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Conteúdo 27 de outubro de 2008

Dragagem e crise econômica dominam agenda de ministro na Europa

Dois assuntos dominaram os primeiros dias da passagem do ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, pela Inglaterra e Alemanha: a dragagem dos portos brasileiros e as estratégias do governo federal para superar a aguda crise econômica que assola os principais mercados e afugenta investidores em todo o mundo. E, após três dias em solo estrangeiro, o balanço é positivo.

Pedro Brito explicou que, para enfrentar a crise internacional e manter o Brasil batendo sucessivos recordes na movimentação de cargas, a SEP estuda lançar ações dos complexos portuários nacionais na bolsa de valores. Para o ministro, dessa forma o País conseguiria fazer com que suas companhias docas possuíssem orçamento próprio, independente da volatilidade do comércio internacional.

“Isso faz parte da necessidade de melhorar a visão profissional nos portos. Nós precisamos de autoridades portuárias para ter fluxo de caixa próprio independente do governo. E não é por conta da crise de agora que vamos cancelar alguma ação prevista. Até porque investimentos em portos são para longo prazo. Por fim, os preços em queda vão ter impacto nas exportações do Brasil".

Quando questionado sobre se esse era um mau momento de organizar uma viagem ao exterior, por conta da crise mundial, Brito discordou. Mas, até mesmo na Inglaterra, o dia-a-dia dos portos brasileiros servem de base para comentários. Tanto que, em matéria divulgada na quarta-feira (22) pela agência Bloomberg, o recuo do empresário Eike Batista, que suspendeu os investimentos no Porto Brasil, em Peruíbe (SP), ganhou destaque em meio às declarações de Brito.

Um argumento usado pelo ministro para provar que o Brasil ainda possui fôlego financeiro foi o Programa Nacional de Dragagem (PND), cuja implantação se mostra decisiva para o definitivo processo de modernização dos portos do País. O PND prevê investimentos de R$ 1,4 bilhão pelos próximos cinco anos somente para o aprofundamento dos canais de acesso aos portos.

Com isso, a movimentação anual dos complexos nacionais, estimada em 800 milhões de toneladas de cargas como café, açúcar, milho, grão de soja, carne e contêineres, pularia para pelo menos 850 milhões já em 2010. Tamanho otimismo agradou até mesmo ao diretor de infra-estrutura do JP Morgan, Martin Bradley. À imprensa inglesa, ele se disse otimista e esperançoso de que “bons projetos como os do Brasil sempre encontrarão fundos no mercado”.

 

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

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