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Conteúdo 9 de março de 2009

Randon obtém receita de R$ 4,6 bi em 2008

Em um ano impactado por cenários que oscilaram da expansão da economia ao agravamento da crise financeira, a Randon S.A Implementos e Participações encerrou o exercício de 2008 com uma receita bruta total de R$ 4,6 bilhões, o que representou um aumento de 26,6% em relação a 2007. A receita líquida consolidada foi de R$ 3,1 bilhões, um crescimento de 20,9% sobre o ano anterior, enquanto o lucro líquido consolidado chegou a R$ 231,1 milhões, 33,3% superior a 2007.

O lucro bruto no período chegou a R$ 833,7 milhões, representando 27,2% da receita líquida consolidada e um acréscimo de 24,2% em relação ao ano anterior. O EBITDA de R$ 520,8 milhões teve um incremento de 34% em comparação ao exercício anterior. As exportações consolidadas totalizaram, em 2008, US$ 287 milhões, 22,1% superior ao ano anterior. Para o diretor corporativo e de relações com investidores, Astor Milton Schmitt, a expectativa para 2009 é de o ano ainda traga bons resultados estimando em torno de R$ 4,0 bilhões a receita bruta total e exportações ao redor dos US$ 240 milhões.

Focada em soluções voltadas ao transporte de cargas e componentes correlacionados, o portfólio de produtos têm relação com vários segmentos da economia. Os negócios da Randon foram favorecidos pelo bom desempenho da cadeia automotiva e do agronegócio, embora no último trimestre de 2008 a empresa tenha sentido os reflexos do recuo da demanda e dos investimentos de quase todos os setores. Foram registrados cancelamentos de pedidos na área de implementos e ajustes nos programas de compras das montadoras por conta da retração e do encarecimento do crédito.

Todos os segmentos de atuação das Empresas Randon apresentaram desempenho positivo em 2008. No conjunto das receitas, as áreas de implementos rodoviários, ferroviários e de veículos especiais tiveram uma participação de 48,73%, enquanto autopeças e sistemas contribuíram com 49,80% e serviços e outros com 1,47% do faturamento.

EXPORTAÇÕES

Seguindo a estratégia de busca de novos mercados e de ampliação dos canais de distribuição, a Randon conseguiu manter o ritmo crescente de exportações. A redução de custos, aumento da importação de insumos e os ajustes nos preços externos foram os instrumentos utilizados pelos administradores para contrapor a valorização do real no primeiro semestre.

Na divisão de exportações por bloco econômico, Mercosul e o Chile ficaram com uma fatia de 38%, enquanto os países do Nafta responderam por 24% e a África por 22%. A Europa teve uma parcela de 7% na receita das vendas externas do conglomerado, ficando a América do Sul com 4%.

Na parte de investimentos, no ano passado as Empresas Randon aplicaram R$ 280,7 milhões, valores que integram o Plano Plurianual de Investimentos para o período 2005/2009. A estimativa para 2009 é de R$ 130 milhões.

DESEMPENHO POR EMPRESAS

A Randon S.A (Implementos) encerrou o ano de 2008 com 33% de participação no mercado doméstico e 38% da produção nacional de semireboques. A receita líquida chegou a R$ 1,29 bilhão, evolução de 14,3% sobre 2007, com um lucro líquido de R$ 231,59 milhões, 34,2% superior ao anterior. As exportações totalizaram US$ 137,28 milhões, também com crescimento de 32,8%. Apesar do bom desempenho do mercado externo, o principal propulsor do seu desempenho foi o avanço expressivo do mercado doméstico.

