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Logística Integrada 6 de dezembro de 2023

Já considerada o novo marketing, a logística impacta, de forma acentuada, os vários setores de uma operação

Hoje, o maior desafio na hora de integrar a logística é conciliar as exigências de um consumidor que demanda cada vez mais agilidade e qualidade com uma operação que roda com custos controlados e processos ainda não sincronizados e otimizados.

As redes logísticas atuais são incrivelmente complexas, abrangendo milhares de quilômetros, envolvendo dezenas de parceiros e atendendo clientes em todo o mundo através de uma variedade de canais e opções de entrega. Embora essa complexidade possa ser um ponto forte – permitir que a organização possa oferecer uma gama de soluções flexíveis e serviços altamente personalizados – ela também cria riscos significativos. Um problema em qualquer ponto da rede pode ter consequências desastrosas.

Com toda esta complexidade, com cadeias de suprimentos distribuídas geograficamente, como é possível alcançar um nível adequado de velocidade e capacidade de resposta? A solução é passar de um sistema isolado e funcional para a execução omnicanal e unificação logística – onde todas as partes interessadas, internas e externas, compartilham os mesmos dados e objetivos. Assim, pedidos de clientes, estoque, recursos, movimentações e outras tarefas são perfeitamente planejadas e otimizadas em todas as cadeias de suprimentos, confiando na digitalização.

De uma ameaça à saúde pública, como a Covid-19, a condições climáticas extremas, novas diretrizes regulatórias ou, ainda, outras interrupções imprevistas na cadeia de abastecimento, uma abordagem de logística unificada apoiada por soluções avançadas com tecnologias digitais permite que a organização possa antecipar e adaptar-se instantaneamente às mudanças. A resposta é ter uma cadeia de suprimentos orquestrada e sem fronteiras, abrangendo múltiplas funções e considerando todo o potencial do impacto nos negócios.

Esta análise é feita por Samuel Baccin, vice-presidente de Parceiros & Alianças para a América Latina da Blue Yonder, falando sobre os maiores desafios enfrentados pelas empresas na integração da logística.

“Descobrimos efetivamente o que é logística há pouco mais de 20 anos, quando percebemos a necessidade de atender os clientes de uma forma mais eficaz e com um menor custo. Seja em função da globalização que estamos vivendo desde a virada do século ou mesmo pelos impactos da pandemia da Covid-19, a logística se tornou parte fundamental das cadeias de suprimentos”, reflete, agora, Alexandre Boschi, gerente sênior da EY e especialista em Supply Chain, logística e manufatura.

No Brasil, diz ele, as condições ainda estão longe das ideais, muito em função do desequilíbrio socioeconômico. O uso do modal rodoviário representa cerca de 60% de toda a movimentação de carga no país.  A falta de profissionais capacitados é um outro entrave, muito motivado pelo fato de as condições oferecidas serem pouco atraentes. Salários baixos e excesso de jornadas de trabalho afastam interessados. Ainda que existam muitos cursos de formação na área, inclusive a nível de especialização ou pós-graduação, há uma lacuna no que tange a profissionais que efetivamente agregam valor e transformam o modelo de operação com maior produtividade e menor custo.

No tema transporte sofremos com custos defasados e riscos de roubos de carga. A falta de segurança provoca a necessidade de custos adicionais relativos a seguros e, naturalmente, oneram o produto para o cliente final.

“É claro que há oportunidades, e uma das principais soluções passa pela terceirização dos serviços logísticos para empresas especializadas. Muitas dessas empresas são globalizadas, e isso possibilita a transferência de tecnologias e conhecimentos e traz maior possibilidade de redução de custos através dos ganhos de produtividade”, completa Boschi.

Já para Cristiano Koga, CEO da Modern Logistics, entre os fatores externos que desafiam as empresas na integração logística destacam-se a dimensão continental do Brasil e as deficiências significativas da infraestrutura brasileira, incluindo portos, aeroportos e estradas. Sem uma infraestrutura adequada, torna-se muito maior ainda o desafio de levar as mercadorias às localidades mais distantes e diversas do País dentro dos prazos necessários.

Há ainda outro fator externo à atuação das empresas, e que ganha cada vez mais relevância, que é o impacto das mudanças climáticas – a exemplo da seca recente na região Norte, que impediu a navegação fluvial, um modal extremamente importante para a região.

Sob o aspecto da gestão da operação, um desafio crítico é a capacitação rápida e a formação de profissionais para atender às demandas dos Centros de Distribuição e transporte, principalmente considerando-se que é preciso ter uma estrutura eficiente de operação em todo o território nacional.

“Por outro lado, tem um aspecto que desponta tanto como um desafio quanto uma oportunidade, que é a adoção de novas tecnologias, como automação e integração sistêmica. Ao mesmo tempo que isto requer uma atualização e investimentos constantes, também pode ser um diferencial e ponto fundamental para garantir a eficiência da logística integrada”, completa Koga.

