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Conteúdo 13 de agosto de 2015

Eletroeletrônico – Qualidade e baixo custo

Melhor nível de serviço, mais informações sobre o status da carga, menos avarias e atrasos e maior atenção às necessidades do embarcador entram na lista de desejos.

Aliar qualidade de operação com custos pouco onerosos. Esse é um dos grandes problemas encontrados no transporte de eletroeletrônicos segundo os embarcadores do setor. E a questão é escalada quando se coloca na balança a atual situação econômica do país.

Como explica André Santis Sampaio Mattos, especialista em logística e transportes da Epson do Brasil (Fone: 11 3956.6720), o cenário econômico de hoje, que ajudou a culminar com a queda da demanda, impôs às empresas de transporte rodoviário desafios para equilibrar custos operacionais e receita. E isso indica, no atual momento, uma variação de qualidade de serviços prestados pelos fornecedores.

“Algumas empresas devem alterar o grupo de transportadoras que prestam serviço de transportes; isso devido à negociação mais fácil de contratos e escopos de serviços mais abrangentes, trazendo maior motivação, melhor preço, flexibilidade e alterações na tabela de preços”, afirma. E continua: “neste momento, a oferta de transporte rodoviário de cargas aumentou, com a entrada de pequenas transportadoras de menor porte. A oferta de serviços dessas empresas é diferenciada, vale a pena mudar de prestador de serviço, porém é necessário ter sempre uma transportadora de grande porte para suprir as regiões”.

No mesmo sentido segue Emerson Ferreira da Fonseca, gerente da unidade de negócios da Prime Interway (Fone: 35 3629.7550), afirmando que um dos grandes problemas encontrados na operação da companhia é tentar achar uma transportadora que concilie “ótima gestão de informação, performance de entrega e tratamento com as cargas, sem onerar o custo do frete”. Para o profissional, somente com reduções de custos primários, como preço dos combustíveis, pedágios, taxas aéreas, taxas de seguradoras, custo de mão de obra e custo de manutenção dos veículos, o problema poderá ser resolvido. “Mas como o país está em um momento delicado economicamente, sofremos as consequências”, analisa.

E de que forma as transportadoras ajudam a companhia a sanar esses problemas? De acordo com Fonseca, os fornecedores buscam expor a situação para a empresa e até conseguem absorver alguns custos. Mas, na maior parte, apenas os repassam.

A falta de capacitação por parte dos terceirizados também é um problema, principalmente as multimarcas, que dificultam a qualidade do atendimento, algo que poderia ser solucionado com a realização e o acompanhamento de treinamentos de equipe, lembra Sidney Mendes dos Santos, supervisor de logística da Intral Indústria de Materiais Elétricos (Fone: 54 3209.1300). E as transportadoras ajudam nesse sentido, mas a rotatividade operacional dificulta a estabilidade do processo.

Falta de informação, avarias e atrasos são citados por Victor Falco Rossigalli, gestor de distribuição da Lâmpadas Golden (Fone: 11 2122.6666), como problemas que poderiam ser resolvidos com o desenvolvimento de ferramentas que possam agilizar o envio de informações, o maior cuidado no manuseio da carga – dentro do aproveitamento do veículo – e o cumprimento dos prazos acordados. “As transportadoras nos passam as informações sobre os problemas ocorridos, às vezes com certo atraso, e estamos sempre analisando os números, conversando com elas e exigindo planos de ações para melhoria dos processos”, afirma. Segundo o profissional, as transportadoras ‘tentam’ ajudar.

Para Paulo Marcio Vieira da Cruz, encarregado de logística da Arge (Fone: 17 3523.4721), a falta de feedback na conclusão de entrega de algumas transportadoras é uma questão importante. O maior comprometimento junto ao embarcador ou a informatização, que hoje custa caro para algumas transportadoras do Norte e Nordeste, poderiam solucionar a situação. Algumas transportadoras ajudam na resolução dos problemas. “As grandes possuem site e relacionamento estreito junto ao embarcador. Quando temos entregas com transportadoras que atendem o Norte e Nordeste, o retorno é mais difícil”, sinaliza.

A área de telecom da Commscope Cabos do Brasil (Fone: 15 2102.4000) abrange todo o território nacional. Assim, a distribuição fica um tanto quanto comprometida devido ao problema de infraestrutura que o país enfrenta no que tange a transporte, estradas, barreiras fiscais entre Estados e fiscalização, segundo Denilson Rodrigues, shipping supervisor da empresa. “Penso que não há uma fórmula mágica, uma solução única, pois nosso país é muito grande e necessita de reformas urgentes na política que venham a refletir no cotidiano em todos os setores”, analisa.

 

Melhorias

Mesmo com um bom relacionamento, dificilmente é encontrada no mercado uma operação de transportadoras que não precise de melhorias, ainda mais se tratando de uma atividade cujas operações são tão dinâmicas e podem mudar constantemente. Por isso, melhorias são sempre bem-vindas.

“Tenho acompanhado o desenvolvimento das transportadoras nestes anos e vejo que muitas têm buscado aprimorar seus processos e sistemas cada vez mais. Só assim conseguirão se tornar mais competitivas nos dias de hoje. Logicamente, sempre acredito que o que existe pode ser melhorado e o que não existe pode ser inventado, isso vale para todos nós”, ressalta Rodrigues, da Commscope, companhia que historicamente possui um bom relacionamento com todos os fornecedores, inclusive de transporte. “Acreditamos que a parceria é uma via de duas mãos onde todos devem procurar atuar com dedicação e transparência para atingir os objetivos impostos”, afirma.

