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Especial 22 de março de 2017

Mercado de carregadores de baterias supera a crise e empresas já preparam novidades para o setor

Para vencer momentos difíceis, é preciso ter boa gestão, investir em qualidade, novas estratégias e enxugar os excessos, como os entrevistados fizeram para continuar no mercado. Entre as tendências estão os carregadores de alta frequência e as baterias de íon-lítio.

Não dá para negar que 2016 foi um ano de declínio no campo da economia nacional. A desvalorização do real e os sinais de deterioração do quadro econômico atingiram vários mercados, inclusive o de carregadores de baterias tracionárias para empilhadeiras.

Para Wilken Davidson Drumond e Andréa Lourenço Drumond, diretores da AWM Manutenções Elétricas (Fone: 31 3422.7842), foi um ano revelador que ajudou a qualificar o mercado. “Quem procurou ficar longe da crise, conseguiu respirar e ganhou mais um ano de perspectivas, muito trabalho e novos projetos. Para vencer crises, é preciso ter boa gestão, investir em qualidade, novas estratégias e enxugar os excessos, como fizemos. Assim, entramos em 2017 comemorando os resultados e planejando um primeiro semestre de muitos serviços e grandes contratos”, salientam.

Na opinião de Mariana Kroker, sales manager Brazil da Fronius (Fone: 11 3563.3800), 2016 foi desafiador e, embora o cenário tenha sido muito negativo para a logística como um todo, a empresa alcançou um grande crescimento. “Isso porque as companhias estão apostando em produtos inovadores que tragam redução de custos em seus processos produtivos, e é justamente neste tema sensível que trabalhamos”, explica.

De acordo com Bruno Verissimo, gerente comercial da JLW Eletromax (Fone: 19 3491.6163), em um 2016 complicado, as empresas focaram mais na sobrevivência do que em investimento em novos equipamentos. “Foi um ano cheio de altos e baixos, reflexo de alguns projetos novos que surgiram por conta de planos elaborados antes da crise”, conta.

Mesmo com um 2016 difícil, a KM Carregadores de Baterias (Fone: 19 3886.8044) registrou um de seus maiores crescimentos percentuais dos últimos anos. “Conseguimos expandir nosso mercado de assistência técnica em todo o país, afinal, quem não estava comprando devido à crise econômica estava consertando, reformando ou até mesmo modernizando seus atuais equipamentos com o sistema de retrofitting, que consiste em aplicar nossa placa de controle em equipamentos de recarga para modernizar e otimizar o processo. Inclusive muitos que conheceram as vantagens desse sistema acabaram adquirindo equipamentos novos”, expõe Danilo Macan, engenheiro de desenvolvimento técnico-comercial da KM.

Pela análise de Julio Fiks, diretor técnico da SZ-Laboratório (Fone: 21 2421.9722), ocorreu em 2016 uma redução significativa na venda de máquinas, e, como consequência, a queda do comércio de carregadores de baterias. Por outro lado, surgiu uma tímida receptividade na utilização de carregadores que operam em alta frequência. “Mesmo ainda sendo um produto bem mais caro que os convencionais, ele se paga em cerca de um ano pela economia de energia que proporciona, indo diretamente ao encontro das metas das empresas de modo geral”, revela.

O mercado esteve muito retraído em quase todos os setores brasileiros, inclusive no de carregadores, baterias e empilhadeiras elétricas, considera Ruy Piazza Filho, da Vinnig Componentes Eletrônicos (Fone: 21 3979.0283). “A companhia fechou um acordo de distribuição para o Brasil no final de 2016 e agora entrará fortemente neste mercado, oferecendo carregadores de alta frequência, menores, mais leves e eficientes que os tradicionais carregadores com transformadores. O acordo foi fechado com a Delta-Q”, anuncia. Perspectivas

Com relação a 2017, Mariana, da Fronius, revela que o clima é de otimismo, pois as empresas estão cada vez mais envolvidas em qualificar seus processos intralogísticos. “O tempo de carregamento será o grande ponto de mudança, visto que a migração das baterias chumbo-ácidas para as de lítio diminuirá o número de baterias necessário para as operações e eliminará as salas de baterias, dando lugar a pit stops de carga”, explica.

Segundo Mariana, a mudança é radical e gradual, porém muito importante. “Estamos há um ano com a tecnologia pronta para essa necessidade. Então, será um 2017 de crescimento e de retomada da confiança no mercado. Várias empresas estão com seus projetos aprovados para este ano, a fim de compensar 2016”, acrescenta.

Wilken e Andréa, da AWM, dizem que para as indústrias será realmente um 2017 de grandes lançamentos, mas será parecido com 2016, de regularidade, somente se comprará o necessário, com raríssimas exceções. Ainda será um ano de recuperação dos equipamentos que estão em condições de reforma ou de conserto parcial, portanto, prestadores de serviços serão requisitados também em 2017. “Para se ter uma ideia, nosso volume de serviços em 2016 cresceu mais de 60%, enquanto as vendas reduziram em 30%”, revelam.

As projeções para o ano são instáveis, na opinião de Verissimo, da JLW, mas ele ainda tem esperanças que haverá um crescimento pequeno a partir do segundo semestre, pelo fato de as empresas focarem na eficiência energética, na sustentabilidade ecológica e na melhoria nos sistemas de trabalho.

Já na visão de Macan, da KM, o receio por investimentos será um fator que terá grande peso para as negociações e crescimento do setor. “Por outro lado, quem tem um produto de qualidade e oferece mais confiança ao seu cliente não irá passar por grandes dificuldades”, considera.