Por outro lado, como diz Waldir Bertolino, country manager da Infor Brasil, atualmente, o maior desafio na hora de integrar a logística é conciliar as exigências de um consumidor que demanda cada vez mais agilidade e qualidade com uma operação que roda com custos controlados e processos ainda não sincronizados e otimizados. “Ainda vemos uma grande parcela das empresas tentando suprir essa carência com processos muito manuais ou pouco digitalizados ao longo de toda a cadeia de suprimentos. Esse mindset vem mudando, mas a mudança precisa acontecer mais rápido. E um grande aliado dessa transformação da logística são os recursos tecnológicos disponíveis no mercado.”

Outros profissionais também se unem para apontar os maiores desafios enfrentados pelas empresas na integração logística. Hiago Mendes, gerente de conta da área comercial da MTC Log, que pertence ao Grupo MTC, diz que é encontrar mão de obra qualificada e enfrentar a vacância de armazéns de alto padrão. Gustavo Parolini, KAM Leader da Nowports para o Brasil, é conectar todas as pontas do setor, visando entregar a necessidade do cliente no menor tempo possível e no menor custo possível. “Outro desafio está na extensão territorial, além das dificuldades nas estruturas de algumas estradas, portos e aeroportos.”  “O maior desafio, sem dúvida, é a integração de sistemas. Em um mundo cada vez mais virtual, diariamente existem novas soluções de sistemas se propondo a otimizar processos, melhorar a segurança etc., esse é um caminho sem volta. O problema é que muitos deles apresentam uma série de desafios na integração, ou por serem mais antigos do que os outros e a linguagem de programação não se conversar direito, ou por serem uma solução de prateleira, não atendendo completamente a necessidade. E quanto a opção é ir para um desenvolvimento próprio, o investimento pode chegar a cifras exorbitantes”, aponta, por sua vez, Michel Goya, CEO da OPME Log.

Rafael Dagnoni, fundador e CCO (Chief Commercial Officer) do TECADI, também lembra que muitas empresas têm cadeias de suprimentos complexas, envolvendo diversos fornecedores, intermediários e canais de distribuição. Integrar esses diferentes elementos de forma eficaz pode ser desafiador.

Outro ponto também se refere à tecnologia: se os sistemas tecnológicos forem desatualizados ou incompatíveis entre cliente e Operador Logístico, pode ser difícil coordenar e compartilhar informações em tempo real. Em tempo, à medida que as empresas compartilham mais informações ao longo da cadeia de suprimentos, aumenta a preocupação com a segurança e privacidade dos dados. A integração deve garantir a proteção adequada dessas informações sensíveis.

A coordenação eficiente do transporte também é essencial na logística. A integração inadequada pode resultar em rotas ineficientes, tempos de entrega prolongados e custos de transporte mais altos.

“Por fim, a demanda do mercado pode ser volátil e sujeita a mudanças rápidas. A capacidade de ajustar rapidamente as operações logísticas para atender a essas mudanças é crucial para o sucesso, e a falta de flexibilidade pode representar um desafio”, diz Dagnoni.

Impactos

As necessidades e expectativas dos clientes mudam constantemente – e essas mudanças estão ocorrendo com mais frequência do que nunca, nos mercados voláteis de hoje. Os clientes procuram a entrega mais rápida e serviços mais personalizados, com menor custo. Isso significa que a cadeia também deve mudar e ser capaz de responder a cada pedido do cliente como uma entidade conectada e singular. Deve ser flexível, adaptável e inteligente. Por isso, a integração logística ou unificação logística é tão importante, pois cada unidade de negócios da empresa deverá se adaptar para que a operação tenha robustez e possa atender a demanda e mudança comportamental do cliente, seja ele B2C ou B2B.

À medida que os consumidores ganharam poder – prossegue Baccin, da Blue Yonder –, sete novas forças têm moldado invisivelmente o mundo de cadeia de suprimentos e logística, impactando diretamente outros setores da operação, alterando fluxos, investimentos, processos e moldando um novo modelo de negócios: modelos de vendas diretas ao consumidor, onde a logística é uma vantagem crítica; velocidade de atendimento cada vez mais rápida, o que aumenta as expectativas do consumidor; crescente disponibilidade de automação e robótica para aumentar as capacidades humanas; mudança de regras de negócios rígidas para flexíveis e adaptáveis em tempo real, impulsionada pela Inteligência Artificial e aprendizado de máquina; ascensão de um mercado flexível, onde frete, armazém, espaço e outros bens são mercadorias e não necessariamente investimentos de longo prazo; orquestração e cumprimento de pedidos entre canais; aproveitamento de 3PLs/4PL/s para gerenciar e atender pedidos.

“O que todas essas tendências têm em comum? Eles colocam ênfase na logística de extrema velocidade e capacidade de resposta, ao mesmo tempo que exigem um controle rígido dos custos logísticos, para proteger as margens de lucro. Elas também colocam o foco diretamente no cliente, customer centricity. Embora a maioria das empresas tenha investido em soluções tecnológicas que conectam múltiplas funções e parceiros comerciais, a maioria está longe de ser verdadeiramente uma logística unificada”, diz Baccin.

