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Conteúdo 15 de junho de 2009

Frete do transporte de contêiner no Porto de Santos deve cair de 25% a 50% com ligação seca

Com a construção de uma ligação seca partindo do Saboó até a Ilha Barnabé, no Porto de Santos, o preço do frete rodoviário para o transporte de contêineres entre as duas margens do porto deverá cair de 25% a 50%. E o benefício ambiental será ainda maior do que o econômico, pois usuários estimam que poderá haver a redução de 80% nas emissões de CO2 (gás carbônico) por parte dos caminhões.

A proposta da ligação seca entre as duas margens do estuário está sendo estudada pela Codesp e pela Prefeitura de Santos. A ideia é construir uma ponte ou túnel submerso para conectar não só os terminais portuários de Santos e de Guarujá, mas também as rodovias Anchieta e Cônego Domênico Rangoni (antiga Piaçaguera-Guarujá). O traçado conceitual deverá ser apresentado em cerca de dez dias.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros da Baixada Santista (Sindicam), José Luiz Ribeiro Gonçalves, a construção da ligação seca poderá reduzir em até 50% o valor do chamado vira, que é a movimentação de contêineres cheios ou vazios entre os terminais da região.

Atualmente, considerando a ida e a volta, um caminhão precisa rodar 100 quilômetros para transportar um contêiner entre as duas margens. Hoje, para este trajeto há a cobrança de algo em torno de R$ 530,00. Com a ponte, o frete vai a R$ 250,00. O percurso entre as duas margens vai ser muito menor, de 5 para 10 quilômetros, garante.

Para o sindicalista, a distância menor resultará em ganhos ambientais. Cálculos feitos por ele indicam que a emissão de CO2 poderá cair 80%, com a vantagem de ser revertida na venda de créditos de carbono.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Cargas do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha, destacou que a diminuição do trajeto aumentará a agilidade na movimentação de cargas, proporcionando mais serviços. Além disso, apontou que o consumo de óleo diesel e de desgastes de peças e pneus serão menores.

Para o representante das transportadoras, o valor do frete deverá cair menos, em torno de 25%, pois está defasado. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres, Martin Aron, a vantagem do empreendimento será a redução de custos em toda a cadeia. Mas, segundo ele, outra vantagem será a eliminação dos congestionamentos de caminhões que afetam a região.

 

Fonte: A Tribuna

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