Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 1 de abril de 2015

Setores de cosmético, perfumaria e higiene pessoal: uma logística em expansão

Apesar do momento econômico pelo qual passamos, representantes de OLs e transportadoras que atuam nestes segmentos mantêm-se otimistas, e também acreditam na seletividade do mercado. 

Pelas características dos produtos manipulados, a logística nos setores de cosmético, perfumaria e higiene pessoal apresenta diferenciais em relação à de outros segmentos. “São poucos os players que trabalham nestes segmentos na área de terceirização logística, pois a demanda das indústrias de cosméticos e higiene pessoal requer algumas determinações na armazenagem, como licenças e locais especializados e adaptados para a permissão de funcionamento junto ao órgão que fiscaliza estes tipos de produtos, a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, explica Rubiane Anholeto, gerente comercial Sul e Sudeste do Grupo TPC Logistica (Fone: 11 3571.1751), abrindo esta matéria especial de Logweb. Ele destaca que a sua empresa tem nestes setores 22% de representatividade.

Pelo fato de os produtos desses segmentos exigirem determinadas precauções quanto à higiene no transporte e armazenagem, bem como rapidez no transporte, Anholeto aponta a maneira como a empresa busca atender a essas demandas: reuniões periódicas para revisão de volume e previsão de vendas futuras para alinhar as expectativas do cliente junto à entrega do produto ao seu cliente final.

Renata Carolina Formoso, farmacêutica da Restitui Logistica e Transporte (Fone: 11 2085.0860), também diz que muitas empresas (Operadores Logísticos) estão se preparando e se adequando a essa demanda que está cada vez mais centralizada, já que as empresas desses setores estão procurando operadores capazes de atender a sua necessidade com prazos cada vez menores, próximos aos canais de distribuição. “As áreas de cosmético, perfumaria e produtos de higiene pessoal são regulamentadas pela ANVISA e Vigilância Sanitária Municipal, com legislação específica que orienta quanto às Boas Práticas, inclusive para o transporte. Diante da regulamentação e da política interna de qualidade, a Restitui possui procedimentos operacionais, investe em treinamento da equipe e conta com responsável técnico farmacêutico e licenças sempre atualizadas. Atualmente estamos em processo de prospecção, e sabemos que estes setores, independentes da situação econômica do país, vêm crescendo a passos largos”, explica Renata.

Antônio Carlos G. Lentz, gerente comercial corporativo da Transportes Translovato (Fone: 54-3026.2777), também aponta crescimento nestes segmentos. “A demanda está em ampla ascensão, por serem setores que vêm investindo muito e, também, pela própria população que vem se utilizando mais destes tipos de produtos, o que resulta no crescimento.” Lentz lembra que a sua empresa atende às demandas destes segmentos através de vistorias periódicas no veículos de coleta/entrega e transferência, além de também possuir Alvará Sanitário dos mesmos.

“Para estes segmentos, as expectativas são grandes. Portanto, os Operadores Logísticos e as transportadoras devem conhecer minuciosamente todas as exigências legais próprias para os setores. Entre elas, as que determinam que o Operador Logístico deve possuir autorização da ANVISA para realizar o transporte de cosméticos.”

A análise, agora, é de Mauricio Miranda, gerente regional comercial da Ativa Distribuição e Logística (Fone: 11 2902.5000). Ainda segundo ele, estes setores representam um volume de carga crescente com uma ampla diversificação de produtos, tanto que, dentro da Ativa Logística, representam 40% das atividades.

Ainda segundo ele, a empresa, para se manter atuante nesses segmentos, fez a reestruturação de suas unidades com adequação de terminais e investimentos na logística de distribuição e no gerenciamento de risco.

Felippi Perez, diretor comercial da Keepers Logistica ATS (Fone: 11 4151.9030), também aponta a demanda de Operadores Logísticos e transportadoras para os setores de cosmético, perfumaria e higiene pessoal. Segundo ele, são setores nos  quais a empresa tem boa amplitude, “já que atendemos a todos os requisitos básicos de ANVISA, ISO e demais controles FIFO, LIFO, Lote de Fabricação, etc. Portanto, a demanda por novos projetos é constante”, ressalta, apontando, ainda, a representatividade destes setores na carteira de clientes da empresa: 25% do volumes de pedidos atendidos no mês, algo em torno de 50.000 pedidos/mês. “Em relação à armazenagem, o percentual cai para 15%, pois neste segmento o estoque gira muito, ocupando pouco espaço.”