Dedicada à fabricação de veículos para a construção, mineração e mecanização florestal, a Randon Veículos é líder no mercado nacional no segmento de caminhões fora de estrada até 30 toneladas de capacidade. Os aumentos na oferta de crédito e os juros mais baixos, até a metade do ano, contribuíram para o crescimento da demanda por este tipo de equipamento. Como resultado, a receita líquida cresceu 22,2% e chegou a R$ 116,37 milhões em 2008. O lucro líquido foi de R$ 14,78 milhões, um salto de 73,4% sobre 2007. No mercado externo, seus produtos marcam presença em países como os da América Latina, Oriente Médio e África e a receita totalizou exportações de US$ 4,47 milhões, um aumento de 28,6% em comparação ao exercício anterior.

Avanços importantes no processo de internacionalização foram obtidos pela Fras-le em 2008, quando adquiriu nos Estados Unidos o negócio de material de fricção da norte-americana Haldex. A aquisição amplia em 26% a capacidade total de produção de pastilhas, incrementando o número em até 7 milhões de peças/ano. Uma nova unidade na República Popular da China tem início de operações previsto para o segundo semestre de 2009. A produção, de material de fricção, será destinada à Ásia, ampliando a competitividade da empresa no continente. A empresa, em 2008, anunciou também a instalação de um Centro de Distribuição na Europa.

As exportações da Fras-le continuaram batendo recordes históricos. Nos últimos cinco anos, o crescimento médio anual do faturamento em dólar ficou em um patamar de 15,5%. Em 2008, o total de US$ 85,3 milhões representou um crescimento de 11% em relação a 2007. Com presença global expressiva, a empresa é beneficiada pela desvalorização do real, iniciada em setembro de 2008. A receita líquida ficou em R$ 432,29 milhões, 2,9% superior a 2007, e o lucro líquido teve um crescimento negativo de 37,8% para R$ 25,52 milhões.

O exercício de 2008 foi representativo para a Master com o estabelecimento da marca de 5 milhões de freios produzidos desde a fundação em 1986. Líder absoluta no mercado doméstico de freios a ar para veículos comerciais, a empresa obteve em 2008 uma receita líquida de R$ 373,72 milhões, o que representou uma elevação de 25,6% sobre o ano anterior. O lucro líquido passou para R$ 62,56 milhões, um crescimento de 13,1% em relação a 2007. As exportações da Master também cresceram 21,8% e ficaram em US$ 27,73 milhões.

A JOST também comemorou recordes em 2008, reforçando a posição de liderança nacional no mercado de componentes de articulação e acoplamento, com destaque para a quinta-roda. No período, a produção teve um incremento de 21,8%, marca inédita na sua história , com a fabricação de 56.761 quintasrodas. O desempenho garantiu uma receita líquida de R$ 195,67 milhões, 23,1% superior a 2007, e lucro líquido de R$ 23,01 milhões, aumento de 16,9% em relação a 2007.

Expansão de produção de caminhões e semirreboques igualmente beneficiou a Suspensys. A empresa também investiu R$ 51,7 milhões para ampliar a capacidade produtiva, a área física e adquirir máquinas e equipamentos. A receita líquida chegou a R$ 836,47 milhões, um incremento de 29,4%, e o lucro líquido registrou alta de 48,8%, totalizando R$ 80,94 milhões. Suas exportações somaram US$ 22,80 milhões, representando aumento de 6% em relação a 2007.

Além do Brasil, a Argentina é um dos mais importantes mercados da América Latina para o conglomerado. O exercício de 2008 marcou os 10 anos de atividade da planta Randon Argentina, em Alvear. O índice elevado de crescimento da economia argentina resultou em bons negócios. Foram faturadas, 1.213 unidades, marcando um crescimento de 23,5% em comparação com 2007. A receita líquida da Randon Argentina foi de R$ 66,58 milhões em 2008, crescendo 53,6% em comparação com o exercício anterior, enquanto o lucro líquido teve uma queda de 7,9% e ficou em R$ 1,04 milhão.

Na área de serviços, a Randon Administradora de Consórcios encerrou o exercício administrando mais de 26.600 cotas ativas de consórcios. Implementos rodoviários são os mais procurados, seguidos por colheitadeiras, tratores e imóveis. Em 2008, foi implantado um novo sistema de gestão de negócios chamado Gênesis. Trata-se de um software inovador que amplia a possibilidade e a velocidade da oferta de novos serviços.

