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Conteúdo 19 de maio de 2009

O controle das operações em suas mãos

Rastreando o veículo e monitorando seus movimentos, os usuários destas tecnologias acabam ganhando em produtividade, atacando diretamente os custos e garantindo uma maior segurança para os usuários, aumentando a eficiência da operação.

Segurança, controle logístico e redução de furtos de veículos e cargas. Estas são algumas das principais vantagens dos sistemas de rastreamento e monitoramento citadas pelos entrevistados nesta reportagem especial da revista Logweb.

A diferença entre as tecnologias é que os veículos rastreados podem ser localizados em tempo real por meio de coordenadas e promovem a interface de comunicação com a central de monitoramento. E, por meio do monitoramento, pode-se obter informações físicas, como abertura de portas, início e fim de rotas e quanto tempo se ficou parado, entre outros.

"Estas tecnologias permitem, ainda, avaliar o desempenho do motorista ao volante, produzindo relatórios e propondo soluções", complementa Sandro Azevedo, superintendente comercial da Sascar Tecnologia e Segurança Automotiva (Fone: 11 2174.1500).

A grande vantagem dos sistemas, para José Tabone Júnior, gerente de Negócios da Unidade de Rastreamento da Pósitron (Fone: 0800 7703778), é permitir que as empresas tenham total controle sob suas operações logísticas, atacando diretamente os custos e garantindo uma maior segurança para os usuários, aumentando a eficiência da operação.

Ao optar por utilizar sistemas de rastreamento e/ou monitoramento de frotas, as empresas têm como principais objetivos melhorias em gerenciamento, planejamento e fiscalização dos deslocamentos efetuados pela frota 24 horas por dia. "O rastreador permite verificar cumprimento de horários, rota utilizada, consumo de combustível e acompanhamento da frota através do site", diz Danyelle Cavalcante, auxiliar administrativo, e Carlos Assis, da área de monitoramento, ambos da HPS Tecnologia (Fone: 62 3701.9080).

"Hoje em dia, o rastreador não é mais visto como apenas um aparelho de segurança que a maioria das transportadoras procurava para resolver problemas com veículos e cargas roubados. Hoje, ele se tornou uma ferramenta indispensável para o transporte", acrescenta Fabiano Luis Rogatto, diretor executivo da Omniloc Inteligência Embarcada (Fone: 19 3813.3412). Nas palavras de Hélio Kairalla, diretor comercial da Controlsat (Fone: 0800 7071287), "o rastreador é um dedo-duro que se autopaga e ainda põe dinheiro do bolso".

Ana Carolina de Almeida Durville, analista de marketinda SBTEC – Solutions Business Technology Processamento de Dados (Fone: 31 3524.2100), acrescenta, ainda, a tecnologia RFID: sistema de identificação por radiofrequência. "Uma excelente aplicação que exemplifica bem este sistema consiste em utilizá-lo como um chaveiro que identificaria um motorista sem a necessidade de contato, apenas aproximando-o (o chaveiro codificado) do veículo", declara.

Rogatto, da Omniloc, acredita que uma tecnologia mais estudada e adequada para cada cliente se encaixa e proporciona uma boa segurança para carga, por exemplo, diz que não se pode instalar um rastreador GSM/GPRS em caminhão que sai de São Paulo, Capital, com destino a Recife, PE, pois o mesmo enfrentaria áreas imensas de sombra sem cobertura. Neste caso, é necessária uma tecnologia híbrida, que oferece tecnologia GSM/GPRS e Satelital. "Com isso, o cliente tem contato com a carga a todo o momento, com um custo abaixo do que se ele tivesse apenas um Satelital", declara.

Ele também explica que há casos de clientes que não necessitam de uma tecnologia híbrida, pois os veículos só rodam em rotas cobertas por sinais GSM/GPRS.
Por sua vez, Oswaldo Oggiam, diretor comercial da Suhai Segurança – Rastreamento (Fone: 11 3058.3350), alerta que as tecnologias de GSM são as mais econômicas e atendem à maioria das necessidades no monitoramento de veículos e caminhões.

Tipos de tecnologias disponíveis

Estão disponíveis no mercado três tipos de tecnologias: GSM/GPRS, Satelital e Híbrida. Tabone Júnior, da Pósitron, é quem explica os usos.

