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Conteúdo 1 de abril de 2015

Pneus industriais: mercado nacional se aperta e apresenta várias novidades em tecnologia

Bastante concorrido, inclusive com os importados, este segmento vem apresentando novas tecnologias em pneus, principalmente aos aplicados em empilhadeiras e outros veículos de uso industrial.

A  primeira análise feita nesta matéria já tradicional de Logweb – envolvendo os pneus aplicados aos caminhões e às empilhadeiras, entre outros veículos de uso exclusivamente industrial – é sobre o comportamento do setor no ano de 2014. 

“O setor de pneus industriais foi afetado em 2014 pela baixa da produção industrial, principalmente pela queda nas vendas da indústria de transformação”, avalia Jorge Rodrigues, CEO da Comercial Rodrigues – Pneus & Esteiras (Fone: 11 2093.8004). 

Julimar Rodrigues, gerente comercial nacional da Standard Tyres (Fone: 11 3719.0070), por sua vez, aponta que o ano de 2014 foi marcado por oscilações, onde, por influências econômicas, alguns meses foram melhores que outros. Na média, os objetivos de participação no mercado foram atingidos. “Foi bastante evidente que muitos clientes estão se especializando, passando a levar em conta o custo-hora proporcionado pelo pneu, e não apenas o custo de aquisição. Conscientes desta profissionalização do mercado, a Standard Tyres desenvolveu um sistema de acompanhamento de desempenho do produto no campo, o programa Control-ST, proporcionando aos usuários de nossos produtos condições de acompanharem na prática e em tempo real o desempenho destes produtos”, diz Rodrigues.

Para Vinícius Penna, gerente de vendas de pneus para veículos especiais comerciais da Continental Pneus Brasil (Fone: 0800 170.061), com um aumento expressivo no volume de vendas em relação ao ano anterior, 2014 foi um ano marcado por grandes conquistas para a Continental Pneus. “Tal crescimento deve-se, principalmente, à parceria com grandes corporações que buscam reduzir cada vez mais seus custos operacionais. Os pneus são responsáveis pelo segundo maior custo de uma empilhadeira, por exemplo, ficando atrás apenas do combustível”, aponta Penna. 

Também no caso da Pirelli (Fone: 0800 728.7638), 2014 foi um ano bom para os negócios. “Mesmo com o mercado de pneus de reposição de caminhões e ônibus em ligeira retração, a Pirelli ampliou o market share de acordo com dados da ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos e superamos novamente a marca de mais de um milhão de pneus radiais para caminhões e ônibus, com crescimento de 1% nas nossas vendas. Já no segmento de pneus industriais, o mercado cresceu por volta de 4% em 2014 e a Pirelli obteve crescimento de 11,7%, ainda segundo os dados da ANIP”, apontam Ernani dos Santos Filho, gerente de marketing para pneus de caminhão, e Alexandre Stucchi, gerente de marketing para pneus agrícolas e veículos industriais, ambos da Pirelli 

2015

Sobre 2015, Jorge, da Comercial Rodrigues, diz que, infelizmente, as perspectivas apontam para a mesma avaliação feita pelo Governo Brasileiro: uma pequena retração.

“As instabilidades de nossa economia estão trazendo muitas incertezas ao mercado que, como consequência, está mais exigente e carente de redução de custos e facilidades. É um ano de desafios, onde acreditamos também será um período de adequação do mercado, em favor dos que mais se profissionalizarem e demonstrarem entender as necessidades de seus clientes. Não basta vender, é preciso oferecer algo a mais ao cliente”, avalia, agora, Julimar, da Standard Tyres.

Também falando de perspectivas e tendências para o setor em 2015, Penna, da Continental Pneus, diz que a meta da empresa é seguir expandindo a presença no mercado brasileiro a partir da oferta de novos produtos, do desenvolvimento de novas parcerias comerciais, de ações de vendas direcionadas e da participação em eventos setoriais. “Será um ano desafiador, claro, como para qualquer player e de qualquer segmento. Mas estamos fazendo a nossa parte investindo, aumentando e preparando a nossa força de vendas”, diz o gerente de vendas de pneus para veículos especiais comerciais.

Santos Filho e Stucchi, da Pirelli, também indicam que a empresa espera atingir as expectativas do exigente mercado brasileiro e, além disso, busca consolidar a marca nos dois segmentos. 

Novidades 

Já que a situação econômica impõe atitudes mais ousadas e novas investidas e mercados, perguntamos aos representantes das empresas participantes desta matéria especial sobre as novidades. 

