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Economia 14 de março de 2016

Defasagem do frete está em 12,9%, segundo pesquisa realizada pela NTC & Logística

A diferença entre os fretes praticados no mercado e os custos efetivos da atividade estão gerando uma defasagem de 12,9% nos valores cobrados pelas transportadoras. Segundo a pesquisa realizada pela NTC & Logística (Fone: 11 2632.1500) com 300 empresas do setor de transporte rodoviário de cargas, o valor representa aumento em relação à última pesquisa realizada em agosto de 2015, que apontou defasagem de 10,14%. Em janeiro de 2015, a defasagem registrou patamar de 14,11%.

A sondagem desenvolvida pelo Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC & Logística (Decope), divulgada durante o recente Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado – Conet (foto), também mostrou que 75,8% das empresas entrevistadas tiveram queda no desempenho financeiro entre 0,1% e 10% durante 2015.

Ainda, 83,6% não recebem fretes em dia e 78% estão pessimistas em relação ao ano de 2016, esperando nenhum crescimento e até queda no mercado.

A defasagem atual é resultado tanto do acúmulo ao longo dos anos quanto da inflação de insumos que compõem os custos, entre eles o combustível e a mão de obra, valores no topo dos custos.

Além disso, as companhias também atuam desconhecendo determinados custos que deveriam ser calculados e incluídos no valor dos fretes. Um exemplo neste caso é a cobrança da Taxa de Restrição de Trânsito, desconhecida ou não cobrada por 68,4% das transportadoras entrevistadas.

Segundo a NTC & Logística, a previsão é que o valor real de frete em 2016 e nos próximos anos piore para 53% dos entrevistados, ou fique estável, para 41%.

Durante 2015, 64% das companhias entrevistadas não aumentaram o frete ou deram desconto para os clientes e 67% afirmam receber fretes abaixo do valor de custos indicado pela NTC& Logística. Enquanto isso, 76% tiveram queda de faturamento e 84% têm frete para receber em atraso.

Da fatia de 36% das transportadoras que subiram o valor de frete, o aumento médio foi de 5,7%. Entre os 36% que deram desconto de frete, o desconto médio foi de 7,7%.

A piora do mercado interno foi o que mais limitou o crescimento das empresas para 74,5% das transportadoras entrevistadas. O acesso ao capital foi lembrado por 14,5%.

A NTC& Logística também divulgou o estudo sobre a variação média do INCT-F e INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga – Fracionada e Lotação) no acumulado dos meses. O INCT-F aumentou 9,46% em 2015, enquanto o INCT-L subiu 9,01%.

O óleo diesel teve aumento de 13,49% nos últimos 12 meses e o salário dos motoristas subiu 9%.

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