GSM/GPRS
Utilizam a infraestrutura celular para envio das informações e, desde 2006, vêm ganhando espaço no mercado devido a sua relação custo/benefício. Sua aplicação é indicada para frotas urbanas e semiurbanas que buscam: segurança do casco; melhoria de eficiência logística – é possível obter relatórios de rotas percorridas, receber informações, via celular ou web, de chegadas e saídas de pontos pré-estabelecidos e por meio de acessórios, como o teclado logístico, e trocar informações em tempo real com o motorista do veículo –; e redução do custo do quilômetro rodado – é possível obter informações de desempenho da frota como utilização indevida, controle de excesso de velocidades e hodômetro.

Satelital
Utilizam como meio para envio das informações links de satélites. Esse tipo de tecnologia é indicado para transportes de carga de alto valor e que, principalmente, percorram áreas onde ainda não exista cobertura celular. Na maioria das vezes, a aplicação da tecnologia é uma exigência dos gerenciadores de riscos.

Híbrido

São equipamentos que possuem os dois sistemas acima listados, onde o sistema GSM/GPRS é utilizado como redundância. Os sistemas satelitais são facilmente identificados no veículo, o que facilita a violação do mesmo. Utilizando um equipamento GSM/GPRS de redundância, observa-se a garantia do rastreamento do veículo.

Como exemplo de veículo e uso da tecnologia GSM/GPRS, Azevedo, da Sascar, utiliza um VUC (Veículo Urbano de Carga) – com 2 portas no baú (1 traseira e 1 lateral). Neste caso, o ideal é ter, segundo ele:

Conjunto Básico:
Módulo de comunicação;
Sensor de portas da cabine (motorista e passageiro);
Sensor de painel;
Sirene;
Botão de pânico;
Antena GPS;
Antena GSM;
Bateria backup;
Bloqueio de combustível.

Acessórios:
Terminal de dados alfanumérico (motorista);
2 sensores de portas do baú;
2 travas do baú.

Se for uma Transferência (longas distâncias), o ideal, ainda na opinião de Azevedo, é o equipamento híbrido, como no exemplo Cavalo + Carreta Frigorífica com dois compartimentos (resfriado e congelado) e com 2 portas no baú (1 traseira e 1 lateral):

Conjunto Básico:
Módulo de comunicação;
Sensor de portas da cabine (motorista e passageiro);
Sensor de painel;
Sirene;
Botão de pânico;
Antena GPS;
Antena GSM;
Antena satelital;
Bateria backup;
Bloqueio de combustível.

Acessórios:
Terminal de dados alfanumérico (motorista);
Conjunto de engate/desengate de carreta;
2 travas do baú;
2 sensores magnético do baú;
2 sensores de temperatura.

"Vale lembrar que o transportador/embarcador deve ter todo um acompanhamento do risco desta carga, ou seja, traçar uma rota, os pontos de parada, e acompanhar a viagem – a gestão da operação deve ser conduzida pela gerenciadora de risco", ainda lembra o superintendente comercial da Sascar, acrescentando que os motoristas devem ser muito bem treinados para operar o sistema e ter sucesso na viagem.

Segundo Avelino Rocha Neto, diretor comercial da Celtec Tecnologia e Serviços (Fone: 48 3025.8700), tão ou mais importante do que a tecnologia de comunicação e localização são as tecnologias de controle e automação do Software de Gerenciamento, associadas a procedimentos que assegurem ações rápidas e eficazes no atendimento de um sinistro. "Entendemos que Rastreamento é um processo sistêmico, analisar apenas a tecnologia embarcada no veículo não irá assegurar o resultado final", explica.

Sobre a quantidade de tecnologias necessárias para garantir a segurança no transporte de cargas, Ana Carolina, da SBTEC, declara que o importante não é a quantidade, mas a qualidade, bem como toda a infraestrutura computacional e operacional que teoricamente está oculta para o cliente final. "Quando falamos em qualidade de tecnologia entende-se por uma infraestrutura de excelência na fabricação, configuração, alojamento, instalação, testes de validação no cliente final e acompanhamento por parte da central de monitoramento, rastreamento e homologações, como na Cesvi e Anatel", expõe.

Ainda sobre quantidade, Oggiam, da Suhai, entende que um sistema de rastreamento de veículo é bastante eficiente para controle de carga, tendo este caminhão um sistema de controle e comandos de abertura de portas de baú. Porém, acrescenta que existem tecnologias auxiliares, como rastreadores portáteis para carga, que cobrem a vulnerabilidade de um roubo por força bruta, por exemplo, como o caso de arrombamento feito por quadrilhas altamente especializadas, que fazem o transbordo da carga em prazos absolutamente rápidos para outros caminhões. "Neste caso, através de ‘microrrastreadores’ escondidos dentro da carga, conseguimos rastreá-la e monitorar a atuação de quadrilha por meses, ser for necessário".