No caso da Comercial Rorigues, Jorge aponta os pneus maciços superelásticos com compostos mais econômicos sem a perda de produtividade, tanto para linha industrial, como para a linha de construção e plataformas aéreas e manipuladores. “A Comercial Rodrigues Investe sempre em atualizações, como o preenchimento em polímero de pneumáticos e introdução de novos conceitos de fabricação em pneus maciços/superelásticos, como também na linha industrial radial”, aponta Jorge.

Por seu lado, Penna, da Continental Pneus, informa que além do seu portfólio de pneus industriais, a empresa já comercializa no Brasil pneus OTR para operações portuárias, pneus agrícolas e algumas medidas de pneus florestais. No segmento de pneus industriais – continua o gerente de vendas de pneus para veículos especiais comerciais –, a novidade é o Continental SC20 Mileage+, pneu de empilhadeira voltado para operações extremamente agressivas, a base de composto de borracha otimizado pela diminuição das cadeias de enxofre e sílica de alta resistência. Para os pneus OTR para aplicações portuárias, a novidade é a tecnologia da Continental chamada V-Ply™. Trata-se de uma evolução da construção de pneus diagonais que confere maior resistência e estabilidade à carcaça, com uma menor distância de frenagem e uma baixa resistência ao rolamento, conforme explica Penna. 

“Podemos falar tanto a respeito de materiais renováveis quanto de produtos. A Pirelli tem buscado utilizar matérias primas cada vez mais renováveis em seus produtos. Os pneus têm sido desenvolvidos de modo mais sustentável, tanto no processo produtivo quanto no aumento de quilometragem e diminuição de resistência ao rolamento, que faz emitir menos CO² no ambiente. Além disso, estamos alinhados aos lançamentos das montadoras e constantemente nos atualizamos em relação às legislações.”

A análise, agora, é de Santos Filho e Stucchi, da Pirelli. Falando de negócios, eles creem que o setor de serviços aos frotistas e a ajuda para cumprir as legislações de cunho ambiental sejam o grande mote deste ano. “Tanto que a aposta no incremento dos serviços prestados, como, por exemplo, o sistema Cyberfleet, que ajuda os frotistas a monitorar gastos como combustível e manutenção correta dos pneus, vem ao encontro dos nossos objetivos de demonstrar a performance dos pneus Pirelli no mercado. Especificamente no segmento de empilhadeiras, temos intensificado nossos estudos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, com resultados que poderão ser visíveis em curto prazo.” 

Com relação às novidades, Santos Filho diz que, no segmento de caminhões, a gama de pneus radiais 01 Series é a tecnologia atual da Pirelli. Os pneus, desenvolvidos no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da fabricante no Brasil, em Santo André, SP, em parceria com o da matriz italiana, configuram a renovação de toda a linha destinada a atender a todas as aplicações de caminhões e ônibus. Composta por produtos para cada tipo de veículos de carga, transporte de passageiros, emprego misto e urbano, a nova gama foi desenvolvida tendo em vista as peculiaridades das condições sul-americanas. Os compostos e estruturas inovadores dedicam especial atenção à redução de temperatura durante a rodagem, maior durabilidade e diminuição da resistência ao rolamento. 

Para o segmento de empilhadeiras – diz, agora, Stucchi –, a tecnologia atual está no pneu PN16, cuja tratividade em ambos os sentidos proporciona maior durabilidade e excelente relação custo/hora; e no CI84, voltado para as máquinas de pequeno porte, que também proporciona mais horas de trabalho e resulta em mais tempo de uso.

Já o gerente comercial nacional da Standard Tyres, referindo-se aos novos nichos de mercado a serem explorados, diz que sempre existem novas possibilidades de negócios, “onde, muitas vezes, cabe a nós mostrarmos ao cliente os benefícios de se utilizar um produto diferente, no nosso caso pneus. O cliente deseja benefícios que simplifiquem a sua administração e diminuam os seus custos. Aplicações portuárias e novas tendências no segmento de logística são novas oportunidades que estão se abrindo para um pneu superelástico, de qualidade e que atenda aos padrões internacionais".

Sobre as novidades, Julimar diz que o Brasil caminha rapidamente para os padrões internacionais, onde mais de 80% do segmento de pneus industriais está concentrado na linha de superelásticos (sólidos resilientes). “Hoje é fundamental que um pneu resista a percursos mais longos de deslocamento e que também aumente a capacidade de dissipação de calor, esta é uma tendência de mercado e que os clientes podem facilmente comprovar na prática”, completa.

