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Conteúdo 31 de maio de 2008

Petrobrás ajuda a indústria naval brasileira

A Petrobrás anunciou nessa semana (27/5) um pacote gigante de encomendas à indústria naval brasileira. Serão 44 navios para transporte de petróleo e derivados, 40 sondas de perfuração de poços e 146 embarcações de apoio às atividades petrolíferas em alto-mar. Apenas nessa última encomenda, que é uma pequena parte do programa total, estão previstos US$ 5 bilhões. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o objetivo é usar o enorme potencial de reservas no pré-sal para “industrializar” o País.

“Eu não quero que a Petrobrás vire apenas uma grande exportadora de petróleo. Não quero que o presidente da República do Brasil coloque aquele pano na cabeça como se fosse um xeque do petróleo, não. Eu quero que a gente aproveite o petróleo para industrializar o País e consolidar o desenvolvimento baseado numa indústria nacional”, discursou Lula.

Em entrevista coletiva após o lançamento do pacote, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, disse que ele será dividido em etapas. A primeira, que deve ser concluída nos próximos meses, é a contratação de dois superpetroleiros, com capacidade para transportar 300 mil toneladas de porte bruto (TPB), tipo de navio que não existe na frota da estatal. Ao mesmo tempo, a Transpetro anuncia a abertura de licitação para 23 navios, com entrega até 2015. Outros 19 serão encomendados mais tarde.

A empresa preferiu não revelar o valor do investimento nesses casos, alegando que poderia influenciar os concorrentes. Em entrevista recente, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o pacote de encomendas da Petrobrás chegaria a R$ 100 bilhões. Outra etapa será decidida em alguns meses e consiste na contratação das sondas de perfuração, nunca produzidas no País.

“É preciso ter consciência de que a Petrobrás não pode existir apenas para ser a sexta maior do mundo ou a terceira das Américas. Ela existe também para ser a alavancadora e geradora do desenvolvimento deste país”, afirmou Lula, reconhecendo que poderia sair mais barato comprar os equipamentos no exterior.

Segundo Gabrielli, a empresa terá de estudar a capacidade dos estaleiros locais antes de licitar as sondas. A idéia é, como ocorreu com os navios, manter um nível de nacionalização crescente, até que a indústria se prepare para produzi-las integralmente no País. As encomendas de sondas fazem parte do esforço para acelerar a avaliação das descobertas no pré-sal, onde está o bloco de Tupi.

 

Fonte: NewsComex

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