Também analisando como a logística impacta os outros setores de uma operação, Boschi, da EY, relata que, de uma forma análoga ao corpo humano, a logística pode ser considerada as veias que conduzem o sangue para todas as partes do corpo. Nessa cadeia de suprimentos, a logística atua no processo de aquisição de insumos/matérias primas, na produção através da alimentação dos postos de trabalho e na distribuição de produtos até a chegada aos clientes finais.

Essa analogia nos mostra que a logística deve ser eficiente (produtividade) e eficaz (qualidade) para garantir a operação como um todo. Podemos afirmar que a logística deve atuar sempre pensando na definição do Council of Supply Chain Management Professional (CSCMP, 2007): a logística é: “(…) o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor(…)”.

“Desta forma, o pensamento sobre o impacto da logística em uma operação deve ser feito de forma holística e interpretado como um divisor de águas no sucesso de uma organização”, diz Boschi. Os dois principais indicadores de desempenho de uma atividade logística são nível de serviço e custo, e isso pode ser facilmente entendido como: atender a demanda no prazo certo, no tempo certo, na qualidade certa, no custo certo, completa.

Bertolino, da Infor Brasil, pontua que a logística integrada se entende como uma espinha dorsal de uma empresa, que envolve operações de planejamento à execução e controle, ou seja, envolve definir estratégias organizacionais, planejar necessidades de recursos, avaliar capacidades operacionais, gerar planos de demanda e abastecimento alinhados e, partir disso, executar o plano – comprar insumos, movimentar materiais, armazenar produtos, etc. – com eficiência e de acordo com as metas estabelecidas. Mas tudo isso pela ótica dos processos internos de uma organização.

Além disso, a logística integrada traz a necessidade de uma cadeia de suprimentos cada vez mais colaborativa e integrada. Fornecedores, fabricantes, parceiros logísticos e clientes operando cada vez mais em sincronia. Quando a cadeia logística não opera de maneira eficiente, o impacto é enorme. “Foi o que vimos durante a pandemia, quando as cadeias de suprimento se romperam, faltou produto no mercado, baixou o nível de serviço e aumentou a quantidade de clientes insatisfeitos.”

Parece óbvio que a logística exerce um impacto fundamental em diversos setores operacionais. Setores industriais como o automotivo, o farmacêutico e o de manufatura, por exemplo, dependem da eficiência na movimentação logística, tanto em termos de armazenamento quanto de transporte, para serem bem-sucedidos.

Portanto, continua Koga, da Modern Logistics, é crucial observar que, caso uma empresa não possua uma logística integrada, será necessário contratar diversos operadores, resultando em perda de agilidade e aumento de custos. Portanto, a adoção de um modelo de logística “one-stop-shop”, que engloba o gerenciamento inteligente e personalizado de todos os elos da cadeia, desde o planejamento até a execução, passando por todos os modais, garante uma abordagem estratégica e inteligente ao design logístico.

“Não resta dúvida sobre o papel fundamental que a logística tem para toda a economia, sendo interessante lembrar que este setor, antes considerado uma atividade secundária, ganhou destaque, especialmente no mundo pós-pandemia, onde temas como a logística do Blockchain estão sendo discutidos na esfera dos C-levels”, completa o CEO da Modern Logistics.

Também para Mendes, da MTC Log, por desempenhar uma função crucial ao abastecer as linhas de produção da indústria com matéria-prima e ao armazenar e distribuir o produto acabado, pode-se dizer que, sem logística, não há produção, não há vendas e, consequentemente, não há faturamento. “A logística é a espinha dorsal da operação. Se bem feita, vai haver redução de custos, otimização de processo, uma venda e pós-venda mais qualificada. Tudo tem que estar alinhado”, completa Parolini, da Nowports.

Goya, da OPME Log, também diz que a logística está presente em todo ambiente que necessita de organização, seja para otimizar tempo e custo, ou manter ou aumentar a qualidade. Ela atua no gerenciamento do fluxo de materiais, considerando os custos que envolvem os processos. Isso impacta diretamente todos os setores. “Através do gerenciamento logístico é possível satisfazer a necessidade dos clientes, pois existe a coordenação de todos os fluxos e processos.” A logística é o novo marketing, na visão de Dagnoni, do TECADI. “A logística influencia a capacidade de uma empresa de atender à demanda do mercado. Uma entrega rápida e confiável pode melhorar a satisfação do cliente, enquanto atrasos ou falhas na entrega podem ter impactos negativos nas relações com os clientes. Uma logística bem planejada também pode influenciar as necessidades de mão de obra. Por exemplo, uma cadeia de suprimentos mais eficiente pode exigir menos tempo e esforço para gerenciar estoques e processos de distribuição. Sistemas de informação são essenciais para monitorar e otimizar as operações logísticas. O uso de tecnologia, como sistemas de rastreamento, gestão de inventário e software de planejamento, é vital para uma logística eficaz”, completa.

