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Conteúdo 23 de março de 2009

Luta pelo trem de alta velocidade

O esforço de entidades ligadas ao turismo para reivindicar o prolongamento traçado do Trem de Alta Velocidade (TAV) até Brasília, com pontos de parada em Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Brasília, começa a tomar corpo, com eventos de discussão e mobilização. O traçado original previsto é de Rio de Janeiro a Campinas, com ponto de parada em São Paulo.

A pressão sobre o Ministério dos Transportes, neste momento, é para prorrogar o prazo de definição final do traçado, previsto para o dia 2 de abril. "Vamos buscar ampliar e esse prazo, para que possamos pressionar pelo traçado que contemple também Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Brasília", disse ontem o presidente do Ribeirão Convention & Visitors Bureau, Márcio Santiago.

No próximo dia 9 acontece o primeiro evento de discussão do assunto, em Ribeirão, com a presença de autoridades de cidades da região, entre eles secretários de Turismo de várias cidades. "Um representante do Ministério dos Transportes fará uma palestra explicando os motivos da definição do traçado e um representante da iniciativa privada argumentará sobre as vantagens do TAV nas cidades", afirmou.

A intenção é fazer encontros nas outras três cidades, com o objetivo de sensibilizar o governo federal a re-estudar o trajeto. Márcio Santiago diz estar em contato permanente com os presidentes dos conventions das duas cidades mineiras e do Distrito Federal. Ele também diz estar em contato com o Ministério dos Transportes.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério, não há ainda um pedido formal dos conventions para extensão do traçado. No dia 2 de março, quando a ministra da Casa Civil esteve em Campinas para apresentar um balanço do Programa de Aceleração Econômica (PAC), o assunto teria sido tratado, de maneira informal, com o secretário executivo do Ministério, Paulo Sérgio Passos.

A previsão é que o TAV tenha 518 quilômetros de extensão, com previsão de investimentos privados de US$ 11 bilhões, ao longo de cinco anos. A velocidade prevista é de 180 quilômetros por hora. A resistência em incluir outras cidades deve-se justamente à redução da velocidade e aumento de investimentos.

Briga por trem é antiga em RP

A briga para a linha férrea chegar a Ribeirão Preto, no século 19, também não foi fácil. A Companhia Mogiana começou a ser constituída em março de 1872, pela família Silva Prado, Antônio de Queirós Teles e José Estanislau do Amaral que eram grandes proprietários de plantações de café, e o Barão de Tietê.

O primeiro trecho, de 34 quilômetros, foi entre Campinas e a cidade de Jaguari, hoje Jaguariúna. Depois se estendeu até Mogi Mirim, chegando a 41 quilômetros. A linha contemplou ainda Amparo e Casa Branca. Só depois de muitos e acalorados debates, no ano de 1880, a Mogiana conseguiu a concessão para prolongar seus trilhos até Ribeirão Preto, seguindo depois para Franca e Minas Gerais. A produção de café foi determinante para a definição.

Hoje os argumentos são a riqueza da região e a necessidade de alternativa de transporte de pessoas.

 

Fonte: Revista Ferroviária

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