Linha de produtos 

A seguir, relacionamos a linha de produtos das empresas participantes desta matéria especial. 

Comercial Rodrigues – Especializada em pneus diagonais, radiais e maciços e esteiras de borracha nos segmentos industrial, de construção, mineração, agrícola e florestal. 

Continental Pneus Brasil – Fornece pneus para empilhadeiras, como os diagonais, radiais, superelásticos e cushions. E os portuários, para tractor master e terminal transport, container master, dock master, crane máster e straddle máster. E ainda os pneus agrícolas e florestais. 

Pirelli – A gama de produtos para caminhões inclui 26 modelos de pneus, em seis categorias (H/R/C/G/Q e F). Podem ser escolhidos ainda também por tipo de eixo (direcional, tração e livres), por aplicação (urbano, estrada, carga, fora de estrada etc.) e por tipo de estrutura. Na gama de produtos para empilhadeiras são dois modelos: com banda de rodagem mais larga e profunda, com estrutura composta por protetores metálicos que evitam perfurações e protegem o pneu; e com desenho especial da banda de rodagem, com elevada relação cheio/vazio e superior profundidade (62 mm de espessura) que permite um maior rendimento horário e durabilidade.

Standard Tyres – Os principais produtos da empresa atendem quatro linhas: pneumáticos, destinados a um mercado cuja utilização seja menos agressiva; superelásticos (sólidos resilientes), onde as condições de operação sejam mais agressivas; pneus Press on Band, especificamente destinados a empilhadeiras compactas e equipamentos elétricos; e pneus SK superelásticos, destinados ao mercado de minicarregadeiras.

Selo do Inmetro está chegando para pneus

Em abril próximo, pneus de novas famílias já começam a receber o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Seguindo o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), a identificação terá informações do componente em três quesitos: resistência ao rolamento, aderência no molhado e ruído externo. Em outubro do ano que vem, todos os componentes produzidos no Brasil ou importados terão de receber o selo.

Tanto a resistência à rodagem como a aderência no molhado receberão notas de A a G. Na medição de ruído haverá impressa a quantidade de decibéis e também ondas sonoras (de uma a três). O PBE será adotado em pneus radiais para carros, picapes, utilitários, vans, caminhonetas, caminhões e ônibus. Os selos do Inmetro serão colados somente nos pneus levados ao mercado de reposição. Os componentes instalados em carros zero-quilômetro não receberão a etiqueta.

Entre outubro de 2016 e março de 2017 os fabricantes e importadores ainda podem vender pneus não etiquetados aos seus distribuidores. Em abril de 2017, as indústrias e importadoras só poderão repassar pneus etiquetados. E estes terão até março do ano seguinte para esgotar os estoques antigos.

Desta forma, de abril de 2018 para frente, os pontos de venda para o consumidor final só poderão oferecer pneus com o selo do Inmetro.

(Fonte: Automotive Business)

 

Dicas para a escolha do pneu adequado para as empilhadeiras 

A escolha do tipo de pneu deve sempre levar em consideração as características da aplicação. Além disso, é clara a importância de atender às expectativas do usuário em relação ao comportamento e à vida útil do pneu.

Eis alguns pontos que devem ser analisados:

• Em qual veículo será aplicado o pneu: empilhadeira ou veículo industrial?

• Em que tipo de terreno o pneu será aplicado (asfalto, bloquete, terra) e qual a intensidade da operação (severa, tranquila)?

• Qual será o tipo de deslocamento (longo, médio, curto)?

• Qual será o tipo de ciclo do serviço (ininterrupto, intermitente, estacionário)?

• Qual será a velocidade de trabalho predominante?

• Qual percentual de trabalho será realizado com carga máxima?

• Qual a altura de armazenagem da carga?

• O que o cliente procura?

• Vida útil e horas trabalhadas?

• Conforto, aderência, estabilidade na armazenagem?

• Baixa resistência ao rolamento?

• Baixa manutenção?

Apenas após termos analisado todas essas variáveis é que estaremos aptos a indicar o melhor pneu para a operação.

 

Pneumáticos diagonais 

São indicados quando operam em médias e longas distâncias (de 500 a 3.000 metros), preferencialmente em terrenos regulares e com velocidades médias.

