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Conteúdo 17 de dezembro de 2007

CTI: transporte de bens tem problemas comuns em todos os países

Traçando uma retrospectiva do ano de 2007, Paulo Vicente Caleffi, secretário-geral da CIT – Câmara Interamericana de Transporte (Fone: 61 3225.0101), relembra, inicialmente, que, nas duas reuniões ordinárias realizadas pela Câmara este ano, na Guatemala e no Brasil, o transporte de pessoas e de bens somente não esteve representado pelo modal aéreo.

“Os temas apresentados e discutidos nas reuniões levaram os países a se nivelarem alguns pontos mais acima dentro do princípio da transparência e trocas de experiências. Todos ganham. O transporte de bens tem menores assimetrias do que o transporte de pessoas, numa comparação entre os países, principalmente pela falta de regulamentação.

O transporte de bens tem problemas comuns em todos os países: a frota de caminhões envelhecida, os excessivos impostos, o roubo de cargas e os poucos investimentos na manutenção das estradas são problemas comuns. O transporte ferroviário, hidroviário e de cabotagem ainda é pouco representativo em todos os países.”

Caleffi também diz que, para 2008, não há uma mudança significativa que possa alterar de imediato este atual quadro. “Os governos acenam com investimentos que são considerados insuficientes para a desejada melhora na infra-estrutura. Os modais se aproximam, como complementares, e há consciência generalizada de que não são concorrentes entre si. O maior problema é uma forte corrente nacionalista dos transportadores, de bens e de pessoas, que pregam o ‘transporte para los nacionales’, mal que pode fechar fronteiras. Há otimismo quanto aos investimentos empresariais fruto de um bom momento da globalização e do aumento do consumo interno dos países. Acelera-se o intercâmbio entre os países membros da CIT, o que proporcionou troca de conhecimentos técnicos, operacionais e de formação profissional, e as próximas reuniões que ocorrerão no Panamá e Equador, em 2008, analisarão os resultados práticos deste intercâmbio.”

Ainda segundo o secretário-geral, os estudos da CIT serão aprofundados nos seguintes temas: combustíveis alternativos, renovação da frota de ônibus e caminhões (“chatarrización”), sinergias entre os modais, formação de mão-de-obra, ação junto aos governos sobre investimentos e legislação e, principalmente, a aglutinação interna, em todos os países, das agremiações de transportes.

Dezesseis

A CIT foi criada em 25 de maio de 2002, por iniciativa da Confederação Nacional de Transportes (Brasil) – CNT e aprovação de entidades de transportes de 16 países:

Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Mais recentemente, Argentina, Aruba e Chile aderiram à iniciativa, totalizando 19 países, representados por 83 membros de 75 entidades, empresas e órgãos governamentais.

Essas nações se uniram com o objetivo de cooperar entre si a fim de delinear um panorama geral da atual situação de transporte nas três Américas, em todos os modais – rodoviário, ferroviário, aquaviário, aeroviário e dutoviário – e, em conjunto, traçar estratégias para o desenvolvimento do setor no continente americano.

A sede permanente da CIT está localizada em Brasília – DF, conforme decidido na assembléia de criação. Seus principais objetivos são: integração dos mercados por meio de um transporte eficiente e desenvolvido; definição de tendências do transporte no continente; promoção de políticas comuns no transporte; e intercâmbio de experiências.

“Para alcançarmos nossas metas para 2008 teríamos que completar cinco anos de existência, primeiro requisito para o reconhecimento de uma entidade internacional perante a ONU e a OEA. Em 2008, a CIT pretende seu reconhecimento pela OEA e nesta organização reativar um departamento de transportes que pode ser um incentivador da integração dos países americanos. Os estatutos foram adaptados para esta finalidade e a CIT já participa como observadora nas reuniões da OEA. Duas reuniões ordinárias estão planejadas e os países que se candidataram para sediar os encontros foram Panamá e Equador. Para 2009, a primeira reunião tem como pretendente a Argentina. Outro objetivo é ampliar a participação de países, que atualmente são 19, convidando os principais países do Caribe. Em convênio com a Universidade Católica de Brasília e a Universidade de Miami, a CIT mantém cursos de pós-graduação que são oferecidos e freqüentados por civis e militares. Estes cursos são reconhecidos como altamente profissionalizantes e ministrados em dois módulos: o primeiro à distância (via internet), permitindo a participação de alunos em todos os países membros; e o segundo, de forma presencial, realizado em uma semana na Universidade de Miami. Esta oferta será ampliada em 2008. As visitas que os técnicos da CIT realizarão em 2008 aos capítulos de seus 19 países membros visa unir os grêmios de todos os modais para que tenham maior voz ativa junto aos respectivos governos locais. Em cada país deverá ser instalada a sede física da CIT”, completa Caleffi.

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