Ainda de acordo com Perez, dada a complexidade das operações que envolvem estes segmentos, a Keepers divide qualquer projeto em três bases principais: 1ª- Estudo dos volumes e especificidades da operação, como quantidades de recebimento e armazenagem, tipo de embalagem, tipo de produto, quantidade de SKUs por volumes ou NF ou Pedido, quantidades de itens por SKU, etc., prazo acordado pelo cliente da Keepers com seus clientes, controle de temperatura, tipo de contenedor de transporte, informações da etiquetagem, etc.; 2ª – Montagem e homologação dos processos logísticos junto ao cliente, abrangendo desenvolvimento das interfaces de sistema e do cronograma de implantação, depois vêm os testes e “lapidação”; 3ª- Análise diária, semanal e mensal de indicadores de desempenho que garantam a qualidade da operação acordada e possibilitem que boas decisões sejam tomadas em tempo hábil.

Romano Guedes, gerente comercial da Sua Majestade Transporte Logística e Armazenagem (Fone: 11 3322.6244), também lembra que ao longo dos anos as indústrias de cosmético, perfumaria e higiene pessoal vêm na contramão da economia ao apresentarem ótimos resultados de crescimento. “Pensando nesse mercado, a SM Transportes investiu em estrutura organizacional, licenças e treinamentos para atender com qualidade a demanda do setor”, completa. 

Gilvan Huosell Ramos, diretor geral da TRA Transporte da Amazonia (Fone: 92 3643.0650), também analisa a demanda de Operadores Logísticos e transportadoras para os setores de cosmético, perfumaria e higiene pessoal: “houve uma queda significativa no ultimo semestre e continua ainda, em torno de 19% em relação aos mesmos períodos de anos 2013 e 2014”, revela, apontando que a representatividade dos setores na carteira de clientes da empresa está em torno de 15%, variando de acordo com a demanda, em meses que antecedem aos dias dos namorados, mães e Natal, podendo chegar a 23% a participação. Ainda segundo Ramos, já falando sobre a maneira como a sua empresa busca atender às demandas específicas destes segmentos, “a manutenção da qualidade de nossos serviços está alinhada com o sistema de treinamento e reciclagem de nossos colaboradores, pois, precisam continuar conscientizados que temos que manusear esses produtos com muito zelo e com limpeza no geral, pessoal e nas áreas de movimentação e arrumação desses produtos/mercadorias, pois a exigência é alta, no mesmo grau de alimentos, face o uso ser por nós, humanos”.

Dificuldades

Pelas características dos produtos e, também, pela logística brasileira, os Operadores Logísticos e as transportadoras que atuam nestes segmentos encontram vários problemas. Como, por exemplo, o alto valor de GRIS (Gereciamento de Rico). Anholeto, do Grupo TPC, explica que, como os produtos têm um grande risco no transporte, cobra-se um valor alto de seguro.

Já na opinião de Perez, da Keepers Logistica, os fatores que mais dificultam a atuação do Operador Logístico/transportadora nesses segmentos são os prazos apertados, juntamente com as exigências de limpeza, iluminação e temperatura – além de todos os controles necessários ao lote e a alta atratividade desses produtos. “Embora estes segmentos estejam em expansão, a própria legislação ainda não é muito clara. Importante dizer que as embalagens desses produtos são muito frágeis e requerem cuidados especiais na movimentação, e a quantidade de SKUs é bem extensa, o que obriga o operador a ter um controle efetivo e ágil, sem contar que, em alguns casos, é necessário o controle de temperatura”, completa Renata, da Restitui Logistica e Transporte.

Também para Lentz, da Transportes Translovato, os fatores que dificultam a atuação nestes segmentos são a atual legislação e burocracia envolvidas no processo, bem como as exigências que devem ser cumpridas pelo transportador e também pelo embarcador.

Para Ramos, da TRA Transporte da Amazonia, um dos fatores que mais dificultam a atuação do Operador Logístico/transportadora nesses segmentos é a falta de estrutura, principalmente, no caso específico da empresa, por sua área de atuação: nos embarques para cidades que só recebem via fluvial, por barcos/balsa, a dificuldade é a frequência e o cuidado no manuseio, face o riscos de avarias.

