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Conteúdo 14 de setembro de 2015

Plataformas niveladoras de docas: mercado aquecido, apesar do momento econômico

Aquecido para a maioria dos fornecedores. Assim pode ser definido o atual momento do mercado brasileiro de plataformas niveladoras de docas.

“Hoje, diferente de meados de 2014 até abril de 2015, quando o mercado deu uma estagnada, o mercado de niveladores de docas está aquecido. Apesar de estarmos vivendo um momento delicado na economia do Brasil, temos muitos clientes investindo em novos Centros de Distribuições e novos parques fabris, e querendo novos equipamentos para compor seu investimento/fábrica”, comemora Alexandra Kyrillos, diretora da Cargomax Equipamentos Industriais (Fone: 21 2676.2560).

De fato, segundo análise de Jorge Franchi, diretor de novos negócios da MKS Marksell (Fone: 11 4772.1100), o segmento de niveladoras de doca vive um bom momento no cenário atual. A construção de novos Centros de Distribuição em todo Brasil e o crescimento de polos industriais geram a necessidade de equipar os pontos de carga com sistemas de niveladoras de doca.

“Mesmo com o cenário de incerteza e retração do PIB brasileiro para o próximo ano, o segmento de niveladoras de doca não foi atingido pela recessão principalmente por dois motivos: o primeiro, que as empresas que haviam planejado a construção ou expansão de suas operações e que estão com obras em andamento devem finalizar seus projetos e, segundo, a necessidade e o aumento da operação logística das empresas forçam a necessidade de adequar sua logística com a instalação de niveladoras de doca. Resultado desse avanço foi que a Marksell registrou, no início do ano, um aumento nas vendas de niveladoras de doca com fechamento de grandes obras em todo Brasil, incluindo Braspress e Casas Bahia, que totalizaram mais de 600 novos equipamentos somente no primeiro semestre de 2015”, diz Franchi.

Outro otimista é o engenheiro Edison Salgueiro Jr., diretor da Docktec, divisão de Equipamentos para Doca da Tailtec Equipamentos Hidráulicos (Fone: 11 3686.8669). Para ele, o mercado esteve bastante aquecido até o ano passado e as perspectivas, apesar da crise atual, ainda são promissoras.

“Obviamente estamos nos defrontando com um cliente mais exigente em termos de qualidade e preços, mas, em função da necessidade que temos de evoluir na operação dos nossos pontos de carga, temos ainda um grande potencial de mercado a ser atingido”, acredita Salgueiro Jr.

Elenice Fernandes, diretora comercial e de marketing da Rayflex Portas Flexíveis (Fone: 11 4645.3360), também revela a sua expectativa: de que neste segundo semestre do ano o mercado volte a se aquecer e a se recuperar de um primeiro semestre mais conservador. “Enxergamos grandes oportunidades de negócios e entendemos que as empresas vão precisar retomar investimentos que estavam parados, para que, assim, consigam manter sua produtividade. A utilização de plataformas niveladoras de docas experimenta um crescimento de uso, já que as empresas têm dificuldades em manter uma padronização de sua frota de caminhões. A variação de altura dos caminhões em relação à altura da doca demanda este tipo de equipamento. Além disso, a segurança e a produtividade que o uso das plataformas traz, cada vez mais exigidas pela concorrência do mercado e pela necessidade de proteger os colaboradores, diferenciam a operação de quem usa. Acredito que esse segmento tende somente a crescer.”

Balanço diferenciado é feito por Antonio Carlos Silvestre Junior, gerente de negócios – portas e docas – da Marcamp Equipamentos (Fone: 19 3772.3333). Analisando o segmento, ele relaciona: “temos poucos e os mesmos fabricantes nacionais que há uma década; ausência de perspectivas ou mesmo necessidade de mercado de aberturas ou ampliação de novas empresas; devido à retração da economia neste ano, os investimentos estão sendo feitos apenas em visão de longo prazo de empresas que já estabeleceram esta estratégia”.

 

Previsões

Sem usar bola de cristal, mas apenas sua experiência de mercado, os representantes do segmento também fazem suas previsões de médio prazo quanto ao desempenho do setor de plataformas niveladoras de docas.

