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Conteúdo 18 de março de 2009

Diesel caro reduz renda do transportador, diz Flávio Benatti

O presidente da NTC & Logística (entidade que reúne transportadores rodoviários de carga e de logística) Flávio Benatti, afirmou que a sociedade tem de pressionar o governo federal para que a Petrobras diminua o preço do óleo diesel. De acordo com ele, o combustível está inviabilizando a atividade empresarial. "Em alguns casos representa mais de 50% dos custos, deturpando ainda mais o setor num momento de crise", afirmou.

Benatti afirmou que há três meses a NTC vem lutando por uma redução no valor do óleo diesel, principalmente depois que, segundo ele, o mercado internacional sinalizou uma tendência de manutenção do preço do barril do petróleo na casa dos US$ 40. "A Petrobras tem de rever urgentemente esta política de preços, que está asfixiando setor", afirmou.

Para Benatti, o preço do combustível deveria cair pelo menos 30%. "O governo poderia ter reduzido o preço dos combustíveis há pelo menos três meses. Quando o petróleo subiu, teve repasse. Agora que o preço cai, a Petrobras não se mexe", disse.

Benatti elogiou artigo do empresário Dagnor Roberto Schneider, presidente da Coopercarga, uma das maiores cooperativas de transportadores de cargas do Brasil, analisando a dificuldade de sobrevivência e competição num cenário de preços elevados do óleo diesel.

O presidente da NTC disse, ainda, que a infraestrutura deficiente também continua a prejudicar todo o setor de transportes terrestre. "Não bastassem as péssimas condições das estradas, o alto valor dos combustível acaba por agravar o setor, que apenas luta para sobreviver neste cenário", afirmou.

Benatti afirmou que, com a crise, autônomos e empresas acabam, muitas vezes, assumindo os custos elevados dos combustíveis. "O ambiente de crise deprecia o valor do frete em razão do desbalanceamento entre a procura e oferta de fretes", acredita.

Benatti voltou a afirmar que o programa de incentivo à compra do caminhão novo, que o governo federal deverá lançar nos próximos dias, tem de vir acompanhado por políticas de renovação de frota.

Fonte: Gazeta Mercantil

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