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Análise 2 de dezembro de 2022

Para três diretores do segmento de logística, crescimento em 2023 dependerá de uma série de fatores econômicos

Segundo diretores de três empresas do segmento de logística, as perspectivas de crescimento para o ano de 2023 dependerão de uma série de fatores, dentre os quais destacam-se: a política de combustível do novo governo, uma possível alteração na lei do teto de gastos e seus impactos quanto ao preço do dólar e volumes de investimentos.

“Mesmo com incertezas no campo da macroeconomia, há previsão de expansão e contratações”, aposta Roberto Vilela, presidente da RV Ímola, empresa especializada em logística de medicamentos. “Nossa empresa tem grande expectativa com relação ao novo ano que virá e também com o novo governo, afinal, nossos serviços estão diretamente ligados às necessidades prementes da população e com o direito à saúde previsto na Constituição brasileira”, completa.

No cenário pós-eleitoral, com o Governo que está por vir, as opiniões estão divididas: para Eduardo Ghelere, diretor executivo da Ghelere Transportes, “o que nos preocupa de fato é a política fiscal do novo governo. A equipe de transição do governo federal está flertando com a derrubada do teto de gastos e, apesar de ainda não ter assumido, já causou instabilidade no dólar e na bolsa. Se continuar com ampliação de gastos de forma desenfreada, vamos ter sim problemas de médio e longo prazo, causando um desinvestimento na indústria e com consequências em toda cadeia”.

Roberto Mira Junior, diretor geral do Grupo MIRA Transportes, tem certeza de que o cenário da pós-eleição impactará positivamente o mercado. “Entendemos isso após acompanhar nossos clientes durante todo o ano de 2022; suas expectativas são de um crescimento considerável para o próximo ano”, afirma.

Um ponto de encontro nas projeções para o próximo ano é a preocupação em relação ao preço do Diesel, dada a relevância dos gastos com o insumo para a operação das empresas. Vale lembrar que neste ano de 2022, foram registrados índices históricos de alta do preço do combustível, que em alguns estados chegou a ficar mais alto do que a gasolina.

Sobre o dólar e o Diesel, Roberto considera que esses são fatores que influenciam diretamente os custos do transporte de carga. “Precisamos sempre acompanhar de perto para analisar a melhor estratégia, diminuindo os impactos negativos, tanto para a empresa quanto para os clientes. O Diesel é um dos maiores custos de uma empresa de transporte e o dólar afeta não apenas o valor do combustível, mas outros recursos indispensáveis para o setor não parar.”

Já Eduardo, da Ghelere Transportes, destaca, ainda a respeito do Diesel, que não existe mais cenário confortável, isso acabou. “Antigamente tínhamos compra mais fácil, hoje compramos insumos mesmo sem precisar, mais por oportunidade, como pneus, por exemplo. Atualmente, temos problemas na entrega do diesel, o que antes não tínhamos. Me preocupa a falta do combustível já na próxima safra agrícola se houver uma política de não paridade de preço internacional. Afinal, é melhor pagar caro do que não ter.”

Investimentos

Quanto ao cenário de investimentos, os executivos estão otimistas para o próximo ano. A previsão é de expansão para novas regiões, aberturas de unidades e contratações. De acordo com Vilela, da RV Ímola, os investimentos serão direcionados “para a aquisição de novos clientes, melhoria de nossa capacidade operacional e qualidade do serviço. Também teremos investimentos em frota, equipamentos e novos armazéns. No âmbito da tecnologia, apostamos que o investimento será um alicerce para nosso crescimento”.

Por sua vez, Eduardo, da Ghelere Transportes, revela que, em 2023, sua empresa abrirá uma unidade nova. “Já realizamos a compra na Fenatran de 15 carretas para esse fim. Começamos com a contratação de um CFO e a reestruturação das áreas em novas diretorias. Estamos com crescimento projetado e ampliação dos serviços prevista. A ideia é incluir a armazenagem já nos próximos anos em três pontos no Paraná. No todo, o investimento na matriz será de R$ 22 milhões e de R$15 milhões em ativos para transporte.”

Ainda sobre os investimentos, Roberto, do Grupo MIRA Transportes, projeta: “a pedido dos nossos clientes, estudamos a abertura em duas novas áreas de atendimento, com início de operação em meados de 2023. E para entregar um serviço de excelência, efetuamos ainda em 2022 duas grandes contratações, revitalizando nossa área administrativa e comercial. Fechamos o ano com a realização de muitas melhorias, sempre com foco no nosso futuro”.

“O povo Brasileiro tem otimismo em seu DNA, não fujo disso: otimismo e alegria é o meu lema. Continuaremos a crescer, a gerar empregos, a aumentar nossa responsabilidade social e a fazer aquilo que temos mais orgulho: levar saúde a todos os cantos do Brasil”, conclui Vilela, da RV Ímola. Matéria elaborada por Alfredo César de Souza, diretor da SAX Comunicação

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