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Conteúdo 2 de fevereiro de 2009

Exportação para Norte da África depende de melhorias no transporte brasileiro

O presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasil, Salin Taufic Schahin, diz que a falta de linhas diretas aéreas ou de navegação entre Brasil e países do Norte da África pode retrair o avanço das negociações para aumentar o comércio do Brasil com aquela região. Segundo ele, essa foi a principal queixa de empresários que integraram a delegação brasileira que visitou, na última semana, países como Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos em busca de novos parceiros comerciais.

Atualmente, as exportações de mercadorias e equipamentos do Brasil para o Norte da África fazem conexão na Europa, elevando o custo da transação comercial. “A Câmara vem tentando há vários anos convencer as empresas aéreas a criarem vôos regulares para o Norte da África. Mas elas dizem que a relação custo-benefício não compensa porque a demanda é muito baixa. Agora, depois dessa missão, que confirmou a possibilidade de novos negócios, vamos voltar a insistir com as companhias aéreas e também com as empresas de navegação”, disse.

Para Schahin, o fluxo de comércio do Brasil com o Norte da África pode aumentar neste momento em que a Europa e os Estados Unidos tentam se recuperar da crise financeira que atingiu seus mercados. “Aqui no Brasil também fomos atingidos pela crise, só que numa escala bem pequena devido às políticas macroeconômicas, fiscal e monetária adotadas pelo governo e que protegem o nosso sistema bancário. Então, temos que aproveitar a oportunidade que temos uma economia forte e tentar chegar a outros mercados para ampliar nossas exportações.”

O empresário Deonísio Petry, do setor de logística e que também fez parte da delegação brasileira na viagem ao Norte da África, informou que a falta de logística e infraestrutura eficientes nos portos e aeroportos aumentam em 35% o custo das transações comerciais de importação e exportação no Brasil. “Os empresários têm que ter habilidade profissional para contornar os entraves burocráticos e minimizar os impactos negativos da negociação”, reclamou.

Petry destacou, ainda que este problema de falta de infraestrutura de transporte acontece em vários outros países da América Latina. Para ele, a Alemanha é o país com a melhor estrutura aeroportuária e também com o melhor sistema alfandegário.

(Fonte: Agência Brasil)

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