenas em 2014, o crescimento chegou a 41%, tanto em faturamento quanto em volume de pneus vendidos. No entanto, em 2015, a empresa espera manter o patamar de vendas de 2014 para o setor, sem crescimento.

“O Brasil não tem um mercado fácil de trabalhar”, explicou Federico Jiménez, gerente de marketing e vendas de pneus para veículos especiais comerciais das Américas, durante entrevista para  Logweb ao final do dia de testes.  “Estamos investindo no país. Mas o Brasil precisa mostrar estabilidade e confiabilidade. É preciso ser cuidadoso com os gastos no Brasil para não perder com a economia ruim”, continuou.

Para lidar com a atual situação econômica do país, a companhia está trabalhando para conseguir novos clientes, dealers e expandir as regiões de atuação, como Norte e Nordeste, muito importantes para a Continental. Pneus de porto também são focos da companhia. “Se não tivéssemos conseguido novos clientes, não teríamos nos saído bem em 2015 com a crise atual”, afirmou Penna. A Ambev acaba de fechar um contrato com a companhia.

Segundo Penna, um fator que prejudica o mercado em 2015 é a alta do dólar. “Antes comprávamos o pneu a US$ 100, por exemplo, e vendíamos a US$ 200. Hoje, compramos a US$ 180 e continuamos a vender por US$ 200. Nossa margem de lucro caiu muito.” A companhia foca hoje em vender valor, não só volume. “Vender valor é trabalhoso. É preciso provar para o cliente que ele está comprando um produto que vai beneficiar a empresa, e isso leva tempo”, explicou.

Mesmo com o momento econômico difícil, o posicionamento da Continental entre os pneus industriais radiais é significativo. Apesar de apenas 5% do mercado usar este tipo de pneu, a Continental tem 60% do market share. Entre os superelásticos, a participação é de 7%. Já nos diagonais, os mais usados no Brasil, o market share da companhia é baixo, e um dos grandes motivos é o uso dos pneus chineses.

Além disso, o mercado brasileiro é muito abastecido por produtos fabricados internamente. “Eles têm uma tecnologia totalmente diferente. O pneu feito no Brasil, durante os testes que fizemos em Uvalde, abriria em uma hora. Então, é com esse tipo de produto que competimos. O valor do pneu produzido no Brasil é 50% mais barato que o nosso, e o mercado muitas vezes decide comprar o pneu mais barato”, continuou Penna.

O mercado de equipamento original também é difícil, pois fabricantes de empilhadeiras preferem colocar os pneus nacionais em seus equipamentos para permitir o uso do Finame. Cabe aos compradores trocar os pneus das máquinas após a compra.

Todos os pneus industriais da Continental são importados. Os OTR são produzidos na Malásia, enquanto o Sri Lanka fabrica os superelásticos. Na República Tcheca são produzidos os radiais e diagonais. Todas as fábricas são próprias.

A companhia estudou trazer a produção de pneus industriais para o Brasil, mas o custo seria demasiadamente alto. “Além disso, o mercado ainda não tem uma demanda muito grande para justificar a produção nacional”, afirmou Penna. O país já tem uma fábrica para pneus de passeio e carga em Camaçari, BA.

 

Continental lança pneu superelástico SC20 Mileage+

Desenvolvido especificamente para aplicações extremamente severas e agressivas, o pneu superelástico para empilhadeira SC20 Mileage+ tem um novo composto de borracha com cadeia com melhores conexões de enxofre, que permitem alta durabilidade e quilometragem ao pneu.

A banda oferece máxima resistência a cortes e perfurações, o que faz o modelo ser ideal para aplicações exigentes ao ar livre, incluindo superfícies altamente abrasivas, como pisos de concreto, pedras ou paralelepípedos. Em relação ao seu predecessor, o novo modelo oferece vida útil 30% superior.

O SC 20 Mileage+ se enquadra nas medidas das rodas industriais e também está disponível na versão não-manchante, ideal para indústrias como a alimentícia, farmacêutica e eletrônica.

*A repórter Mariana Mirrha acompanhou as provas na Uvalde Proving Ground,  no Texas, a convite da Continental.

 

 

 

 

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