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Conteúdo 19 de março de 2009

Porto de Itaqui recebe US$ 8 mi de investimento do Banco Japonês

No momento em que a economia mundial passa por um processo de desaceleração, o Porto do Itaqui, no Maranhão, assinará um convênio de investimentos no valor de 8 milhões de dólares com a Agência Internacional Japonesa de Cooperação (JICA), um braço do Banco Japonês que investe em projetos de relevância mundial nos países em desenvolvimento. A verba será destinada para a concepção do estudo de viabilidade técnica para expansão do Porto, que passará de 3 milhões m² para 6 milhões m².

A assinatura do convênio acontecerá na próxima sexta-feira (20/03), na Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP). Participarão do encontro o presidente da EMAP, Angelo Baptista, os representantes do Agência JICA, Taniguchi Eri, Higashihira Nobotu e Julio Akira Inoue, o Secretário de Indústria e Comércio, Júlio Noronha e o Prefeito de São Luís, João Castelo.

De acordo com o presidente da EMAP, Angelo Baptista, trata-se de um projeto audacioso que reafirmará a importância estratégica do Porto de Itaqui no cenário nacional. “O interesse do Japão por esse projeto de expansão pode significar a repetição de uma parceria de sucesso entre o governo do Brasil e do Japão que resultou na construção do porto da Vale, em São Luís, na década de 80”, explica Baptista.

O aporte de grandes investimentos ao Maranhão é o que justifica o projeto de expansão do porto. O maior deles será a Refinaria Premium I da Petrobrás, a maior da América Latina. Pelo cronograma da empresa as operações devem ser iniciadas no segundo semestre de 2013 com o investimento previsto de U$19,8 bilhões de dólares, o equivalente a 224% do PIB do Maranhão.

Além da Refinaria, outros projetos já estão a caminho do Maranhão, entre eles duas Termoeléticas, uma em São Luís e outro em Miranda, no interior do Estado. A maior delas, do grupo MPX, irá gerar energia por meio da queima de carvão mineral, que será descarregado no porto do Itaqui em navios de 80 mil toneladas. No setor de celulose será implantada uma fábrica do Grupo Suzano Papel e Celulose, que deve investir cerca de 3 bilhões de reais.

Diante destes investimentos a conseqüência lógica é aplicar na infra-estrutura necessária para atender a demanda e numa logística de transporte que facilite a ligação com os mercados brasileiro e mundial.  “A expansão pode significar além da conquista de novos mercados, a elevação do volume de cargas a patamares que podem alavancar em até três vezes mais a capacidade do porto”, conta Baptista.

Os estudos técnicos e operacionais para a construção de novos berços de atracação já estão prontos. Os investimentos da JICA servirão para por em prática o projeto conceitual de criação de 18 novos berços de atracação. Para se ter idéia, apenas para a refinaria Premium I da Petrobrás, que será a maior produtora de barris de petróleo do país, serão necessários mais 7 berços exclusivos para a movimentação de carga e descarga. Para o projeto da Siderúrgica, mais 4 berços e 2 berços para o grupo Suzano de celulose.

Com a conclusão dos estudos de viabilidade econômica e do projeto de engenharia será dado início a captação de mais recursos para financiar as obras de ampliação. Estima-se um orçamento para o projeto de expansão de aproximadamente R$ 1,6 bilhão.

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