Complementando este tópico, Miranda, da Ativa Distribuição e Logística, alega que não existem dificuldades especificas para se trabalhar com este mercado. “As barreiras encontradas são as normais no setor de transporte e logística para atendimento de qualquer setor industrial, tais como restrições de trânsito, agendamentos para algumas áreas específicas e capacidade de recebimento por parte de alguns destinatários, quando o seu volume de compra supera sua capacidade logística de recebimento.” Miranda é complementado por Guedes, da Sua Majestade Transporte: os principais fatores se aplicam a todos os setores que movimentam mercadorias por meio do transporte rodoviário. As dimensões do trânsito dessas mercadorias são continentais e os problemas com infraestrutura, mão de obra e impostos impactam de maneira desafiadora no segmento. 

Regulamentação 

Obviamente, outra característica que marca estes segmentos é a necessidade de atuar seguindo rígidas regulamentações. 

Anholeto, do Grupo TPC Logística, lembra que as empresas que atuam nestes setores precisam estar adaptados às regras da ANVISA para operar os produtos nos CDs. “Esta regulamentação é satisfatória, apenas a agilidade nos processos – autorização para operar -de implantação de um novo CD poderiam ser menores”, diz ele.

Perez, da Keepers Logistica, também lembra que a regulamentação é fundamental para estes segmentos, pois muitos produtos podem representar riscos à saúde dos consumidores em caso de má gestão de logística e distribuição. A regulamentação também ajuda a separar muitas empresas amadoras das profissionais. E ela envolve: higienização dos locais de armazenagem e caminhões de distribuição, controles na entrada e saída dos produtos do armazém, treinamento dos funcionários, identificação, registro da documentação e procedimentos e aferição periódica de todos os pontos. “Todos os pontos de uma regulamentação devem ser revistos periodicamente, pois o mercado muda sua forma de operar, muda embalagens e muda nos produtos constantemente. Mas, no geral, a regulamentação define bem os pontos fundamentais”, diz o diretor comercial da Keepers Logistica.

Já para Renata, da Restitui Logistica e Transporte, a legislação referente ao transporte de cosméticos, produtos de higiene e perfumaria ainda necessita de ajustes – houve melhorias, os órgãos reguladores estão se preocupando mais em regulamentar estes segmentos, mas há muito que se fazer. “Para o melhor atendimento e cuidado com os produtos dos nossos clientes, implantamos as Boas Praticas e Procedimentos Operacionais para o transporte. Alguns pontos são importantes, como cuidados com carregamento e descarregamento, empilhamento máximo, monitoramento de temperatura, entre outros.”

Ramos, da TRA Transporte da Amazonia, também lembra que, pelo que era antes, a legislação é satisfatória, podendo no futuro ter alguns ajustes, para manter o processo em melhoria continua. “A legislação foi uma forma de regular a distribuição com eficácia no que tange ao manuseio, armazenagem e entregas dos produtos sem risco de contaminação, com o mesmo tratamento dado ao produto alimentício, pois temos que preservar a saúde do ser humano e com respeito ao contribuinte e consumidor final”, completa. 

Lentz, da Transportes Translovato, por sua vez, destaca que a contratação de responsável técnico e adaptação das estruturas estão entre os principais pontos da legislação, mas também é importante ressaltar obrigatoriedade dos embarcadores fornecerem para os transportadores as devidas documentações previstas em lei. “De certo modo, a regulamentação é satisfatória, apenas o que fica a desejar é a demora por parte nas secretarias responsáveis pelas liberações dos alvarás.”

Guedes, da Sua Majestade Transporte, também destaca que há inúmeras portarias e regulamentos para essas áreas, porém os pontos principais são o armazenamento/transporte dos produtos em condições ideais de limpeza, controle de temperatura e umidade, além da compatibilidade de carga, ou seja, esses produtos não podem ser armazenados juntamente com produtos químicos, por exemplo. O objetivo sempre é garantir a integridade do produto para que chegue até o consumidor final sem nenhuma alteração e pronto para uso. 