O que se busca com os sistemas

Os objetivos de quem utiliza os sistemas de rastreamento e monitoramento podem ser divididos em segurança, logística e gerenciamento de frota, desta forma:

Segurança:
o Recuperação de veículo e carga;
o Proteção de motorista e passageiros;
o Controle de perdas (combustível, peças, etc.);
o Controle de abertura e fechamento de portas e baús.

Logística:
o Controle de chegadas;
o Itinerários e saídas;
o Alocação de recursos dinâmicos e precisos (por exemplo, qual veículo ou técnico está mais próximo de um cliente).

Gerenciamento de Frota:
o Controle de combustível;
o Redução de custos de manutenção.
Fonte: Suhai Segurança

Escolha e uso
Mas será que o mercado conhece as tecnologias, sabe como escolher e como usar? Danyelle e Assis, da HPS, acreditam que o Brasil ainda é um país que deixa muito a desejar nesta área das tecnologias de segurança, não porque não tenha fabricantes, mas pelo desconhecimento do usuário e pela falta de discernimento dos empresários.

Neste ponto também toca Rogatto, da Omniloc, que acredita que mesmo hoje, com a internet e a facilidade de obter informações, algumas transportadoras não pesquisam sobre os melhores sistemas e o que melhor vai atender às suas necessidades. "Na maioria das vezes, vão comprando o primeiro rastreador que batem em suas portas ou até mesmo optam por preços muito baratos, mas na maioria das vezes o barato sai caro", avisa.

Para ele, ainda há muito desconhecimento dos valores das tecnologias certas pelo fato de algumas empresas de monitoramento agirem de má-fé, oferecendo serviços que não atendem ao cliente, visando só a venda de módulos ou do serviço, deixando-o sem a solução para o problema ou insatisfeito com o produto adquirido.
Antes de fechar qualquer negócio em relação a sistemas de rastreamento, o profissional indica pedir um teste para ver como o aparelho vai atender às necessidades e se as posições do veículo no sistema correspondem à localização real onde ele se encontra.

Tabone Júnior, da Pósitron, observa que hoje há empresas que oferecem simples serviços de bloqueio do veículo – sem ao menos disponibilizarem aos clientes acesso à localização – como sendo um serviço de rastreamento e monitoração.

Entretanto, na opinião de Rocha Neto, da Celtec, graças à mídia, Internet e a outros canais de comunicação, o mercado possui um razoável conhecimento de valor. "O que talvez seja necessário é desmistificar a questão do conceito sistêmico, uma vez que tecnologia é apenas ferramenta", diz.

Azevedo, da Sascar, avalia que o consumidor final já sabe exatamente o que quer comprar, como comprar e avaliar as qualidades de uma empresa de rastreamento. "No entanto, ainda são baixos os índices de veículos equipados com estes dispositivos, com todas as soluções que o sistema oferece. Há muito campo para crescimento nesta área".

Transguaçuano: pesquisas ajudam a escolher o fornecedor

Na Transguaçuano Transportes (Fone: 19 3361.9300) é utilizado o rastreador OMNI MTC400PLUS, da Omniloc, com sistema de localização minuto a minuto, equipado com limitador de velocidade com sensores e atuadores de segurança. "Ele foi escolhido pelos melhores resultados de acordo com as necessidades da empresa", explica o gerente operacional/logística, Claudio Lucio Montrezol. Segundo o profissional, o sistema oferece melhor controle e remanejamento na frota com informações mais precisas e em tempos mais hábeis. A dica de Montrezol a quem está à procura destes tipos de tecnologia é fazer uma pesquisa de mercado antes de adquirir o equipamento, "pois o sistema, para ter um bom funcionamento e resultado com sucesso, precisa também, da parte do contratante, um apoio e responsabilidade a todas as informações necessárias", declara. De acordo com ele, não adianta adquirir um equipamento e não dar condições para que o mesmo ofereça todas as ferramentas e meios necessários à rentabilidade da companhia.