Processo moroso

Infelizmente, a logística tem sido historicamente gerenciada por meio de uma abordagem isolada. O resultado é cada vez mais soluções tecnológicas complexas, difíceis de gerenciar e atualizar – e díspares aplicativos, em vários parceiros comerciais, que operam de maneira desconectada com processos morosos, sem controle e com uma equipe desmotivada e ineficiente.

Entregas em massa e longos prazos de entrega são coisas do passado. Em vez disso, a personalização e os serviços flexíveis de última milha garantem que as necessidades dos clientes individuais sejam atendidas por toda a malha logística, atuando de forma estratégica e coesa.

No passado, havia prazos de entrega muito amplos. As operações diárias nos Centros de Distribuição eram reativas e projetadas para manuseio a granel. Os processos de transporte e armazenamento careciam de visibilidade e eram limitados à execução em série, com longos ciclos de planejamento.

“Para entregar o prometido para o cliente, é preciso entender a mudança fundamental na forma como a logística é visualizada e gerenciada”, diz o vice-presidente de Parceiros & Alianças para a América Latina da Blue Yonder.

Abordagens mais antigas são caracterizadas por longos prazos de entrega, regras de negócios rígidas, manuseio em massa e execução em série, insuficientes para enfrentar os novos desafios de hoje, além de processos inteiramente manuais, usando planilhas sem controle e com problemas de compliance e risco da integridade de dados por não haver controles, auditorias e processo que auxiliem na velocidade e busca da melhoria contínua.

“Hoje este ambiente não é mais sustentável. As crescentes expectativas dos clientes, impulsionadas pelo e-commerce, devem ser satisfeitas com remessas menores e entrega no mesmo dia ou no dia seguinte – o que é possível com automação, cumprimento de prazos, humanos mais robótica, fluxos de trabalho contínuos, redes de frete flexíveis, fornecedores restritos e colaborações, apoiadas pela digitalização”, diz Baccin.

Ainda segundo ele, falando sobre o que pode ser considerado um processo moroso, a logística deve mudar para uma mentalidade de velocidade, flexibilidade, personalização e conectividade. O modelo tradicional e linear da função logística está sendo reinventado hoje, à medida que os clientes exigem mais entrega, velocidade e capacidade de resposta, e a digitalização remodela processos e fluxos de trabalho para permitir níveis de serviço mais elevados. Em vez de uma cadeia sequencial baseada no envio de pedidos aos clientes, o atual modelo de logística pull-based exige que todo a rede funcione como um conjunto de “nós” intimamente conectados que colaboram ativamente em tempo real.

Ou seja, assim que uma grande perturbação for detectada – seja na fase de planejamento logístico ou quando o estoque já está em trânsito – esses poderosos motores de decisão já estarão avaliando as opções. À medida que coletam dados em tempo real e aplicam análises avançadas, eles são capazes de definir riscos de falha e avaliar os resultados potenciais que estão ligados a diversas estratégias de intervenção. Então, antes que o desempenho logístico seja impactado significativamente, essas otimizações motoras podem escolher e implementar rapidamente uma resposta autônoma que pode ser iterativamente replanejada à medida que as condições evoluem.

Por sua vez, Boschi, da EY, aponta que, na logística, podemos considerar um processo moroso quando ele não atende os requisitos do cliente e consequentemente do negócio. “Quando efetivamos uma venda, realizamos um acordo com o cliente para a entrega ser realizada numa janela de tempo. Essa é a tradução mais simples do que chamamos de nível de serviço.”

Para melhorar isso devemos entender o processo de uma forma detalhada. Uma das metodologias mais conceituadas sobre isso é o Mapeamento do Valor Agregado (VSM – Value Stream Mapping), que possibilita visualizar as atividades que agregam e não agregam valor pela ótica do cliente.

“Analisar os processos e identificar novas formas de se executar a atividade é uma outra hipótese que temos que considerar. O cliente não quer pagar pela nossa ineficiência e, como alternativa, ele vai em busca de outra fonte, ou outro fornecedor. Isso é concorrência”, prossegue o gerente sênior da EY.

As novas tecnologias digitais são as mais recentes soluções que podem ser aplicadas na logística para reduzir processos morosos. Como exemplo, a logística faz uso de uma grande quantidade de informações e dados. Coletar, tratar e direcionar ações podem ser feitos com o uso de tecnologias como a Inteligência Artificial, Machine Learning, RPA (Robot Process Automation), entre outros.

No campo operacional, em armazéns ou Centros de Distribuição, sistemas automáticos de movimentação de materiais (AGVs) vêm sendo utilizados com maior intensidade e ajudam a diminuir o tempo de movimentação dos materiais. No transporte, modelos de roteirização e otimização da distribuição já são uma realidade para uma grande gama de cadeias de suprimentos. “Ou seja, não estamos falando somente em tecnologia, mas também em questionar a forma que fazemos os processos”, aconselha Boschi.

