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Conteúdo 4 de dezembro de 2008

Setor de autopeças deve demitir 7,5 mil funcionários em dois meses

Diante da queda das encomendas das montadoras, que viram as vendas de carros despencarem, e da redução das exportações, por causa da crise internacional, o setor de autopeças prevê 7,5 mil demissões até o fim do ano. As empresas também vão suspender toda a produção pelo menos durante 16 dias neste mês e dar férias coletivas.

Várias planejam reduzir os investimentos. Sondagem feita pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos (Sindipeças) com 95 empresas, responsáveis por 41% do faturamento do setor, aponta para incertezas em 2009. “O primeiro trimestre será muito difícil”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Butori, em nota.

As autopeças devem encerrar dezembro com 223,7 mil empregados, ante um quadro de 231,2 mil em outubro. Pelas contas das empresas, em novembro já teriam ocorrido 3,6 mil demissões e outras 3,9 mil seriam anunciadas este mês. Ainda assim, o setor encerrará o ano com aumento de 3,2% no número de empregos ante 2007, embora a previsão era de crescimento de 8,3%.

Executivos vêem essa crise como a pior enfrentada pelo setor, pois o mercado estava superaquecido e freou repentinamente. Em crises passadas, a queda dos negócios ocorreu em etapas. Butori compara a situação a um carro que segue a 200 quilômetros por hora e encontra um muro à sua frente.

Segundo o Sindipeças, 100% das empresas darão férias coletivas pelo menos durante 16 dias neste mês. Em 2007, as férias foram mais curtas e nem todas as empresas pararam. “É bom levar em conta que os acontecimentos e algumas decisões têm mudado diariamente e a situação pode piorar”, avisou Butori. “É preciso ter muita calma e equilíbrio para não tomar decisões precipitadas nem ficar apenas olhando a tempestade pela janela.” Um grupo foi criado pela entidade para discutir medidas para aliviar os efeitos da crise.

 

Fonte: www.diariodocomercio.com.br

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