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Setcesp 28 de outubro de 2022

O ESG no transporte rodoviário de cargas e o que as empresas estão implementando

E, S, G. Três letras que andam estampadas nos relatos e nas comunicações de muitas organizações, especialmente das grandes empresas privadas. A sigla ESG expressa, de maneira clara, quais são as dimensões principais do desenvolvimento sustentável, sendo E de Ambiental (environmental, em inglês), S de Social e G de Governança. Isso significa que sustentabilidade não é somente uma preocupação com o meio ambiente, como muitos pensam, mas envolve o ser humano como ator principal e é consequência dos processos – sejam eles responsáveis ou não – de todas as organizações.

Olhando para os detalhes de cada eixo ESG, podemos dizer que na dimensão Ambiental são tratados temas relativos ao cuidado com os recursos naturais, como biodiversidade, emissões de gases de efeito estufa, resíduos, energia e água. A dimensão Governança avalia como empresas seguem padrões de planejamento, estrutura, responsabilidades, confiabilidade, transparência, inovação e compliance.

Já a dimensão social pode ser dividida em duas partes que eu, particularmente, costumo chamar de “Social para dentro”, quando envolve o olhar para as comunidades do entorno atendidas e impactadas pelo projeto ou organização e para os fornecedores, clientes e demais envolvidos na cadeia, e “Social para fora”, que cuida do colaborador com questões como: benefícios, respeito, diversidade, equidade salarial, acessibilidade, etc.

Diante disso, quando olhamos para esses fatores dentro do transporte rodoviário de cargas, lembramos que ele é, historicamente, visto como tradicional – pouco inovador, predominantemente masculino e ainda poluidor. Contudo, sabemos que esse cenário tem mudado nos últimos anos e ainda há muito espaço para a transformação acontecer.

Na minha visão, o SETCESP acerta ao incentivar que as empresas realizem e comuniquem boas práticas ESG por meio do Prêmio de Sustentabilidade, pois, no fim do dia, o mais importante não é ser vencedor do Prêmio, mas sim ter a oportunidade de amadurecer processos, colocar ideias em prática e ter uma empresa melhor após essa experiência.

Tive a oportunidade de acompanhar a 8ª edição do Prêmio de Sustentabilidade e o que vi são empresas se movimentando, o que é excelente. Temos bons projetos na edição de 2022, que demonstram intencionalidade no objetivo. Vale ressaltar que as ações de sustentabilidade não podem visar somente o lucro, e sim um benefício claro para as pessoas envolvidas, para o meio ambiente ou para ambos.

Alguns temas chamaram a atenção nos projetos, como diversidade e inclusão, redução das emissões, contrapartidas inovadoras para a comunidade, cuidados com a saúde e com o bem-estar dos motoristas, utilização de materiais mais sustentáveis e redução de resíduos, muitos deles aliados ao uso de novas tecnologias.

Por fim, se eu pudesse dar duas dicas, elas seriam: conheça e comece!

Acredito que as empresas podem implementar mais ações assertivas para o negócio a partir do conhecimento, principalmente do negócio e das pessoas que o realizam. A partir da identificação desses pontos, comece. Comece transformando um pequeno tópico – o mais simples – que são pequenas mudanças que podem produzir grandes resultados.

Não pense que o desenvolvimento sustentável é só para uma empresa grande. Todos nós fazemos parte e podemos contribuir com um mundo mais justo e equilibrado, seja nas relações econômicas, sociais e com a natureza. 

Aline Oliveira – Líder de mensuração e avaliação de impacto na SEALL e consultora de sustentabilidade no SETCESP

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