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Conteúdo 18 de novembro de 2008

Pesquisa mostra que brasileiro não acredita que sairá ileso da turbulência financeira

O consumidor está perdendo a confiança de o País sair ileso da crise financeira. Conforme pesquisa da TNS InterScience, divulgada ontem, 40% dos brasileiros vão reduzir os gastos de final de ano. Daqueles que receberão renda extra, como 13º salário, bônus e comissões, 28% disseram que vão poupar, enquanto 72% pretendem quitar dívidas, principalmente os consumidores das classes C e D, ou pagar compras e viagens.

"Ficou evidente que os consumidores estão inseguros quanto aos rumos da crise e, por isso, decidiram adotar uma postura mais cautelosa em relação aos gastos", disse Ivani Rossi, diretora da TNS InterScience. Segundo ela, as notícias diárias sobre aumento de desemprego, queda de bolsa e de fechamento de empresas ao redor do mundo acabam influenciando o ânimo das pessoas. "Elas hoje têm uma percepção maior sobre a integração do mundo, e isso acaba atingindo-as de alguma maneira. Não adianta o discurso dos empresários de que o Natal será igual ao do ano passado se, no mesmo dia, o governo anuncia uma liberação milionária de recursos para o setor automotivo. Naturalmente, as pessoas pensam que algo está errado", explicou Ivani.

A pesquisa apontou que 56% dos entrevistados entendem que o País será totalmente afetado pela crise mundial. Apenas uma minoria se mantém otimista: 24% acreditam que o governo fará o possível para proteger e manter a economia distanciada do quadro internacional. No plano pessoal, 46% afirmam que seus projetos para 2009 serão em parte ou totalmente afetados e 27% ainda não têm percepção clara do que acontecerá.

Projeções

Desse universo, 42% disseram que em 2008 seu poder de compra foi maior ou bem maior do que no ano passado; 35%, que foi igual; e 23%, que foi menor. Quanto às expectativas para 2009, apenas 26% acreditam que o poder aquisitivo vai aumentar.

Quanto ao endividamento, 28% disseram que neste ano estiveram mais endividados do que em 2007; 35% mantiveram o mesmo nível; e 37% contraíram menos dívidas. Para o próximo ano, a expectativa de 51% é de que estarão menos endividados do que neste ano; 37% esperam permanecer no mesmo patamar; e 12% acreditam que se endividarão mais.

A pesquisa foi realizada nos dias 1 e 2 de novembro, com 1.250 pessoas acima de 18 anos, das classes A, B, C e D, residentes em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre.

 

Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

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