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Conteúdo 28 de outubro de 2008

Nova alta do gás é afronta à sociedade, avalia FIESC

A nova elevação do preço do gás natural, já posta em prática pela SCGás, é uma afronta à sociedade catarinense, na avaliação da Federação das Indústrias (FIESC), que divulgou nota de repúdio na última sexta-feira (24). Com a alta de 4,35%, válida a partir do dia 16 de outubro, a elevação acumulada no ano em Santa Catarina já chega a 22%, e, considerando mudanças no plano de fidelidade, atinge até 34% para grandes consumidores. A majoração no preço do combustível ao longo dos primeiros 10 meses do ano em Santa Catarina é a maior da região Sul.

A nota da FIESC lembra que a SCGás é uma concessionária de serviço público, com o monopólio da distribuição no Estado, e que o insumo, ao chegar a Santa Catarina, representava 15% dos custos de produção das indústrias consumidoras, participação que agora saltou para 25%. "Enquanto isso, a SCGás é a empresa com a maior rentabilidade do Estado, segundo ranking da revista Exame, e seus acionistas, que investiram até agora R$ 32 milhões, já retiraram da empresa R$ 130 milhões", diz o texto, em referência aos dividendos e lucro sobre capital próprio.

Nos últimos anos a distribuidora não tem realizado 50% dos investimentos programados em seu orçamento e em 2007 este percentual chegou apenas a 29%. "É importante lembrar que os investimentos previstos e não realizados contribuíram muito para as altas das tarifas que ajudaram a colocar a SCGás na primeira posição no ranking de rentabilidade", diz o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa.

A entidade lembra também que a concessionária do serviço de distribuição de gás tem uma função social a cumprir e, neste sentido, a justiça da tarifa é uma questão fundamental. "Por isso, a sociedade catarinense não pode admitir a falta de responsabilidade e de compromisso com a sustentabilidade do Estado com que a empresa conduz uma política tarifária voltada a gerar lucros exorbitantes que são subtraídos de SC", diz nota.

O texto também faz referência à conjuntura atual, afirmando que a elevação é "uma demonstração de insensibilidade dos acionistas da distribuidora, no momento em que se agrava a crise na economia mundial".

A indústria catarinense responde por 77% do consumo de gás natural do estado.

Fonte: Revista Portuária

 

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