Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 9 de março de 2009

Seminário Brasil–Holanda destaca importância das hidrovias para o país

Realizado no auditório da Confederação Nacional do Transporte (CNT) na última semana, o evento organizado pela Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) foi encerrado com um documento intitulado “Carta de Brasília”, no qual os participantes reconhecem a importância das hidrovias para o desenvolvimento do país.

A cerimônia de encerramento foi marcada também pela assinatura de um Protocolo de Cooperação pelos ministros dos Transportes Alfredo Nascimento (Brasil) e Camiel Eurlings (Países Baixos), na presença do diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, do ministro Pedro Brito (Secretaria Especial de Portos) e do vice-presidente da CNT, Meton Soares.

O seminário contou com 540 inscritos, entre brasileiros e membros da comitiva holandesa.

Potencial

Os discursos de fechamento do seminário destacaram o potencial ainda não explorado da navegação interior nas grandes bacias brasileiras, assim como a oportunidade de realização de investimentos e de transferência de tecnologia entre os dois países. “Estamos abertos à cooperação” afirmou Eurlings.

A mesma frase foi repetida minutos depois por Nascimento, ao lembrar, a título de exemplo, que no estado do Amazonas apenas três dos 62 municípios têm acesso por rodovias. Nas demais localidades, as embarcações são o meio de transporte mais utilizado pela população.

Entrada da Europa

Oitavo colocado em termos de fluxo de comércio no mundo, a Holanda foi definida pelos especialistas presentes ao evento como a porta de entrada da Europa. “Gostamos de ser o orquestrador da cadeia de abastecimento européia” , afirmou Roger Clasquin, diretor do porto de Roterdam. Win Ruijgh, diretor do Complexo Portuário de Amsterdam (Amports), relatou a própria experiência como dirigente e disse que é necessário criar boa infraestrutura e serviços nos portos para receber todo o fluxo das embarcações que circulam pelas hidrovias.

“Mesmo que vocês tenham objetivos opostos, é necessário haver cooperação”, aconselhou, acrescentando que o aumento crescente das exportações brasileiras reforça a necessidade de trabalho conjunto dos agentes públicos e privados envolvidos na busca da eficiência e de soluções para as questões ambientais.

Entre os brasileiros, uma das apresentações que chamou a atenção da comitiva holandesa foi a diretor do Departamento Hidroviário de São Paulo, Frederico Bussinger, que falou sobre os desafios da hidrovia Tietê-Paraná, como a eliminação de gargalos, a implementação da intermodalidade, a extensão do trecho em operação e a duplicação de eclusas.

Bussinger mostrou que se as eclusas não fossem um limitador, o fluxo de mercadorias pela hidrovia chegaria a 450 mil toneladas por ano, o que retiraria parte dos milhares de caminhões que hoje atravessam diariamente a capital paulista. Somente no setor de construção civil, a carga rodoviária dentro da grande São Paulo representa 26 mil viagens de caminhão por dia.

Assim como outros especialistas estrangeiros presentes, o diretor de Assuntos Marítimos do Ministério dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água da Holanda, Rob Huyser, destacou a importância da complementação entre os diversos meios de transporte e disse que a redução da emissão de poluentes é uma das metas que tem sido trabalhadas em seu país. O chefe da delegação empresarial e presidente do Órgão Central para o Reno e a Navegação, Peter Struijs, apontou como vantagens do transporte interior o menor consumo de combustível. Disse, porém, que sempre existe a necessidade de usar outro tipo de transporte complementar.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Enersys
Volvo
Savoy
Retrak
postal