Alexandra, da Cargomax, acredita que essa situação que estamos passando no Brasil irá melhorar, e com ela novos investimentos e oportunidades surgirão.

Para a diretora, “com a liberação de verbas do Governo Federal, para melhoria das rodovias e ferrovias do Brasil, acredito que muitas empresas investirão em Centros de Distribuições e fábricas, em lugares estratégicos para sua logística/distribuição”.

O diretor da Docktec, por sua vez, lembra que o ano passado foi muito bom para esse segmento e, apesar da crise atual, considera que, em médio prazo, as perspectivas continuam de uma taxa de crescimento em torno de 15% a 20% ao ano. “O nosso mercado ainda continua muito defasado no que toca à ampla utilização de equipamentos básicos para apoio da cadeia logística, onde se enquadram as niveladoras de doca. Nos dias de hoje não podemos considerar um CD ou ponto de carga/descarga que não tenha algum tipo de niveladora, o que ainda esta longe de acontecer no Brasil, mas já é uma realidade há muito tempo nos mercados mais desenvolvidos”, revela Salgueiro Jr.

Agora mais otimista, Silvestre Junior, da Marcamp, tem uma previsão positiva, por conta das exigências em ergonomia e segurança. Mas, ao mesmo tempo, uma previsão negativa, por conta das questões cambiais que inviabilizam a expansão na instalação de produtos de qualidade internacionalmente reconhecidas.

Franchi, da MKS Marksell, fecha esta questão também com otimismo: a previsão é animadora, com a possibilidade de aumento e consolidação de participação no mercado, tanto nacional como internacional.

Problemas

Otimismos à parte, o certo é que o segmento ainda se depara com vários problemas. Os participantes desta matéria especial listam os principais, e apontam as soluções.

“Observo que alguns players estão querendo somente vender, sem dar uma solução ideal para o cliente e fazendo preços bem abaixo do mercado. Como problemas, podem ser citados ainda: superdimensionamento ou subdimensionamento dos niveladores de doca, causando posteriormente problemas de operação para o cliente; falta de padronização na altura de nossa frota de caminhões; falta de padronização nas alturas das docas; falta da manutenção preventiva nos equipamentos, o que prolongaria a sua vida útil e descartaria a possibilidade de os mesmos pararem sem programação; e falta de treinamento para os operadores.” Ainda para a diretora da Cargomax, a solução para estes problemas é resumida em uma frase: “como sabemos que essa padronização está longe de ser atingida aqui no Brasil, a Cargomax oferece soluções planejadas para carga e descarga”.

Na análise de Salgueiro Jr., da Docktec, há falta de padronização dos equipamentos e falta de normas da ABNT específicas para esse tipo de equipamento, como existe nos mercados europeus e da América do Norte.

Com isso, continua o diretor da Docktec, em muitos casos não fica claro como especificar e comparar tecnicamente os equipamentos que os fabricantes oferecem, dificultando uma melhor analise pelo comprador e levando a uma inexistência de balizamento para o fabricante.

“A solução passa, necessariamente, pela criação de um Grupo de Trabalho para a elaboração dessas normas dentro da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, com posterior conscientização do mercado, o que vai proteger o comprador de empresas aventureiras”, aposta.

A análise de Franchi, da MKS Marksell, também cita as normas técnicas, só que apontando a existência destas. Diz ele que uma das dificuldades do segmento é a falta de conhecimento, por parte das empresas, das normas que regulamentam a utilização de niveladoras de doca. “Podemos identificar grandes multinacionais e empresas nacionais que ainda desconhecem que a falta de dispositivos de segurança previstos na NR-10 e NR-12 podem implicar diretamente em sua operação. Na hipótese de fiscalização por parte do Ministério do Trabalho em empresa que tiver niveladoras de doca sem estar de acordo com a NR-10 e NR-12, esta poderá sofrer  pena de multa e, em alguns casos, interrupção de suas operações até que seja apresentada a correção ou substituição do equipamento. Assim, é preciso a divulgação em massa por parte dos fabricantes.”