AleSat: é importante buscar quem oferece facilidades

Cuidando da própria segurança, a AleSat (Fone: 84 3204.5249), empresa do segmento de distribuição de combustíveis, logística e transportes, utiliza a tecnologia GSM/GPRS da unidade de rastreamento da Pósitron. A escolha do sistema se deu em razão da tecnologia de ponta, da facilidade e da agilidade de customizações e custo de comunicação, conforme revela José Candido Terceiro Júnior, gerente da Central de Logística Integrada – CELI. "Entre seus benefícios estão facilidade de acesso, rapidez e versatilidade do equipamento", declara. Para chegar a Pósitron, a empresa realizou diversas pesquisas no mercado e considerou estrutura, fábrica e desenvolvimento próprio de tecnologia. Àqueles que pretendem adquirir um sistema de rastreamento, Terceiro Júnior aconselha pesquisar a empresa que irá ser parceira, verificar sua tecnologia, inovações e sempre contar com companhias que tenham solidez no mercado, tempo e histórico do grupo da qual faz parte, evitando desperdiçar investimento. "É importante buscar sempre quem oferece facilidades e atualizações constantes", sugere o profissional da AleSat.

Yukaer: comodidade e segurança com o sistema

A Yukaer (Fone: 19 3861.6666) – que atua na logística de grãos, farelos, rações, com armazenagem e transporte de matérias-primas e produtos acabados para empresas como Corn Products Brasil, Masterfoods, Nestlé, Nutron e Sadia – utiliza o rastreador da Omniloc, que opera com sistema GSM/GPRS, podendo ser adaptado para Satelital. "Escolhemos a Omniloc pelo atrativo custo-benefício do aparelho e do sistema eficaz. Através de referências, podemos observar que o índice de recuperação era excelente", expõe Flávio Gomes Rosa, gerente de logística da Yukaer. De acordo com ele, a empresa obtém algumas comodidades e segurança com o sistema, principalmente em relação à programação de cargas e entregas aos clientes. "Conseguimos calcular um lead time das entregas muito preciso e com a segurança de rodar em alguns horários que, sem o rastreador, não era aconselhável. Depois do sistema de gerenciamento instalado, estamos 24 horas monitorados", conta. Gomes Rosa aconselha a quem pretende adquirir um sistema de rastreamento verificar, em primeiro lugar, se a empresa é séria, "há muitas empresas ‘picaretas’ no mercado"; segundo, se informar da eficácia do sistema; e, em terceiro, o custo-benefício do aparelho e do gerenciamento, "pois de nada adianta ter somente umas das situações favoráveis", completa.

Custos

Sobre o custo de aquisição de tecnologias de segurança, os entrevistados consideram que os resultados compensam o investimento. Para Rocha Neto, da Celtec, os sistemas de rastreamento estão cada vez mais acessíveis, mesmo com os últimos aumentos do dólar. "O aumento da produtividade, que pode chegar a 20%, e a redução de custos de combustível e manutenção corretiva, que pode alcançar até 15%, acabam por dar sustentação econômica para o investimento na solução", explica.

Segundo Kairalla, da Controlsat, os equipamentos não foram adquiridos no passado por falta financeira, e, hoje, por falta de conhecimento. "Agora, eles são altamente acessíveis. Os que custavam R$ 10.000,00 no passado, custam R$ 2.000,00 hoje, além disso, podem ser adquiridos por comodato", informa.

Para Rogatto, da Omniloc, o investimento que a transportadora faz na aquisição de rastreadores e a mensalidade paga para ter o veículo monitorado reverte em lucros a partir do controle dos veículos, que gera economia e apresenta bons resultados no final do mês. "Também não adianta adquirir um sistema de rastreamento, não usar as ferramentas diariamente e querer que o mesmo gere lucros e reduções sozinho".

Na opinião de Humberto, da Satcom, é muito importante o consumidor estar antenado e pesquisar os valores. "Ainda existem empresas com o custo muito elevado, assim como também existem empresas com o valor muito baixo e que, em contrapartida, não irão atender à necessidade apresentada. Dessa forma, é importante que o consumidor pesquise antes de comprar e compare a relação custo X benefício antes de fechar negócio", sugere.

Como vantagens, Oggiam, da Suhai, acrescenta que um rastreador pode ser integrado ao sistema de ERP (Sistema Corporativo de Gerenciamento), trazendo muitos benefícios administrativos, como controles de horas extras, entre outros.

Ele diz que no gerenciamento de risco, o rastreamento é ainda mais eficiente para a proteção do veículo e da carga. "Para saber se o sistema é lucrativo para sua empresa, basta dividir R$ 120,00 (preço médio de mercado/mês) pelo número de fretes; se seu veículo faz 10 fretes por mês, seu custo de rastreamento será de R$ 12,00 por viagem", ensina.

Outra vantagem, segundo o profissional, é que normalmente a recuperação do veículo ou carga tem um plano de contingência incluso no pacote.

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