Miranda, da Ativa Distribuição e Logística, destaca o fato de a regulamentação estar diretamente ligada à alta qualidade do serviço apresentado no setor de cosméticos. “Para a nossa empresa, essa certificação é muito importante, pois o mercado de cosméticos exige cuidados especiais”, ressalta. 

Tendências 

Sobre as tendências para transporte e distribuição nesses setores, e para armazenagem, Anholeto, do Grupo TPC Logistica, acredita que neste ano de 2015 a indústria em foco irá se manter em suas vendas, pois teremos um aumento de impostos nesta categoria de produtos, e o repasse no preço final será visualizado pelo consumidor que determinará a compra do cosmético. “As notícias disponíveis na mídia reforçam que estes são segmentos que ainda crescerão muito nos próximos anos, não só no Brasil, como no mundo”, completa Lentz, da Transportes Translovato. Também otimista, Guedes, da Sua Majestade Transporte, completa: “os setores já deram exemplos da sua potencialidade. As previsões de crescimentos são animadoras”.

Miranda, da Ativa Distribuição e Logística, lembra que o segmento de HPC possui uma característica de vendas que atende desde o varejo, redes de supermercados e grandes distribuidores, porém com a mesma necessidade de urgência nos prazos de entrega devido ao consumo final. “Em resumo, é primordial manter o padrão de qualidade 100% aos clientes, isso inclui pontualidade nas entregas e colaboradores e equipe treinada e dedicada a esse atendimento.”

Já falando das empresas que oferecem serviços para o setor, Perez, da Keepers Logistica, diz que a tendência é uma consolidação do mercado de prestadores de serviços para estes segmentos, já que as exigências são maiores a cada ano e algumas empresas optam por deixar estes segmentos, enquanto outros se especializam para atender melhor. 

Renata, da Restitui Logistica e Transporte, aponta como tendências para a distribuição cada vez mais o uso de tecnologia de ponta, pois o maior desafio é disponibilizar os produtos nos canais de distribuição, portanto cada vez mais teremos que estar próximos do ponto de venda com prazos apertados. Já na armazenagem – continua a farmacêutica – o próprio layout da estrutura necessita de algumas modificações, os controles de temperaturas referentes a esses produtos também tomam um rumo a passo largo, além de sistemas inteligentes.

Investimentos 

Os participantes desta matéria especial também apontam os investimentos da companhia em termos de distribuição e armazenagem para esses setores. 

“Recentemente a Keepers Logística investiu em uma mudança nas estruturas de armazenagem para atender melhor ao FIFO e FEFO. Também adotamos o código 2 D para conferência e rastreabilidade dos produtos ao longo da cadeia. Neste ano a intenção é o aperfeiçoamento das tecnologias envolvidas, como o WMS, coletores e TMS”, informa Perez, da Keepers Logistica.

Já no caso da Restitui Logistica e Transporte, Renata conta que estão reestruturando a parte operacional e investindo em treinamento do pessoal, coordenado por uma responsável técnica, visando atender todas as exigências. Quanto à estrutura e veículos estão se adequando principalmente no que se refere à rastreabilidade.

“Em 2015, iremos abrir mais duas unidades, uma em Marabá, PA, e outra em Ji Paraná, RO, para melhor e maior atendimento direto em toda Região Norte. Devemos investir em frota, para garantir padrão de qualidade nas entregas no Interior do PA e RO, hoje 20% sendo feito com parceiros”, conta o diretor geral da TRA Transporte da Amazonia.

Por fim, Guedes, da Sua Majestade Transporte, diz que a empresa está dobrando sua capacidade de armazenamento e movimentação de mercadoria em sua matriz (São Paulo), bem como em suas principais bases (Salvador; Recife; Feira de Santana). “Investimentos em tecnologia aconteceram e novos investimentos estão em implementação.”

 

Com a palavra, o embarcador

A Aqia Química Industrial (Fone: 11 5094.9911) trabalha na produção de insumos cosméticos e farmacêuticos, atendendo diversos clientes em todo o território nacional. Também está enfrentando um aumento considerável na internacionalização de atividades. “As características da logística neste setor é como a própria química, que redefine processos constantemente, e isto significa transformação em tempo integral. É necessário acompanhar as mudanças, rever estratégias, acompanhar o mercado buscando atingir novos objetivos e obter melhores resultados no desenvolvimento de fornecedores, tecnologias, pessoal e atendimento aos requisitos de recebimento, armazenagem e expedição, seguindo a legislação vigente, como licenças de vigilância sanitária, CETESB, ABNT, Inmetro, RDC-420”, explica Jose Aparecido Braga, gerente de logística da empresa. 