Silvestre Junior, da Marcamp, diz que, estando no segmento há 18 anos, verifica que pouco se evoluiu na implementação de novas tecnologias. “Outro problema é o eterno conflito entre clientes x arquitetos x construtores, onde estes últimos, caso o cliente/arquitetura não tenha exigido, busca a solução de menor custo de investimento, em detrimento dos custos operacionais que incorrerão por conta do cliente. Desta forma, o cliente final pode ter um custo operacional mais alto por não atentar-se na escolha do nivelador de docas. A solução seria os fornecedores de niveladoras de docas intensificarem a atuação, quanto à divulgação e treinamento”, diz o gerente.

Elenice, da Rayflex, emenda: esse segmento vai ficar cada vez mais exigente em relação à segurança do usuário, e com isso os fornecedores terão que se adaptar para atender essa necessidade, sem agregar custos e melhorando sua própria eficiência operacional.

 

Novidades

Também para atender às exigências do mercado – novas e já consolidadas –as empresas do setor têm investido em novidades nos equipamentos.

Alexandra, da Cargomax, ainda se referindo às normas, diz que, com as exigências que estão surgindo com as NR´s, os equipamentos fornecidos pela empresa já estão com adequação para a NR10 e dispositivos de segurança.

“De uma maneira geral, estamos trabalhando na evolução da parte estrutural dos equipamentos, utilizando, inclusive, os recursos dos programas de cálculo e avaliação estrutural. Além disso, estamos oferecendo o atendimento da NR-10 e da NR-12, que são normas de segurança genéricas do MT – Ministério do Trabalho, e que o mercado passou a exigir em vários casos”, cita, agora, Salgueiro Jr., da Docktec.

Silvestre Junior, da Marcamp, lembra que a Rite Hite, empresa que representam, implantou as últimas novidades tecnológicas nas plataformas niveladoras e que fazem diferença até hoje, como, por exemplo, a “transição suave”, que, através de raios de curvatura, chanfro alongado, etc. refletem na sensível diminuição de impacto na coluna dos operadores de equipamentos de movimentação e armazenam.

“A Marksell introduziu no mercado a botoeira com sistema touchscreem de acordo com a NR-10, garantindo aos seus clientes modernidade e segurança na operação”, anuncia Franchi, da MKS Marksell.

E Elenice, da Rayflex, completa, dizendo que as plataformas niveladoras eletro-hidráulicas da empresa permitem ajuste automático para acomodar os movimentos dos veículos, tanto vertical quanto horizontal, vencendo os desníveis laterais que se produzem na manobra de carga e descarga.

 

O que as empresas oferecem

Cargomax: niveladores de doca embutidos com acionamento eletro–hidráulicos e mecânicos, niveladores telescópicos, niveladores de doca basculantes, niveladores de doca dobráveis, niveladores de doca portáteis, niveladores de doca avançados e docas móveis.

Docktec: niveladoras de doca de embutir com acionamento eletro–hidráulico; niveladoras de doca frontais/avançadas com acionamento eletro-hidráulico; niveladoras de doca frontais/avançadas com acionamento manual–mecânico assistido por molasa gás; niveladoras de docaarticuladas frontais/avançadas com acionamento manual–mecânico assistido por molas helicoidais; doca elevatória móvel.

Marcamp: niveladoras de docas com acionamento dos seguintes tipos: mecânico por molas, eletro–hidráulico e pneumático.

MKS Marksell: plataformas niveladoras de doca; plataformas niveladoras de doca eletro-hidráulicas frontais; plataformas niveladoras de doca manuais-mecânicas e frontais; plataformas niveladoras de doca manuais-mecânicas, frontais e articuladas; plataformas niveladoras de doca eletro-hidráulicas de embutir; plataformas niveladoras de doca manuais-mecânicas de embutir; docas móveis de carga.

Rayflex: niveladores de doca de embutir.

Zeloso (Fone: 11 3694.6000): niveladoras de doca padrão de 2.000 até 20.000 kg e niveladoras móveis com acionamento manual ou elétrico–hidráulico.

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