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Especial 15 de junho de 2016

Quanto mais se aperfeiçoa o mercado de logística, mais eficazes são os seguros e sua cobertura

É possível assegurar todas as fases da cadeia logística, desde a coleta até a efetiva entrega dos produtos, passando por transporte, movimentação e armazenagem. Vale lembrar que as diversas modalidades de seguros são aplicadas de acordo com os principais riscos envolvidos.

Assunto importante quando se fala em logística é a questão do seguro das operações, que abrange, basicamente, duas etapas primárias: o transporte da carga e o seu armazenamento. Em decorrência, vêm as demais coberturas: de riscos patrimoniais e responsabilidade civil. A contratação é feita tanto por transportadores quanto por embarcadores.

“Felizmente, têm crescido a conscientização de sua real necessidade no mercado. Contratar um seguro no segmento da logística não é mero capricho, mas a efetiva demonstração da seriedade do setor e de seu crescimento. Quanto mais se aperfeiçoa o mercado de logística, mais eficazes se tornam as soluções em seguros e as coberturas ofertadas”, expõe Antonio Carlos Silvestre, executivo de negócios e sócio fundador da Silvestre & Silvestre Corretora de Seguros (Fone: 11 2240.4508).

Legalmente falando, todas as mercadorias devem ser asseguradas. “Algumas apresentam riscos mais elevados e são tratadas de forma diferenciada, como eletrônicos, celulares, produtos de informática, medicamentos, gêneros alimentícios (perecíveis), entre outras”, como salienta Sergio Casagrande de Oliveira, vice-presidente do Grupo Apisul (Fone: 11 3646.6485).

As diversas modalidades de seguros são aplicadas de acordo com os principais riscos envolvidos. A definição se dá após minuciosa análise das fases da cadeia de produção e entrega das cargas. É impossível querer aplicar a mesma fórmula de gerenciamento de risco em todas as empresas, pois é preciso analisar cada situação.

Um dos maiores benefícios do seguro é a oportunidade de reduzir prejuízos no negócio, ou seja, o mercado absorve as perdas decorrentes de roubos, responsabilidade civil e sinistros de cargas.

Além disso, segundo Antonio Carlos, da Silvestre & Silvestre, ao longo do tempo, o mercado foi percebendo a oportunidade de agregar gerenciamento à operação e, assim, melhorar a imagem do setor. “Acredito que, em breve, veremos seguros ou gerenciamento de riscos como a principal matéria nas graduações em Logística do país”, aposta.

Mesmo com os benefícios, muitas companhias deixam de fazer seguro e, com isso, correm o risco do sinistro, ou seja, acabam arcando com o acidente, o roubo, o furto, o tombamento, a explosão ou qualquer outra avaria que aconteça com a carga sob sua responsabilidade, gerando prejuízos, muitas vezes de difícil absorção ou até de total impossibilidade.

Como escolher
Para Oliveira, da Apisul, o cumprimento da legislação é a primeira condição a ser estabelecida. Existem seguros obrigatórios do transportador e do embarcador, que devem ser os primeiros a serem contratados. “RCTR-C (seguro de acidentes) e RCF-DC (seguro de roubo) são básicos nas operações de transporte. Seus custos abrangem os grandes riscos hoje presentes nas operações, levando em consideração o tipo de mercadoria, os percursos e as condições operacionais impostas (frota, motoristas, rastreadores, contingências, etc.)”, explica.

Rose Matos, gerente de transportes da Porto Seguro (Fone: 11 3366-3380), reforça que para escolher a opção que mais atenda às necessidades da empresa, é fundamental contatar um corretor, que prestará consultoria para oferecer a solução ideal, conforme a atividade e a operação desenvolvida. De acordo com Antonio Carlos, da Silvestre & Silvestre, o segurado deve levar em conta o genuíno interesse da seguradora por suas operações, ou seja, não deve ser visto apenas como mais um número ou somente mais uma apólice. “Precisa existir uma parceria verdadeira e duradoura.”

Problemas
Um dos maiores problemas do seguro na área logística é o alto volume de sinistros, que eleva os custos do contrato. “No entanto, se a empresa investir em um gerenciamento de riscos mais eficiente, o problema é eliminado, com redução dos gastos ao longo do tempo”, observa Antonio Carlos, da Silvestre & Silvestre. Outra sugestão dele para resolver essa questão é o investimento no treinamento de colaboradores e em parcerias com as seguradoras.

Oliveira, da Apisul, coloca na lista dos problemas a contratação especificamente por preço. “Geralmente em propostas muito tentadoras, existem detalhes, cláusulas e condições técnicas muitas vezes desconhecidas pelos contratantes. Um seguro mal contratado não faz mais sentido. Ou o plano atende realmente a operação ou é melhor revê-lo, seja pelo aspecto técnico ou pela condição inadequada do fornecedor”, expõe.

Contra esse problema, ele sugere direcionar a avaliação e a análise das necessidades a corretores e seguradores realmente adequados. “O processo de seguros hoje ultrapassa os limites de uma simples apólice. Projetos de gestão de riscos, tecnologias utilizadas e possibilidades de ganhos com os investimentos praticados são fundamentais na avaliação definitiva destes quesitos. Não é justo a qualquer das partes, principalmente ao transportador, investir verdadeiras fortunas em tecnologias com a finalidade de atender apenas a gestão de segurança de suas operações. Visibilidade logística, produtividade de frota, controle de jornada, entre outros, precisam ser extraídos igualmente destes investimentos”, explica.

Para Rose, da Porto Seguro, o crescimento da frequência e da severidade no roubo de cargas tem sido um grande desafio, exigindo maior atenção no momento da subscrição de um risco. “Alternativas como gerenciamento de risco, incentivos à adoção de tecnologias de monitoramento e rastreamento de veículos e cargas para diminuir a exposição de incidentes são de extrema importância para garantir a tranquilidade do cliente e promover a mitigação do risco no transporte rodoviário de cargas, possibilitando o acompanhamento da viagem em tempo real e a ação imediata, quando necessária”, conta.

Ela destaca que os sistemas eletrônicos permitem acompanhar os veículos desde a origem até o seu destino, disparando ações previamente combinadas, sempre que houver indício de ações criminosas ou acidentes. Rezam os contratos comerciais que ninguém tem o direito de causar prejuízo a outro e, portanto, o seguro é fundamental.

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