Também para Bertolino, da Infor Brasil, um processo moroso é aquele que não atende à exigência do consumidor, na velocidade que ele precisa. Quem decide o nível de agilidade é sempre o cliente. A forma mais eficaz de melhorar é adotar a digitalização, principalmente com plataformas como um WMS. “O armazém passou a ser um elo da cadeia de suprimentos estratégico e, para mantê-lo em nível ótimo de abastecimento e pronto para atender aos clientes, é preciso gerenciá-lo da melhor forma. O WMS é, sem dúvida, uma solução capaz de oferecer um alto nível de profissionalização, aumentar a produtividade e eficiência operacional, dar a visão real de inventário, reduzir custos e melhorar o atendimento de pedidos e clientes.”

Já na visão de Koga, da Modern Logistics, o processo logístico moroso caracteriza-se pela ocorrência de atrasos significativos devido a eventos que podem incluir condições climáticas adversas, greves e congestionamentos. As soluções que podem mitigar os impactos de eventos imprevistos no processo logístico incluem monitoramento em tempo real, diversificação de rotas e modais, ações de prevenção de eventos adversos, manutenção de estoques de segurança, incentivo à colaboração na cadeia de suprimentos, adoção de tecnologias emergentes e investimento no treinamento das equipes. São medidas que podem mitigar os impactos imprevistos, tornando a logística mais ágil e resiliente.

“Um processo moroso pode ser definido como aquele que envolve burocracias e rotinas excessivamente complicadas, causando lentidão em algo que poderia ser mais simples. Cabe ao Operador Logístico estabelecer rotinas e sistemas simples, diretos e seguros”, diz Mendes, da MTC Log. Enquanto que, para Parolini, da Nowports, o processo moroso incide em vários aspectos e em efeito de cascata. Um atraso na parte inicial impacta toda a cadeia. Quem sente é o cliente final na ponta. “Para melhorar essa questão, é necessária uma otimização dos processos. A mágica da logística é entender as particularidades de cada mercadoria.”  O tempo traz experiência, mas pode trazer também alguns problemas: é fundamental a implementação de programas de melhoria contínua e atualização constante de tecnologia. Esses são ingredientes que, se ignorados, os processos da operação começarão a apresentar lentidão e ineficiência. Cada empresa possui um SLA, mas um processo moroso é aquele que compromete a entrega do serviço no SLA acordado com eficiência e segurança”, diz, agora, Goya, da OPME Log.

Melhorar processos morosos requer um compromisso com a mudança e disposição para questionar e redesenhar métodos existentes. A abordagem deve considerar o processo como um todo, buscando otimizações em cada etapa. Dito isto, Dagnoni, do TECADI, indica algumas Iniciativas essenciais para identificar e melhorar processos morosos: mapeamento do fluxo de trabalho e análise profunda dos processos, buscando padronizá-los; identificação dos gargalos; automação de tarefas repetitivas de baixo valor agregado; uso de tecnologias de ponta que contenham interface com os sistemas utilizados pelo cliente; treinamento e feedback contínuo aos colaboradores; uso de metodologias de melhoria contínua.

Adaptação às mudanças

 Ao longo dos últimos anos, a logística foi se aperfeiçoando e trouxe consigo o uso de tecnologias que suportassem os processos de negócio e possibilitassem vantagens competitivas. Neste século, vivemos grandes transformações nos modelos de negócio. O tradicional “vendas físicas” recebeu, com o advento da internet, a concorrência do modelo omnichannel, onde o cliente pode fazer as compras via on-line e optar por receber em casa ou retirar no local de sua preferência.

Portais de comercialização surgiram e grandes organizações de comércio eletrônico trouxeram a comodidade das compras on-line, onde o diferencial é atender o cliente sem a necessidade de ele se deslocar até um supermercado ou mesmo um centro de compras. Com isso, a logística teve que se reinventar e oferecer um diferencial competitivo. O prazo de entrega passou a ser esse diferencial. Oferecer prazos menores foi uma atratividade oferecida. Em paralelo, provocou um redesenho nas operações logísticas, seja em termos de Centros de Distribuição ou mesmo no transporte.

Para os CDs, o modelo operacional, até então fornecendo produtos em quantidades elevadas, teve de se adaptar para cargas unitárias. A compra tinha que ser garantida e, portanto, o item vendido deveria estar disponível no estoque. Isso requereu uma maior acuracidade nos controles de inventário. O estoque para abastecer as lojas perde prioridade para as vendas eletrônicas.

No transporte, o impacto também foi alto. Cargas múltiplas e com poucos pontos de entrega sofreram o acréscimo das cargas individuais e altamente fracionadas. Como gerenciar isso? Foi necessário criar um modelo de negócios para atender os públicos diferentes da logística. Vemos atualmente uma acirrada competição para oferecer uma diversidade de produtos com entregas cada vez mais rápidas. A que custo?

