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Conteúdo 20 de fevereiro de 2009

Fábrica de biodiesel deve funcionar no fim do ano

A unidade de produção de biodiesel de Serra Talhada, PE, que teve sua pedra fundamental lançada ainda em setembro de 2007, só deve começar a funcionar no final deste ano. Apesar de já ter os equipamentos comprados, a construção da fábrica esbarrou em problemas licitatórios na construção civil, que atrasou e deve ser aberta esta semana. Quando estiver operando, a fábrica produzirá 10 mil litros de biodiesel por dia, com abastecimento de frotas locais e possibilidade de venda em leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) é o executor da unidade, mas a licitação da construção ficou a cargo do Itep. Acontece que as planilhas de preço da licitação ficaram defasadas, e, dessa forma, não apresentaram interesse de empresas. “Os preços foram alterados e as planilhas não foram corrigidas antes. Acabou que a gente conseguiu comprar a parte mais difícil, as máquinas, e a construção civil ficou para agora”, diz Fernando Jucá, diretor do Cetene. Ele estima em mais de R$ 300 mil a construção da unidade em Serra Talhada. “É obra para ficar pronta ainda este ano”, anuncia.

Os equipamentos foram contratados de uma empresa cearense e parte já se encontra em Serra Talhada, no IPA, e o restante na própria fábrica aguardando o local para instalação e testes. Para Jucá, a unidade vai estar pronta antes que a região tenha oferta de matéria-prima suficiente para atender os 10 mil litros por dia. A principal cultura da região é o algodão, mas a mamona também está sendo incentivada para a produção do óleo.

O vice-prefeito de Serra Talhada e coordenador de desenvolvimento rural do município, Luciano Duque, reclamou da falta de distribuição de sementes de mamona na região. “A Petrobras deu garantia de que compraria a produção e o governo do Estado prometeu doar as sementes. Mas o governo não chegou com a semente no tempo certo e o agricultor plantou milho e feijão. Isso desestimula quem acredita no programa”, reclama.

Jucá também disse esperar que esse tipo de problema seja sanado. “O principal desafio é a oferta de matéria-prima suficiente.” Ele afirmou que o Cetene deve fazer novo seminário na região para tratar do fortalecimento da cadeia de biodiesel.

O Cetene opera uma fábrica experimental de biodiesel em Caetés, onde são produzidos 2.000 litros por dia, atendendo 92 veículos com uma mistura de 20% a 30% de biodiesel.

(Fonte: Jornal do Comércio)

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