Já para Santos, da Intral, o acompanhamento dedicado realizado pelos SACVIP tem proporcionado um grande avanço na antecipação de ocorrências. No entanto, existe a necessidade de uma uniformidade nos avanços do fornecimento de informações rápidas através da tecnologia. Rotas que desenvolvam a descentralização em determinadas cidades, proporcionando a criação de cidades subpolos são avanços possíveis, assim como a criação de comitês de melhoria que visem à integridade dos produtos, focando na eliminação de problemas futuros.

“Hoje, acredito que a manutenção e distribuição de informação são muito importantes. Se a transportadora nos fornece as informações do que está ocorrendo com nossas entregas, ajuda muito a mantermos um bom relacionamento com nossos clientes! Se o cliente sabe o que está ocorrendo com sua entrega, ele, de certa maneira, mesmo se ocorrer atraso, tem uma maior confiança! Criar ferramentas que agilizem a informação seria um bom começo! Um segundo passo seria lidar com nosso cliente como se fosse cliente deles. Isso às vezes nos cria muitos problemas ”, ressalta Rossigalli, da Lâmpadas Golden. A relação da companhia com as transportadoras que lhe prestam serviço é bom, segundo o profissional, mas poderia ser melhor. Isto porque, após o fechamento do contrato, as provedoras começam a se afastar, e a embarcadora precisa atuar para trazer a atenção de volta para ela.

Sistemas mais avançados e melhor comunicação interpessoal com os embarcadores também é lembrado por Cruz, da Arge, como aperfeiçoamento possível. Já para Mattos, da Epson do Brasil, as principais melhorias estão focadas em mais informações sobre o posicionamento de carga, na menor oscilação na qualidade do serviço ao longo do ano e no aumento da confiabilidade no prazo de entrega e preço. “Em tempos de demanda mais escassa, é mais fácil negociar os contratos com os fornecedores, o relacionamento melhora e a ajuda é mútua”, afirma.

“Uma boa gestão de informações, bem automatizada, repostas em tempo real, e com feedbacks constantes, nos auxiliariam muito. Sei que no mercado existem alguns parceiros que trabalham nesse perfil, mas os custos de frete são bem mais elevados”, continua Fonseca, da Prime Interway.

 

Uma boa avaliação

Já que manter o bom relacionamento entre transportadoras e embarcadores é tarefa trabalhosa, uma premiação que mostra os mais reconhecidos prestadores de transporte no Brasil e suas inovações é um bom alicerce para constatar o que é preciso mudar nas relações entre as duas pontas.

O Prêmio Top do Transporte muitas vezes funciona como guia para que embarcadores possam escolher, dentre as melhores transportadoras de cada setor, aquela que melhor se adequa a sua demanda.

Segundo Santos, da Intral, o Prêmio proporciona oportunidades para embarcadores e transportadores que estejam em busca de um atendimento com excelência e que satisfaçam aos clientes com qualidade e pontualidade.

“Sempre é bom o reconhecimento. Isto incentiva e estimula o setor. O Prêmio Top do Transporte aproxima essas duas pontas – embarcador e transportador – nos eventos, fortalecendo as parcerias”, afirma Rodrigues, da Commscope. “Reconhecer é sempre bom e motiva as empresas a cada vez mais desenvolverem ferramentas ou métodos para melhoria no nível de serviço”, continua Rossigalli, da Lâmpadas Golden.

O Prêmio, além de mostrar a visão de ambos os lados, evidencia a proximidade de um com o outro. Também ressalta as principais necessidades de melhorias em várias frentes de distribuição e varejo e de diferentes segmentos, de acordo com Mattos, da Epson do Brasil.

“Pelo lado do embarcador, a transportadora gratificada com esse Prêmio entraria em um seleto grupo de empresas de transportes confiáveis, renomadas e, ao mesmo tempo, nos transmitiriam uma imagem de que, acima de tudo, pensam em atender aos clientes da melhor maneira possível e que estão a todo o momento buscando melhorias e inovações”, finaliza Fonseca, da Prime Interway.

 

O que os embarcadores oferecem

Arge: indústria no ramo de ventiladores. Atua com ventiladores de teto e oscilantes, espremedores e exaustores.

Commscope: empresa atuante no mercado de telecom, com um portfólio abrangente de produtos, desde fibra ótica até antenas parabólicas de micro-ondas.

Epson do Brasil: trabalha com impressão, projeção e imagem digital. Tradicionalmente conhecida por suas impres- -soras jato de tinta, a subsidiária brasileira tem como estratégia fortalecer sua atuação também no mercado B2B, por meio de seus produtos profissionais, como videoprojetores, impressoras de grande formato, scanners, rotuladoras, mini-impressoras para automação comercial e robôs para automação industrial, além de projetos especiais para aeroportos e área têxtil.

Intral: no mercado há mais de seis décadas, a companhia oferece soluções para as mais diversas tecnologias de iluminação.

Lâmpadas Golden: oferece produtos de iluminação para todo o Brasil.

Prime Interway: atua com produtos de automação comercial e mobilidade corporativa. Oferece, também, consultoria, suporte, manutenção, treinamento e assistência técnica autorizada. No portfólio são encontrados suprimentos de impressão de código de barras, leitura e captura de dados, impressão sob demanda, infraestrutura wireless, sistemas de gestão, comércio eletrônico, CRM, EIS, WMS, nota fiscal eletrônica, mobilidade e projetos de RFID.

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