“Não podemos deixar de considerar a experimentação que os consumidores tiveram com a pandemia da Covid-19. As compras on-line motivadas pela proibição das pessoas saírem de casa foram um novo aditivo para os profissionais de logística. A concorrência aumentou não somente localmente, já que a globalização passou e passa pelo dia a dia dos consumidores”, completa Boschi, da EY, falando sobre como a logística integrada está se adaptando às mudanças nas preferências do consumidor, especialmente em um cenário onde as compras online e a entrega rápida são cada vez mais predominantes.

A mesma questão é respondida por Bertolino, da Infor Brasil. Segundo ele, temos visto vários movimentos interessantes acontecendo na logística. Um deles é a descentralização dos CDs, com o objetivo de atender clientes espalhados por todo o território nacional. Outra tendência interessante é o surgimento de novos métodos de operação, como pick-to-store, dark stores e migração do just-in-time, que tentava alinhar a produção com a demanda, para o just-in-case, que busca ter um inventário otimizado. Com o uso de sistemas como o WMS e Inteligência Artificial, também temos visto grandes operações de e-commerce sendo capazes de adotar cada vez mais um sistema de gestão caótico do armazém, o que permite atender a muitos clientes, com necessidades específicas, ao mesmo tempo.

“Uma última adaptação importante que gostaria de comentar tem a ver com o planejamento logístico. Muitas empresas estão começando a adotar a IA e o Aprendizado Automático de Máquina (Machine Learning) para planejar rotas mais eficientes e reduzir os custos do transporte.”

Realmente, no contexto do varejo eletrônico, a logística desempenha um papel vital ao oferecer suporte para que as entregas ocorram de forma rápida e eficiente, considerando-se que, quanto mais rápido o produto chegar ao cliente, maior a percepção de valor e a probabilidade de que ele realize uma recompra. Esta é a premissa do varejo eletrônico, no momento que cresce a busca por entregas no mesmo dia ou no dia posterior à compra do produto.

Para atender a essa demanda, a logística integrada está incorporando estratégias como a otimização de rotas, a automação de armazéns, o rastreamento em tempo real e a realização de parcerias estratégicas com fornecedores de serviços de entrega. Além disso, o uso de tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial e análise de dados, permite uma gestão mais eficaz dos estoques e uma previsão mais precisa da demanda, contribuindo para processos logísticos mais ágeis.

“Nesse cenário – continua Koga, da Modern Logistics –, a logística é a ponte eficiente entre os varejistas online e os consumidores, e uma condição para a satisfação do cliente e para sua fidelização, a partir do conceito de que entregas rápidas não são apenas um serviço, mas uma experiência positiva que influencia diretamente a jornada de compra.”

Mendes, da MTC Log, também ressalta que, com o aumento do e-commerce, a logística passou por diversas adaptações para viabilizar entregas no mesmo dia. Nesse sentido, rotinas expressas de recebimento, métodos de armazenagem e a utilização de sorters tornam-se tecnologias essenciais para atender aos prazos exigidos pelas vendas online.

Dagnoni, do TECADI, também relaciona algumas das adaptações e tendências observadas: Centros de Distribuição estrategicamente localizados para permitir entregas mais rápidas; tecnologia de rastreamento em tempo real e automação dos      armazéns; redução de estoque e estratégias just-in-time, para reduzir os níveis de estoque e permitir uma resposta mais ágil às mudanças na demanda; operações logísticas mais personalizadas e flexíveis para atender às preferências individuais; e práticas de sustentabilidade, como rotas que emitem menos carbono  e uso de embalagens ecologicamente corretas.

Automação e IA

Já que muito se falou na aplicação da IA e da automação, como elas estão sendo incorporadas à logística integrada em busca de eficiência? E de que forma impactam os processos operacionais?

A eficiência é parte fundamental para os resultados do negócio. A competição não mais das empresas, mas das cadeias de suprimentos e seus ecossistemas, provoca desafios e gera oportunidades. A automação em cada processo, seja no tratamento das informações ou mesmo nas operações logísticas, já é uma realidade.

A eficiência deve ser medida como o impacto que a tecnologia trouxe nos processos operacionais em termos de nível de serviço e custos. Entende-se que a tecnologia não transforma, mas, sim, habilita um processo. Esse processo, sob a perspectiva digital, deve ser totalmente questionado e, quando possível, redesenhado visando melhorar a experiência do cliente.

“A transformação digital é uma jornada e depende da estratégia digital combinada com a estratégia dos negócios e a estratégia funcional para definir os objetivos da empresa/cadeia de suprimentos. Temos que entender que aplicar tecnologia de uma forma isolada não altera o cenário. Há que se revisitar os processos!”, desafia Boschi, da EY.

O termo “transformação digital” pode ser intimidador, e conceitos como IA e aprendizado de máquina ainda podem parecer ficção científica, diz Baccin, da Blue Yonder. Não importa quais desafios surjam, todos as atividades de logística, em múltiplas funções, são orquestradas de forma inteligente e autônoma para alcançar o melhor resultado possível – aquele que equilibra estrategicamente custo e serviço.