O conglomerado Randon, que completa 60 anos em 2009, é formado por dez empresas operacionais tendo a Randon S.A Implementos e Participações como controladora. As empresas produzem um dos mais amplos portfólios de produtos do segmento de veículos comerciais, correlacionados com o transporte de cargas, seja rodoviário ou ferroviário, ou fora de estrada.

Fras-le alcança receita bruta de R$ 557,8 milhões em 2008

A Fras-le encerrou o exercício de 2008 com uma receita bruta consolidada de R$ 557,8 milhões, o que representou um crescimento de 6,5% em relação ao ano anterior. A receita líquida consolidada atingiu R$ 432,3 milhões, evoluindo 3,0% em relação a 2007.

Embora a previsão inicial fosse de uma produção de 100 milhões de peças em 2008, as alterações no cenário econômico, notadamente no último trimestre, impactaram no desempenho. Houve necessidade de desacelerar os níveis de produção para adequar à nova demanda e o exercício encerrou com a marca de 94,8 milhões de peças que,  mesmo assim, conseguiu superar em 1% o volume registrado em 2007.

Dentro da sua estratégia de internacionalização, a Fras-le superou a média anual de investimentos dos últimos cinco anos e chegou ao final de 2008 com R$ 52,3 milhões contabilizados, um salto de 89,5% em comparação com o que foi investido no ano anterior. Entre as iniciativas do ano passado está a aquisição dos negócios de pastilhas de freios da Haldex Brake Products Corporation, localizada no Alabama (EUA). Com o negócio, a empresa ampliou em 26% sua capacidade instalada da linha de produção de pastilhas de freio.

“A aquisição dos negócios com pastilhas nos Estados Unidos e a decisão de implementar a unidade fabril na China, além da construção da unidade produtiva de itens metálicos na planta de Caxias do Sul e a previsão de inaugurar o campo de provas, no primeiro semestre de 2009, integram as ações da Fras-le para tornar-se cada vez mais competitiva no ambiente globalizado”, resume o diretor superintendente e de relações com investidores da Fras-le, Daniel Raul Randon.

O desempenho da Fras-le no mercado externo merece destaque especial, pois nos últimos 5 (cinco ) anos apresentou evolução anual de 15,5% em média. Em 2008, o total de US$ 85,3 milhões de exportações representou aumento de 10,9% em relação a 2007. Mais da metade das vendas (58,3%) tiveram origem nos países do NAFTA, 8,8% na Europa e 12,4% no Mercosul. As transações com a África e o Oriente Médio também cresceram em relação a 2007.

As atividades econômicas e financeiras da Fras-le no exercício de 2008 foram movimentadas por eventos atípicos, ao compará-los com anos anteriores, entre eles: A forte depreciação das taxas do dólar, que comprometeu a conversão para reais dos valores faturados no exterior, durante o período de janeiro a agosto de 2008. As despesas com variação cambial incorridas sobre as operações financeiras firmadas para proteger a carteira de exportações, em conseqüência da alteração do cenário cambial a partir de setembro de 2008 (Essas operações representam atualmente menos de 1/3 (um terço) da carteira de exportações prevista para 2009); Redução nos volumes de vendas nos dois últimos meses de 2008, devido à retração na economia em consequência da atual crise mundial; E também, as adequações contábeis das demonstrações financeiras da Companhia a Lei 11.638/07, que resultaram em exclusões nas receitas e no lucro líquido.

Apesar dessas adversidades, que consideramos apenas impactos pontuais e que não retratam a realidade econômica e financeira da Fras-le, a direção acredita que com o rigoroso controle e redução dos custos operacionais e os atuais patamares das taxas do dólar, que beneficiam a conversão dos valores faturados no exterior, será possível atingir as metas projetadas para o exercício de 2009.

Fonte: Revista Ferroviária

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