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Entrevista 5 de março de 2021

Logística têxtil: Embarcadores se adaptam e investem para atender as mudanças vindas com a pandemia

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E, para eles, estas mudanças vieram para ficar. É a nova dinâmica do mercado, que exige cada vez mais resultados rápidos em um tempo menor de resposta, com tecnologia e precisão da informação.

Jangadeiro Têxtil: Torre de controle auxilia no planejamento diário de atividades

A Osasuna Participações, mais conhecida pelo nome fantasia de Jangadeiro Têxtil, fabrica produtos únicos em tecidos de malharia e tecidos planos, tintos e estampados, em estamparia rotativa, digital e digital paper, com diversos tipos de acabamentos e usando diferentes matérias primas, como algodão e fibras artificiais e sintéticas.

Quem explica o processo logístico da empresa é Sabino Pereira Lopes, coordenador de Logística. Ele inicia dizendo que usam transporte próprio (10 caminhões) e transporte terceirizado (11 transportadoras credenciadas). “A escolha nesse formato é para garantir as entregas em no máximo 48h para os clientes no entorno até 40 km da fábrica e atender os clientes estratégicos de grande volume em Pernambuco. Para as demais regiões do país, utilizamos as transportadoras terceirizadas que têm mais capilaridade de entrega, entre elas a Gartran Logística, a Jamef Encomendas Urgentes, a Termaco Logística, a Leite Express, a Odin Transportes, a RTL Encomendas Urgentes, a Transportadora Econômica Eireli, a Latam Cargo, a Gollog, Transpotyguar Logística e Brasil Cargas Express.”

Lopes também destaca que, diariamente, entre frota própria e terceirizada, são utilizados em torno de 27 veículos. Já para viagens, são utilizados um veículo próprio fixo e três terceirizados. Os veículos partem da fábrica em Maracanaú, CE, diariamente para entregas em Fortaleza e Região Metropolitana, além do interior do Ceará. Partem também diariamente para Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A cada dois a três dias partem para Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Piaui, Rio Grande do Norte, Paraíba e Goiás.

“Utilizamos o modal marítimo para importação, principalmente da China, via porto do Pecém, no Ceará. Ele é usado para trazer insumos, principalmente fio têxtil, para o nosso parque fabril no distrito industrial de Maracanaú. E também usamos o modal aéreo, para atender a demanda de aprovações de amostras de tecidos e testes de materiais correlatos têxteis.” Quanto aos Centros de Distribuição, são utilizados quatro armazéns próprios, com módulos entre 5.000 m² e 18.000 m², também localizados em Maracanaú.

Desafios – Reportando-se aos maiores desafios logísticos enfrentados pela empresa, o coordenador de Logística é enfático: ter fornecedores com índice de qualificação adequado e estrutura operacional capaz de atender às demandas da indústria e a variação cambial (dólar), que leva ao aumento dos valores dos insumos importados e dos serviços de fornecedores, especialmente da cadeia logística de transporte.

“Para resolver esta questão, seria preciso investimento em qualificação técnica e no nível de serviço da equipe, investimento em tecnologia da informação e inovação, investimento e renovação da frota e melhorar a produtividade para ter preços competitivos.

Neste contexto, Lopes ressalta os diferenciais da logística deste segmento em comparação à de outros setores: Ter dinamismo operacional e multimodal para atender aos clientes no menor prazo possível. Ter integração global com fornecedores, especialmente da Ásia.

“Tanto isto é fato que a Jangadeiro atua com rapidez no atendimento, que é reconhecida pelo mercado (entrega rápida), com produtos de qualidade (assertividade e integridade na entrega), com tecnologia da informação (rastreabilidade/relatórios de monitoramento) e uma operação multimodal (rodoviária/aérea/marítima).”

E, para “manter” esta logística, é utilizada, por exemplo, uma torre de controle, que auxilia no planejamento diário de atividades, no controle individual de demandas, na organização precisa sobre horário, local, quantidade de coletas e entregas. E ajuda também na correção de eventuais gargalos com maior celeridade e no monitoramento das atualizações de status das operações em tempo real.

Pandemia – Já se reportando ao período mais crítico da pandemia, o coordenador de Logística aponta o que mudou: houve redução de equipe, aumento de produtividade, investimento em tecnologia de informação e maior capacitação da equipe para atender às exigências e maior celeridade operacional de entrega dos clientes.

“Estas mudanças vieram para ficar. É a nova dinâmica do mercado, que exige cada vez mais resultados rápidos em um tempo menor de resposta, com tecnologia e precisão da informação”, finaliza Lopes.

Track & Field: Estratégia de distribuição cabe aos parceiros

No caso da Track & Field – que oferece vestuário, calcados e acessórios para um estilo de vida mais saudável – é utilizado um Operador Logístico para fins de armazenagem e transporte terceirizado para abastecimento de lojas, entregas do B2C e abastecimento de fabricas. As empresas parceiras são a Sequoia, Global Cargo, Movvi, ViaBrasil e a Aluri.

“Como utilizamos transporte fracionado, a malha de veículos fica a cargo da estratégia de distribuição de cada parceiro. Temos lojas e clientes online para todo Brasil. E também utilizamos o modal aéreo em regiões onde uma entrega ágil se faz necessária”, explica Welington Souza Celestino, gerente de Logística da Track & Field. Ele também destaca que a empresa conta com um CD localizado na Cidade de São Paulo com aproximadamente 6.000 m².

Desafios – Falando sobre os desafios logísticos enfrentados, Welington diz que, no caso especifico de varejo moda, a logística é parte importante no grau de satisfação do cliente, garantindo um tempo de atendimento de pedidos online e abastecimento de lojas perfeitos.

Cada vez mais a experiencia de compra é item importante na decisão do consumidor e a logística importantíssima neste sentido. “Para conseguir isto, é preciso investimento, conscientização das partes envolvidas e capacitação dos parceiros inseridos no processo. Afinal, o varejo moda é muito dinâmico. O tempo do ciclo de recebimento, processamento e entrega é fator primordial de sucesso. Vejo toda a cadeia de logística têxtil mais dinâmica e ágil do que em alguns outros setores.”

No caso específico da Track & Field, a logística apresenta alguns diferenciais, como operações de Centro de Distribuição organizadas, ágeis e com processos bem definidos e entregas cada vez mais rápidas – tanto para abastecimento de lojas quanto no cliente online. “Para isso, utilizamos WMS e TMS. E entendemos que informação hoje é fator de sucesso em qualquer cadeia logística de sucesso. Tecnologia traz a segurança necessária para isto.”

Pandemia – Durante a fase mais crítica da quarentena, a Track & Field teve que se reinventar, segundo conta o gerente de Logística. Com as lojas físicas fechadas, o volume de vendas online cresceu, refletindo em uma mudança de perfil operacional. Esta adaptação rápida foi primordial para manter o nível de atendimento e a participação logística na experiencia de compra. “Estas mudanças vieram para ficar. Muitas das empresas que estão home office vão manter este formato ou buscar um formato hibrido. Sendo assim, cada vez mais o canal online vai exigir maior experiência. Logística está ligada diretamente a isto”, completa Welington.

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