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Capa 21 de agosto de 2017

Implementos rodoviários: segmento perde dois terços do mercado apurado em 2014

Os dados, relativos aos anos de 2015 e 2016, são da ANFIR, Associação que agrega os fabricantes do setor. Só em 2016 o total de produtos emplacados recuou 29,8% do volume entregue ao mercado em 2015.

Os dois últimos anos foram muito difíceis para a indústria fabricante de implementos rodoviários. “Foram dois anos de queda acentuada do mercado, que prejudicou a maior parte das empresas do setor. Em 2016 o total de produtos emplacados recuou 29,8% do volume entregue ao mercado em 2015. Foram 61.996 unidades, ante 88.315 produtos. Em outras palavras, perdemos um terço de mercado. Já em 2015 o recuo no volume de emplacamentos com relação ao desempenho de 2014 foi de 44,76%. Na época os fabricantes de implementos rodoviários entregaram ao mercado 88.315 unidades, ante 159.870 produtos vendidos no ano anterior. Assim, no acumulado de retração, perdemos aproximadamente dois terços do mercado apurado em 2014.”
A avaliação do segmento de implementos rodoviários é feita por Alcides Braga, presidente da ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Fone: 11 2972.5577).

Perspectivas
Sobre as perspectivas para o segmento no médio e no longo prazo, Braga ressalta que em médio prazo o objetivo é reduzir as perdas do passado recente.
“No longo prazo – continua – estamos trabalhando junto ao governo e com a colaboração de outras entidades ligadas à indústria automotiva para criarmos condições para a retomada sustentável do crescimento do setor, seja por medidas especificas, seja pelo incentivo a outros setores da economia, que com sua atividade refletirão positivamente em nosso desempenho.”
Além disto, outras medidas poderiam melhorar o desempenho do setor. O presidente da ANFIR cita uma: incentivar a economia como um todo sempre traz reflexos positivos ao setor de implementos rodoviários.
A maior parte da carga que circula pelo Brasil, seguramente acima de 60%, é transportada em implementos rodoviários. Isso significa que a retomada da economia nos mais variados setores acarreta em aumento de atividade para a indústria de implementos rodoviários. Assim, medidas que ajudem a aquecer a economia com toda certeza trarão benefícios a esta atividade.
Afinal, como destaca Braga, a falta de acesso ao crédito é um dos fatores que prejudicam o desempenho do setor. “Dinheiro para emprestar existe, mas as condições não são favoráveis.”
Outro fator que prejudica o desempenho do setor é o desaquecimento geral da atividade econômica. A indústria de implementos rodoviários está atrelada ao desempenho dos demais segmentos produtivos.

Tendências
O presidente da ANFIR também aponta as tendências do setor, em termos de novos nichos de mercado.
“A tendência é de surgirem produtos cada vez mais vocacionados e eficientes. As operadoras logísticas estão cada vez mais focadas na redução de tara e aumento da carga útil de peso e volume e a indústria está atenta a essa demanda.”
Quanto às tendências em termos de tecnologia aplicada aos implementos, Braga destaca que um dos aspectos é a utilização de novos materiais, como polímeros. Outro é a aplicação de novos sistemas e equipamentos que tornem o transporte e manuseio de carga mais seguro e eficiente, conferindo às operações logísticas mais qualidade.

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