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Conteúdo 15 de dezembro de 2008

Seminário da Frota e Logweb discutiu oportunidades e desafios para 2009

Assunto recorrente, a crise mundial vem afetando, principalmente, empresas multinacionais, também fazendo a tristeza de investidores na Bolsa de Valores. Em vista deste momento econômico, as editoras Frota e LogWeb promoveram o seminário “Oportunidades e Desafios 2009 – Transporte e Indústria”, que aconteceu na sede da NTC&Logística – Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística, em São Paulo.

O evento, que reuniu profissionais de diversos segmentos durante todo o dia 13 de novembro último, abrangeu os segmentos químico, automotivo, farmacêutico e de perfumaria, cosméticos e higiene pessoal. O objetivo foi debater as questões que afetam as relações entre a indústria contratante de fretes e os fornecedores de serviços de transporte rodoviário de cargas e os cenários e perspectivas para o próximo ano.

Mercedes-Benz e Baterias Moura foram as patrocinadoras do seminário. Acompanhe, a seguir, os principais tópicos levantados.

Balanço e perspectivas

A primeira apresentação do dia foi um painel com representantes do governo e de entidades de classe dos setores químico e automotivo, com o objetivo de fazer um balanço do ano de 2008 e mostrar as perspectivas da indústria embarcadora de cargas para o ano que vem. O moderador foi José Vitor Mamede, especialista em Infra-Estrutura e Logística, do Departamento de Infra-Estrutura da FIESP.

Quem começou foi Eduardo Sartor, coordenador da Comissão de Transportes da ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, que citou como desafio à indústria química a segurança, como questão de sobrevivência, já que a falta dela pode causar a falência da empresa e da transportadora.

Sobre o SASSMAQ – Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde e Meio Ambiente, anunciou que até o final do ano, a associação pretende aplicá-lo no modal ferroviário.

Já Roberto Dias David, gerente de Regulação do Transporte Rodoviário de Cargas da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, detalhou a legislação do transporte rodoviário de cargas perigosas e falou sobre as tendências na área.

O próximo a expor foi Antonio Carlos Bento, Conselheiro do Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores e Coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva. De acordo com ele, é esperado um crescimento no setor em torno de 10% em relação a 2007.

A respeito de onde estão as oportunidades no segmento, citou: frota circulante, automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus, tratores e motocicletas. “Até 2012 vamos produzir 5 milhões de veículos. A crença no crescimento continua”, disse.

Segundo Bento, alguns desafios importantes são: qualificação profissional, mobilidade e inspeção veicular. Outros envolvem o mercado, os financiamentos e as questões tributárias. “Cadê o crédito ao setor? O dinheiro investido pelo governo precisa chegar até o transportadores”, expôs.

O profissional analisou a atual crise e acredita que a situação não é tão ruim, se comparada a outros momentos da economia mundial.

Parcerias logísticas

Ricardo Gorodovits, diretor da GKO Informática, foi o próximo palestrante, destacando a importância das parcerias logísticas, por exemplo, entre embarcadores e transportadores. Também comparou autônomos, transportadores e Operadores Logísticos. “Todos têm espaço, porém cada um tem características próprias”, disse, frisando que a parceira com OLs otimiza a operação, podendo gerar custos mais baixos. “Entretanto, em logística reversa há muito que crescer, já que o setor oferece uma maior oportunidade de ofertas de serviços diferenciados”, declarou.

Gorodovits também expôs a importância dos sistemas de gestão de fretes, citando suas funções: apoio ao processo de venda, apoio no procedimento de embarque, apoio na demanda por transporte, auditoria, apoio à negociação, acompanhamento operacional e controle de qualidade.

Case Unilever

O gerente de planejamento da fornecedora de produtos de bens de consumo Unilever, Marcelo Scarcelli, apresentou a palestra “Produtividade como ferramenta de incremento de confiabilidade e redução de custos em transportes”, sobre o case da fábrica da empresa em Indaiatuba, SP. Ela é considerada umas das maiores fabricante de detergente em pó do mundo, produzindo mais de 500 mil toneladas por ano em uma ação que demanda mais de 100 itens de produção.

Tendo como desafio garantir o correto balanceamento entre confiabilidade e custos nos estoques, a Unilever buscou um Operador Logístico ampliado – no caso a Tegma –, que atendesse também a gestão de estoques.

A solução encontrada pela empresa envolveu sete grandes frentes de inovação: informação – compartilhamento de dados com o operador que gerencia a frota; transporte – dois veículos foram feitos especialmente para a operação, um silo tritrem para transporte de granéis sólidos e um bitrem, para líquidos; entregas e estoques – flexibilização das janelas de entrega; serviços acessórios – para ganho de tempo nas interfaces; volumes – controle com precisão de volumes e fluxos; planejamento – novo elo na cadeia; e poder de ação – gestão visual da produtividade.

Como resultados, a Unilever conseguiu aumento da produtividade do veículo em quase três vezes, no transporte de sulfato de sódio e ácido sulfônico de Santos para Indaiatuba. Também conseguiu produzir o dobro, com a mesma quantidade de estoque, entre outros resultados. Por fim, Scarcelli falou sobre a importância da comemoração dos resultados junto com todos os envolvidos na cadeia e o investimento em tempo e recursos.

Case Bausch & Lomb e Atlas Transportes

Após o almoço, o seminário recomeçou com a palestra “Convergência da operação logística próximo à concentração de consumo”, apresentada por Claudia Soarde, gerente de Logística da Bausch & Lomb, e André Prado, gerente nacional de logística da Atlas Transportes & Logística.

A Bausch & Lomb – empresa que trabalha com lentes de contato, instrumentos cirúrgicos e medicamentos para doenças oculares – buscou alguns objetivos com a terceirização logística, como reduzir dead-time e custos, transformar custo fixo em variante, disponibilizar espaço na fábrica para atividades produtivas e melhorar a qualidade da entrega de produtos.

Pela operação com a Atlas, a companhia conseguiu centralizar as expedições no armazém da operadora logística em Barueri, SP. Com isso, simplificou a malha de distribuição e controle sobre o processo, obteve ganho de escala, diminuindo o número de coletas e consolidando a carga, integrou as equipes da empresa e melhorou o tracking das mercadorias.

Case Natura

Na seqüência, José Lenivan, gerente de logística da Natura Cosméticos, apresentou a palestra “Glicar”, sobre o programa desenvolvido para estreitar a parceria com os fornecedores logísticos.

Dimitri Terenzzo, coordenador de planejamento de transportes da empresa, destacou que cada letra de “Qlicar” representa um pilar dos indicadores de desempenho: Qualidade, Logística, Inovação, Custo e competitividade, Atendimento e Relacionamento.

A Natura possui quatro Centros de Distribuição no Brasil. O de Jaboatão dos Guararapes, PE, (CD Recife) e o de Mathias Barbosa, MG, possuem logística terceirizada pela Rapidão Cometa. O CD de Cajamar, SP, tem a logística por conta da McLane; e o de Canoas, RS, inaugurado em novembro último, é operado pela própria Natura.

Já as transportadoras parceiras são: Os Correios, responsáveis pela distribuição em Minas Gerais, interior de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro; Rapidão Cometa, em todo o Nordeste; Rodofly e Utilíssimo, no Rio de Janeiro; Expresso Araçatuba, nas regiões Norte e Centro-Oeste; TNT Mercúrio, na região Sul; e Dias, em São Paulo capital e região metropolitana. Isso fora os quarteirizados, que atendem outras regiões em forma de rodízio, conforme destacou Terenzzo.

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