E os planejamentos da marca para 2017 já começaram: a companhia está expandindo não apenas em nível nacional, mas também em países do Mercosul. “Parcerias estratégicas e treinamentos técnicos a fim de qualificar nossos parceiros e clientes têm mostrado grande resultado em países vizinhos”, conta.

O mercado de carregadores, considerando a venda de equipamentos novos e os de reposição, deverá ter um discreto crescimento para este ano, alcançando o máximo de 4.000 unidades no mix, com uma ênfase muito pequena para os de alta frequência. É o que acredita Fiks, da SZ-Laboratório. Segundo ele, a maior expectativa com relação às novidades tecnológicas é a redução de preços para a real e maciça utilização de carregadores de alta frequência, juntamente com as baterias de íon, que estão surgindo para este mercado.

Sem dúvida os carregadores de alta frequência são a grande tendência, de acordo com Piazza Filho, da Vinnig. “Eles pesam menos que 10% do que os carregadores tradicionais com transformador, têm uma eficiência maior que 94%, são programáveis para diversos perfis de carga e vários modelos de bateria. Ou seja, estão um passo à frente na tecnologia de carregamento de baterias”, explica.

Soluções e novidades
A AWM oferece uma ampla linha de peças e serviços no segmento de carregadores tracionários. É distribuidora e assistência técnica autorizada da KM há 11 anos, disponibilizando carregadores tracionários e estacionários de vários tipos. Também oferece peças e serviços genuínos dos carregadores JLW Eletromax.

A empresa inicia o ano dando seguimento ao grande lançamento da KM, os carregadores de alta frequência, uma nova geração de aparelhos mais econômicos, leves e portáteis, que podem ser fixados em pequenos espaços. Ainda segundo a empresa, este carregador evita gases e aquecimento das baterias, com menor consumo de água e, em alguns casos, dispensa até as salas de bateria.

A Fronius comercializa carregadores de bateria de alta frequência, carregadores de bateria com oportunity charge, carregadores para baterias preparadas para fast charge, suporte de parede, salas de bateria, berços para bateria, módulos de fixação de carregadores, desulfatador de baterias e sistema de monitoramento de sala de bateria. Em serviços, oferece estudo de redução de custo de energia e espaço logístico (saving de energia).

Entre as novidades em tecnologia está o I-Spot Viewer, sistema de monitoramento para salas de bateria que possibilita ao cliente registrar tudo que aconteceu nas 250 últimas cargas. Já o Cool Battery Guide Easy otimiza a utilização da bateria através do sistema de informação e gerenciamento. Uma unidade de controle ligada a uma faixa de LED em cada sistema de carregamento informa ao usuário qual bateria foi carregada há mais tempo. Isto garante que todas serão utilizadas igualmente com a mesma frequência e com tempo suficiente para resfriar. A empresa também equipa salas e estações de carregamento de baterias, assegurando que os sistemas cumpram todos os requisitos necessários, incluindo proteção contra incêndio, explosão e segurança de trabalho.

A JLW atua há 29 anos produzindo carregadores de baterias tracionárias, convencionais (transformador), alta frequência, carrinhos e suportes, extratores de baterias (elétricos e manuais) e baterias de íon-lítio para veículos elétricos, atendendo em todo o território nacional e países da América Latina. Atua também nas áreas de reforma e manutenção de carregadores de bateria, locação e terceirização de mão de obra, além de desenvolver projetos completos para salas de baterias.

Em 2014, lançou os carregadores de alta frequência HFT (trifásicos) e HF (monofásicos) New Charger, desenvolvidos com tecnologia de ponta para minimizar os custos de energia e prolongar a vida útil da bateria.

A KM Carregadores fornece uma linha completa de carregadores de baterias – carregadores baseados em normas e padrões internacionais reconhecidos como melhores opções para recargas em baterias tracionárias, não apenas de empilhadeiras.

Neste ano, a KM vai apresentar um novo conceito de recarga que poderá ser aplicado em diversos tipos de construções de baterias, desenvolvido pelo setor de Pesquisa e Desenvolvimento da marca. “O sistema reduz consideravelmente o desperdício de energia”, explica Macan.

Além disso, a empresa apresentará soluções integradas para gestão de salas de baterias e gerenciamento de recarga e autonomia de baterias, além de um sistema de manutenção e formação de baterias otimizado e produtivo.

Por sua vez, a SZ-Laboratório atende pós-vendas e assistência técnica de carregadores de alta frequência da marca Zivan para baterias tracionárias com as tensões mais comuns: 24, 36, 48, 72 e 80 V, para tensões de entrada de 220, 380 e 440 V e potências de 0.5, 0.7, 1.0, 3.0, 5.0, 9.0, 18.0 e 36.0 kW ou sob consulta para “fast charge”. “A Zivan foi a pioneira com os carregadores de alta frequência e sua patente caiu em domínio público em 2005”, conta Fiks.

A Vinnig oferece carregadores de alta frequência, pesando em média 5 kg e capazes de gerar até 50 A em 24/36 e 48 V. Estão disponíveis modelos para uso a bordo do veículo elétrico e para instalações fixas. Há versões com sensor de temperatura para evitar sobreaquecimento das baterias durante a carga, modelos com interlock, evitando que o veículo se mova durante o carregamento, e outros com LED remoto, que são usados quando o painel do carregador não é facilmente visível pelo operador e, neste caso, o LED remoto mostra o estado da carga em local de fácil acesso.

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