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Conteúdo 14 de janeiro de 2009

Patrões e trabalhadores procuram saídas para a crise

As federações do comércio, indústria e agricultura de São Paulo descartaram ontem, em reunião com a Força Sindical e com a Central Geral do Trabalhadores do Brasil (CGTB) a flexibilização das leis trabalhistas para amenizar a provável onda de demissões que pode acontecer nessa fase aguda da crise internacional. A saída, neste momento, de acordo com o presidente da Federação das Indústrias (Fiesp), Paulo Skaf, é a aplicação de todos os instrumentos legais para reduzir o custo da folha de pagamento, a exemplo do banco de horas, férias coletivas, redução de jornada com redução de salário e, principalmente, a suspensão temporária do contrato de trabalho para qualificação profissional.

"O sistema de educação e qualificação profissional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo vai abrir de imediato 100 mil vagas para treinamento dos trabalhadores que entrarem no sistema do Serviço Nacional da Indústria (Senai). Ao longo da crise, vamos abrir quantas vagas forem necessárias para realizar esse trabalho", disse. O presidente da Fiesp voltou a exigir do governo a redução dos impostos e, principalmente, a queda nas taxas de juros para ampliar a capacidade de novos investimentos por parte das indústrias e financiar os gastos dos consumidores.

Incentivo ao consumo – "Nós temos um mercado interno muito abundante. O importante é procurar fazer com que ela cresça. Somos 180 milhões de brasileiros, mas somente entre 80 milhões e 90 milhões têm acesso ao consumo. Podemos ampliar esse mercado, por exemplo, incentivando a troca da frota de veículos

com mais de 20 anos. O governo pode motivar a retirada dos veículos antigos das ruas dando algum benefício para quem se dispuser a realizar a troca", disse o presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman. Aos varejistas,ele recomendou cautela nesse momento, mas com a "manutenção do diálogo para o emprego ser mantido de qualquer maneira."

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) não participou do encontro. De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, isso reflete apenas uma falta de sintonia entre as centrais nesse momento de crise. "Temos os mesmos objetivos", observou o sindicalista. Segundo Silva, no próximo dia 21, os sindicatos ligados à Força Sindical realizarão um protesto em frente à sede do Banco Central (BC), na avenida Paulista, centro de São Paulo, para exigir a redução na taxa de juros Selic, hoje em 13,75% ao mês.

Além de propor a utilização das leis existentes nas negociações para a redução do custo da folha salarial para as empresas, os participantes do encontro marcaram para o próxima quinta-feira da semana que vem (22) uma nova rodada de negociações. Até lá, câmaras setoriais definidas na reunião vão preparar e apresentar novas propostas para a economia nacional atravessar a crise da melhor forma possível. O grupo espera a adesão de outras centrais sindicais e sindicatos patronais. Ontem, compareceram 42 representantes, 11 deles dos trabalhadores das áreas de metalurgia, alimentação, costureiras, construção civil, química e borracheiros.

 

Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

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