Quanto aos maiores problemas enfrentados na logística neste segmento, Braga diz que armazenar, manusear, expedir produtos neste segmento, por suas próprias características, é bastante amplo e com grande complexidade. “Como provedores de insumo life sciences, temos certas particularidades no atendimento a diversos clientes, conforme o mix de produto, sendo ele no segmento de química fina e especialidades, ou nas commodities. As dificuldades nas negociações de fretes são consideráveis, e a distribuição em São Paulo, na grande São Paulo em outros estados é o grande obstáculo, por conta de tempo de viagem, horário de recebimento (janela de entrega), restrições de horários, restrição a veículo de grande porte, rodízio de final das placas, o acesso a ruas e avenidas, transporte de produtos perigosos e falta de pessoal qualificado que são, claramente, os maiores problemas para manutenção de percentuais coerentes e resultado positivo nos custos logísticos, e não estou comentando sobre portos lotados, rodovias precárias e a inexistente malha ferroviária que dificultam o escoamento pelo país, levando o custo logístico brasileiro aos 12%. Estamos falando de um segmento onde os processos devem ser robustos, com equipes treinadas, onde as embalagens seguem padrões de identificação bem específicos, com etiquetas contendo lotes, fabricação e validade, além de informações sobre riscos, seguindo padrões internacionais (GHS) de instruções, certificados, fichas de segurança e emergência. Isto tudo se estende para o transportador que deve estar com veículos adequados, motoristas treinados, placas, kits de emergência e cientes da impossibilidade de misturar produtos incompatíveis no veículo – como vestuário e alimentício –, adequando a caixa tipo box.”

Sobre como estes problemas podem ser resolvidos, o diretor de logística ressalta que a infraestrutura do País não favorece a distribuição, e em alguns casos as restrições de descarga no cliente são fatores decisivos no momento de determinar como ocorrerá a entrega. “Uma gestão de parceria coerente no relacionamento entre embarcador/transportador reduz uma boa parte das dificuldades, problemas de desempenho e falta de comunicação, gerando, assim, velocidade na resolução de problemas. Transportar produtos perigosos tem regras claras e não utiliza qualquer caminho, a regulamentação é rígida devido aos riscos potenciais e à segurança da população e do meio ambiente. Não podemos correr riscos. Em nossa empresa é efetuado treinamento exaustivo aos colaboradores para melhorar os controles de expedição, é proibido carregar veículo sem as condições básicas para o transporte coerente. Reduzimos o número de transportadoras e somente aquelas com certificações, avaliadas, auditadas e qualificadas com condições operacionais de atender ao nosso portfólio, com prazos coerentes, manuseio adequado e tarifas justas permanecem como nossos parceiros. Outro grande passo foi conhecer melhor as dificuldades de nossos clientes, como a falta de espaço, falta de maquinário e área de descarga coerente, assim, pudemos adequar os horários e as datas de entrega, destinando veículos com plataformas de descarga ou no tamanho correto de suas docas, reduzindo custos desnecessários, também melhoramos a roteirização e aumentamos o número de entregas por veículo e sua ocupação interna.” 

Braga também aponta – especificamente neste segmento – as ações ou falta de ações que podem “azedar” o relacionamento embarcador/transportadoras ou Operadores Logísticos. “Não se pode cultivar a ideia de pagar pouco pelo serviço prestado pelo transportador, se houver a mínima possibilidade de problemas ou comprometimento da operação em médio prazo. Competência e boas práticas reduzem as chances do não atendimento a requisitos e exigências na fiscalização rodoviária, em atendimento às normas ABNT, CONTRAN, Inmetro, etc. Não entender as características do produto, suas restrições por ser um produto químico e não tomar as ações coerentes gera dificuldades e prejuízos, dificultando a continuidade do relacionamento. A criatividade para propor novas alternativas ou operações complementares pode e deve ser utilizada na tentativa de manter o cliente do setor pelo embarcador, Operador ou transportador”, finaliza.


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clique na tabela para ampliá-la. 
Enersys
Savoy
Retrak
postal