Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 12 de dezembro de 2008

Empresários opinam: crise é grave

Uma pesquisa realizada pela Advance em parceria com o Grupo Cherto e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) sobre os impactos das dificuldades econômicas no mercado brasileiro apontou que 81% dos entrevistados consideram a crise grave ou muito grave. Foram ouvidos 580 executivos do varejo no mês de novembro. O percentual de "grave" ficou um pouco abaixo dos 84% que tinham a mesma percepção em outubro, quando a pesquisa foi realizada só com o mercado de TI e Telecom.

Apesar de declararem que a crise é um pouco menos grave, os executivos acreditam que levará mais tempo para que o mercado comece a se recuperar. Para 47%, os problemas durarão um ano, e para outros 31% o prazo se estenderá por cerca de dois anos. Os setores de restaurantes, alimentação, consultoria e servicos financeiros acreditam em uma duração mais longa para a recuperação do mercado. Já os de decoração, bancos, comunicação e vestuário são mais otimistas. Para Dagoberto Hajjar, presidente da Advance, essa diferença de percepção é compreensível – cada setor recebe impactos diferentes.

Quanto maior o porte da empresa, maior a percepção sobre os efeitos nos negócios – empresas com faturamento anual entre R$ 250 milhões e R$ 1 bilhão consideram a crise grave. Já aquelas com faturamento menor do que R$ 1 milhão consideram a crise pouco grave. "O pequeno varejo ainda não sentiu os efeitos da turbulência porque suas vendas dependem mais da renda que do crédito, ao contrário do grande varejo", diz o professor Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM.

A maioria dos executivos – independente do tamanho da empresa – afirma que o pior da crise ainda está por vir. Para 75% dos ouvidos, no primeiro semestre de 2009.

Oportunidades

O que é visto como crise para alguns, é oportunidade para outros: 27% dos empresários disseram que vêem no momento uma chance de conquistar clientes que normalmente comprariam de empresas maiores; 18% disseram que vão analisar melhor seus produtos e serviços, para eliminar os menos vantajosos e outros 14% viram benefício na redução da concorrência internacional. A pesquisa mostrou também que algumas empresas pretendem aumentar seus canais de venda através de franquias. Segundo Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto, alguns clientes de sua consultoria que tinham planos de investir em lojas próprias ao longo de 2009, agora estão incrementando as franquias.

 

Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

Enersys
Volvo
Savoy
Retrak
postal