As principais características desses produtos são: menor custo de aquisição; ótima estabilidade lateral; maior resistência de carcaça na lateral para terrenos severos; boa capacidade de tração; alta capacidade de carga; boa resistência à manutenção deficiente; boa resistência à pressão inadequada; conforto na operação; ótima aplicação para qualquer tipo de serviço.

 

Pneumáticos radiais

Para operar em médias e longas distâncias (até 3.000 metros), nem sempre em terreno regular e com boa conservação, eles têm a capacidade de trafegar em velocidades maiores – para operações com empilhadeiras a velocidades de 16 a 25 km/h.

São indicados, também, para operações em que o equipamento precisa absorver irregularidades do terreno e pequenos obstáculos, sem influir na estabilidade da carga, além de terem baixíssima resistência ao rolamento (cerca de 60% menor que os pneus convencionais).

Além disso, a construção radial traz todos os benefícios conhecidos, como: alta capacidade de tração; excelente durabilidade; conforto na operação; compostos diferenciados para baixa resistência ao rolamento (uma diferença de 10% na resistência ao rolamento pode reduzir os custos em aproximadamente 3%); baixo consumo de energia e economia de combustível; melhor controle nas operações; maior resistência a cortes na banda de rodagem; rodar mais silencioso; ótima aplicação para qualquer ciclo de serviços; menor custo por hora trabalhada.

 

Superelásticos

Os pneus superelásticos têm como principal característica a sua própria construção compacta, robusta e adequada para serviços extremamente árduos, destacando-se em terrenos lisos e regulares. São indicados para operar dentro ou fora de instalações industriais, em situações que apresentam grande risco de perfuração ou ataque à banda de rodagem por materiais pontiagudos e contundentes. 

Esses pneus são excelentes para serviços em rotas rápidas e curtas (até 300 metros) e velocidades médias entre 16 e 25 km/h, que não devem ser nunca superadas. Para aplicações com cargas que exijam elevações maiores, adaptam-se melhor que os pneumáticos por terem menos movimentações laterais com a torre da empilhadeira. 

Outro fator determinante refere-se ao fato deste produto praticamente não necessitar de manutenção, evitando, assim, a perda de tempo com calibragens e eventuais trocas de pneus por perfuração, um fator extremamente crítico nas operações de carga e descarga, que causa consideráveis perdas financeiras aos usuários.

Suas características principais são: proporcionam elevada vida útil e rodar suave; alta performance e segurança; excelente estabilidade; manutenção simples; baixa resistência ao rolamento; extremamente resistentes aos choques; evitam perda de tempo na oficina para reparos; ótima aplicação para ciclos curtos de serviços. 

As dicas, até aqui, foram dadas por Penna, da Continental Pneus Brasil. E elas são complementadas pela avaliação de Stucchi, da Pirelli. Ele diz que são vários os fatores que devem ser considerados na escolha de um pneu para empilhadeiras. A principal delas, sem dúvidas, é a segurança. Trabalhar com pneus gastos, cortados ou que se desgastem de maneira irregular coloca em risco a operação, a estabilidade e a capacidade de carga da empilhadeira. 

Além disso, ainda segundo Stucchi, o uso de pneus errados provoca aumento do consumo de combustível em até 10% e aumenta a fadiga do operador – consequentemente reduzindo a produtividade e aumentando os riscos de segurança. “Com o uso de pneus corretos, ao contrário, além de ser mais econômico, eles absorvem melhor os impactos, protegem a carga durante a movimentação, prolongam a vida útil das baterias industriais e aumentam os níveis de produção diária”, diz o gerente de marketing para pneus agrícolas e veículos industriais da Pirelli.

Ele continua: pneus para empilhadeiras, normalmente, são prensados e fabricados com diferentes compostos que proporcionam melhor amortecimento, conforto para o operador e estabilidade da carga. Os diferentes desenhos da banda de rodagem melhoram a operação em ambientes com detritos, umidade, óleo ou condições agressivas. Pneus maciços, ou seja, sem ranhuras, oferecem uma rodagem macia, evitando avarias e eliminando furos, estouros e eventuais paralisações do trabalho.

Concluindo, Julimar, da Standard Tyres, diz que, para que os benefícios obtidos sejam maximizados, a correta seleção de um produto é fundamental e com frequência o cliente precisa de ajuda para isto. “Informações quanto ao regime de trabalho, tipo de carga transportada, distância percorrida, tipo de piso, pontos de acidentes, dentre outras, são fundamentais”, finaliza o gerente comercial nacional da Standard Tyres. 

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