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Top do Transporte 15 de agosto de 2017

Em linha com o mercado

Em sua 11ª edição, o Top do Transporte 2017 revela as transportadoras rodoviárias de cargas que conquistaram a admiração dos clientes. E os efeitos da retração econômica na atividade.

Nada menos que 206 transportadoras rodoviárias de cargas, de dezesseis especialidades, conquistaram o cobiçado título de Top do Transporte 2017, outorgado pelos próprios contratantes de fretes. A certificação levou em conta os resultados da 11ª Pesquisa Nacional de Desempenho dos Fornecedores de Serviços de Transportes, realizada no período de março a junho desse ano, coordenada pela diretora da Input Consultoria, Ivone Martins Bogo.
O estudo contou com a participação de um total de 540 embarcadoras de cargas de todo o país, vinculados a quatorze diferentes segmentos econômicos. Cerca de 37% são empresas de grande porte e importância em sua área de atuação, enquanto 35% são de tamanho médio e as 27% restantes são consideradas pequenas, revelando um bom equilíbrio estatístico. Os respondentes da pesquisa, por sua vez, relacionaram exatas 2.072 transportadoras rodoviárias de cargas, que prestam serviços regulares para suas companhias.
Além de indicar as empresas Top do Transporte, o levantamento mostrou os efeitos da redução da atividade econômica sobre o transporte rodoviário de cargas no país. O índice de multiplicidade, que mede o número de fornecedores de transportes a serviço das indústrias geradoras de cargas, acusou um novo recuo em 2017. O indicador setorial apontou uma média de 2,2 transportadoras para cada embarcador, mesmo número registrado em 2013 e bastante inferior ao “pico” de 2015, quando a relação registrou a média de 2,9 fornecedores por cliente (ver quadro).

Tendência
“A redução do número de fornecedores é uma tendência, por conta da redução de custos e melhorias operacionais, de controle e de gestão”, confirma Marcelo Aleixo, da PST Eletrônica. A opinião tem o endosso de Ailton Pizzi, supervisor Warehouse da Tyco Electronics, vinculada ao setor automotivo. “Não contratamos menos por economia operacional, mas por causa da queda dos volumes de produção. A crise econômica foi para todos os mercados; com as vendas em baixa tivemos de reduzir as contratações”, explica Pizzi.
Aliado a esse fato, a 11ª pesquisa também mostrou que a pressão para a baixa dos custos de transportes obrigou os embarcadores a buscar fornecedores mais em conta, com reflexos inevitáveis na qualidade do serviço prestado. Três dos cinco indicadores de performance utilizados para avaliar as transportadoras acusaram redução em relação ao grau de importância atribuídos a eles pelos contratantes de fretes. Apenas a “gestão da qualidade” que mede a qualidade do serviço prestado pelo transportador mostrou evolução, enquanto o quesito “custo-benefício” se manteve estável (ver quadro).
“Tivemos muita oferta de transporte, mas não podemos nos basear neste tipo de condição, apenas”, ressalva Fábio Henrique de Oliveira, responsável logístico da Apsen, que atua no ramo farmacêutico. “Não podemos comparar um transportador sem suporte com aquele que tem uma estrutura robusta. O primeiro, é claro, é muito mais atrativo que o segundo em tempos de crise. Mas, isso pode ser uma grande armadilha, dependendo do você deseja oferecer aos seus clientes”, completa.

Período de adaptação
Para Agnaldo Santos, diretor operacional da Polar Truck, o setor de transportes vive um período de adaptações, onde a proximidade com o cliente e a flexibilidade são fundamentais. “ No período de bonança, a prioridade das empresas era a capacidade de escoamento da demanda e a confiabilidade das operações. Com a mudança do cenário econômico, a preocupação recaiu na eficiência e solidez das operações logísticas, onde prevalece a máxima: ‘como fazer mais com os mesmos ou até menos recursos’.”
A opinião dos entrevistados reafirma a importância do trabalho realizado pela Logweb Editora e a Editora Frota, na forma do ranking Top do Transporte e da Pesquisa com os embarcadores de cargas. “São ferramentas que se mostram cada vez mais úteis nos dias atuais, na medida em que possibilitam distinguir as empresas de transportes de mérito reconhecido, com base em uma metodologia transparente e confiável”, ressalta Valéria Lima Nammur, diretora executiva da Logweb.

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