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Conteúdo 18 de setembro de 2007

Princípios da logística na cadeia do frio

Pinturas rupestres mostram o homem pré-histórico descobrindo que, colocando caça perto do fogo, esta durava mais tempo, num dos primeiros sinais de conservação dos alimentos perecíveis. Na civilização oriental, em 2000 a.C. os chineses já conservavam peixes utilizando gelo. A Segunda Grande Guerra trouxe grandes mudanças na sociedade e nos países do hemisfério Norte. No Brasil, na década de 40, surgiu em Santa Catarina o Frigorífico Sadia. Em princípio, um dos problemas foi o transporte dos produtos perecíveis aos grandes centros consumidores da região Sudeste. Com isto surgiu, na década de 50, a Sadia Transportes Aéreos, para transporte rápido e seguro das cargas perecíveis e até… passageiros.

Em 1970 o país dispunha de uma rede de armazéns frigorificados com capacidade de 100.000 m³ e uma população de 70 milhões de habitantes acreditando no Milagre Econômico.

Na década de 80, a indústria forneceu o apoio indispensável ao crescimento do mercado interno e das exportações de pescado, frangos, carne bovina, suínos e mais recentemente, sucos de frutas cítricas e tropicais, polpas e frutas “in-natura” e derivados lácteos, dentre outros. Os principais frigoríficos atuais, como Sadia, Perdigão, Seara, Aurora, Avipal, Frangosul (aves e suínos) e Friboi, Bertin, Minerva e Independência (bovinos), entre outros, atendidos por 26.000 carretas refrigeradas, iniciaram sua trajetória de sucesso e de qualidade. E esta qualidade avança à medida que as exportações crescem e as “melhores práticas de qualidade” são requeridas. No mercado interno, os armazéns frigorificados evoluíram para operadores logísticos, com 4.265.554,3 m³, para atender, com 26.000 veículos médios e pequenos refrigerados, um consumo de 188 milhões de brasileiros e a rede de abastecimento representada por 2100 lojas do CBD – Pão de Açúcar – Carrefour e Wall Mart, além das 74.000 lojas de redes de supermercados e varejistas e os segmentos de fast-food e refeições coletivas. No Brasil, o movimento anual dos supermercados representa 6% do PIB e o faturamento em 2006 foi de R$ 105 bilhões, gerando 800 mil empregos diretos e 1.2 milhões de empregos indiretos.

Neste segmento de alimentos em rápida expansão, cabe e bem, o conceito básico de logística: “A mercadoria frigorificada certa, no prazo certo, pelo preço certo e no cliente certo”.
Laudizio Marquesi
Consultor logístico da Consulog Consultoria
sermavix@uol.com.br

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