Os recursos de IA e ML, aliados à logística, permitem que as organizações não apenas planejem suas atividades logísticas antecipadamente, mas que dinamizem e replanejem à medida que as condições mudam. Análise prescritiva e IA se combinam para identificar quaisquer obstáculos à execução, avaliar os riscos e impactos de diversas ações corretivas e executar simulações hipotéticas que preveem com precisão os impactos de longo e curto prazo de cada opção.

“Considere uma falha de equipamento em trânsito, como uma avaria do veículo – ou uma ordem que de repente requer agilização. À logística se aplicam algoritmos proprietários que pesam o custo e os resultados de serviço de possíveis respostas. Cada resultado é pontuado com base nas principais métricas que incluem custos e serviços, mas também consideram ativos como utilização, clima e outros fatores complexos. A fase de execução é carregada de complexidade e incerteza, o que significa que processos de cognição e planejamento manual são insuficientes para analisar verdadeiramente cada opção e seus impactos para então chegar ao melhor e ideal curso de ação.”

AI e ML – prossegue o vice-presidente de Parceiros & Alianças para a América Latina da Blue Yonder – são obrigados a conduzir a análise aprofundada, então é necessária autonomia para puxar a alavanca imediatamente, antes que o desempenho seja impactado. Um tópico ainda pouco explorado, mas que logo entrará em pauta, é a logística reversa, onde o custo e as margens poderão mudar drasticamente se não foram bem gerenciadas. “Bom ficar de olho!”

Bertolino, da Infor Brasil, acredita que a IA e a automação podem estar em toda a cadeia logística, desde a previsão da demanda, passando pela organização dos Centros de Distribuição, pela orientação do trabalho dos selecionadores no armazém, até o planejamento das rotas de entregas, mesmo em casos multimodais. Segundo ele, as tecnologias de automação e IA vêm para potencializar as operações, aumentar a produtividade e dar escalabilidade ao negócio. “O problema é que muitas empresas estão tentando adotar soluções de automação e IA sem antes definir de forma clara sua estratégia e sem antes fazer o que chamamos de processo ‘estruturante’, o básico bem feito.”

Também para Koga, da Modern Logistics, a implantação da automação e o uso da Inteligência Artificial tornaram-se parte essencial das operações de logística integrada. Especificamente no transporte, observa-se uma otimização de rotas de entrega, especialmente para o e-commerce, que movimenta um grande volume de pacotes. A IA amplia a eficiência operacional e torna o custo do last mile mais competitivo, diz o executivo.

Além disso, na gestão de armazéns, essas tecnologias possibilitam uma administração mais eficiente da produtividade nos Centros de Distribuição. É possível organizar os CDs de acordo com uma curva ABC, destacando os SKUs que têm maior rotatividade, e alocar recursos humanos e tecnológicos para atender uma região específica de acordo com a demanda, agregando ganhos expressivos de eficiência na operação.

“A IA possibilita a automação de rotinas complexas que exigem tomada de decisão, garantindo precisão e velocidade nos processos. Um exemplo é uma tecnologia que estamos testando, onde a utilização de RFID’s permite o endereçamento autônomo de paletes, proporcionando rastreamento sistemático dos itens”, acrescenta Mendes, da MTC Log.

“Estamos investindo em ferramentas de IA em nossa empresa, para otimizar processos, analisar e gerar dados e ampliar os resultados. A IA é uma ferramenta poderosa e pode ser uma grande aliada da empresa, mas precisa ser compreendida e bem implementada. O banco de dados precisa ser amplo e organizado. Estamos vivendo uma era revolucionária. A IA vai mudar o mundo da maneira que conhecemos”, reconhece Goya, da OPME Log.  Porém, como finaliza Dagnoni, do TECADI, a automação ainda é um desafio por estar num patamar de alto investimento. “Quando comparamos o Brasil com países onde a tecnologia é mais acessível e a mão de obra é mais barata, percebemos que precisamos desenvolver o país para nos tornarmos mais competitivos nesse sentido, já que a viabilidade do projeto de automação no Brasil é mais difícil. Mas algumas inovações já se tornam muito viáveis, como a utilização de drones para a realização de inventários. Estamos indo para nosso segundo ano com a utilização desta ferramenta, que vem demonstrando   um excelente ganho de produtividade no inventário. A Inteligência Artificial veio para somar na logística, possibilitando análise de dados mais eficaz e veloz, trazendo dados mais amplos que nos auxiliam na tomada de decisão em situações delicadas ou críticas.”

Práticas recomendadas

Foi comentado, anteriormente, que a competição não é mais entre empresas e, sim, entre as cadeias de suprimentos e seus ecossistemas. Adotar uma estratégia combinada entre os atores dessa cadeia, incluindo programas de gestão de riscos, e entender as tendências e inovações que possibilitam a redução de custos e maximizam a eficiência trazem economia de recursos e aumento de produtividade.

“Entenda ainda como a diversificação do uso dos modais e parcerias pode fazer da logística um diferencial competitivo ainda maior. Por fim, não se esqueça que temos que sempre pensar em melhoria contínua e que fazer as perguntas corretas nos traz a luz da oportunidade”, revela Boschi, da EY, quando o assunto envolve as práticas recomendadas para promover a colaboração eficaz entre os diversos elos da cadeia logística integrada.

A primeira prática, uma das mais importantes em qualquer operação empresarial, salienta, agora, o country manager da Infor Brasil, é basear as decisões em dados. Formar os times em análise de dados e organizar os dados da empresa de forma que seja possível tomar decisões informadas. Abraçar de vez a digitalização é um passo quase que paralelo ao anterior, diz Bertolino. Para tomar decisões orientadas por informação real é preciso que todos os dados estejam à disposição dos colaboradores, compartilhados em um ambiente na nuvem. Por isso, os sistemas chamados ‘on-premise’ não cumprem mais com o papel necessário de operações cada vez mais complexas e descentralizadas.

Outra prática é dar autonomia para os times tomarem as decisões necessárias. “Não basta só fornecer a plataforma e a informação, é preciso capacitar o time a tomar as decisões tendo sempre a satisfação dos clientes como centro gravitacional.”

Realmente, a colaboração só acontece quando o caráter social presente nas relações entre os elos da cadeia logística integrada é valorizado, segundo Goya, da OPME Log. “Tratar apenas com CNPJs, por meio de um contato frio e burocrático, impede que a participação das pessoas envolvidas nesses processos some para a obtenção de resultados mais qualificados. Por trás de cada cargo ou empresa, existe uma pessoa. São as obviedades que precisam ser ditas.” Porém, a promoção da colaboração eficaz entre os diversos elos da cadeia logística integrada requer um enfoque centrado no uso da tecnologia para fornecer informações transparentes e em tempo real. Atualmente, a principal preocupação dos clientes é ter acesso à informação. Nesse contexto, a visibilidade e a precisão dos dados de entrega tornam-se tão cruciais quanto a própria entrega física.

Entre as práticas recomendadas estão a implementação de sistemas de rastreamento em tempo real que proporcionem visibilidade completa do status dos produtos em trânsito. Além disso, a consistência na informação ao longo de toda a cadeia logística é fundamental para evitar discrepâncias e garantir uma compreensão unificada entre os parceiros, aconselha Koga, da Modern Logistics.

“Para o bom funcionamento da cadeia logística, é essencial que a programação (forecast) ‘previsão’ da área produtiva seja fornecida, além da comunicação ativa entre as equipes administrativa e operacional. Logística requer adaptabilidade e dinamismo, sendo crucial estarmos preparados quando as coisas não seguem o planejado”, acrescenta o gerente de conta da área comercial da MTC Log.

“De fato, é preciso desenvolver uma comunicação fluida e colaboração eficaz entre todos os envolvidos. As informações precisam chegar antes dos problemas, pois a logística é sensível a várias questões do mundo: guerra, fechamento de portos etc.”, acrescenta Parolini, da Nowports.

E Dagnoni, do TECADI, completa destacando que o planejamento é fundamental para o sucesso da cadeia logística, pois os desafios já são enormes no Brasil devido a sua dimensão continental e todas as suas intempéries climáticos e sazonais. Outra ferramenta que tem se tornado cada vez mais essencial para uma gestão de alta performance são as torres de controle, permitindo um gerenciamento de indicadores e visibilidade em tempo real.

Empresas participantes

Blue Yonder – Considerada líder mundial em transformações digitais da cadeia de suprimentos e atendimento de comércio omnichannel.

EY – Tem atuação em assurance, consulting, strategy, tax e transactions.

Infor – Tida como líder global em software de nuvem empresarial especializado por setor, desenvolve soluções completas para setores como manufatura industrial, distribuição, saúde, alimentos e bebidas, automotivo, aeroespacial e defesa e alta tecnologia.

Modern Logistics – Empresa de logística integrada que oferece soluções customizadas com integração de dados com clientes, rastreabilidade e monitoramento, gestão da qualidade, das informações e de riscos para cargas industriais.

MTC Log – O Grupo MTC tem um braço no segmento logístico – que se denomina MTC Log. Atualmente, realiza serviços integrados de operações logísticas, regime de armazéns gerais, logística reversa, implementação de WMS, transporte, serviços técnicos, reengenharia de embalagens de exportação e submontagem.

Nowports – É a primeira e maior agente de carga digital da América Latina, combinando logística com ferramentas financeiras e tecnológicas para o transporte de cargas.

OPME Log – Faz gestão logística de dispositivos médicos para cirurgias. TECADI – Operador Logístico que oferece soluções personalizadas de armazenagem e transporte, flexíveis e customizadas. 

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