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Especial 19 de maio de 2016

Sistemas de armazenagem: momento é propício, já que empresas buscam automação e redução de custos

Também há quem destaque que a grande revolução no campo da logística está acontecendo porta adentro nas empresas, na intralogística, onde a combinação de engenharia e novas tecnologias da informação transformaram os armazéns no autêntico coração da cadeia de abastecimento.

Ao se fazer uma análise do segmento de sistemas de armazenagem nos dias de hoje, as respostas coletadas pela nossa redação passam pela situação econômica que o país atravessa e abordaram, também, o aspecto tecnológico destes sistemas.

Rodrigo Scheffer, responsável por Projetos na Águia Sistemas (Fone: 42 3220.2666), se encaixa no primeiro “time”. Segundo ele, o mercado de estruturas de armazenagem atravessa, como outros ligados ao segmento de logística, momentos de retração de investimentos por parte das empresas. Porém, diz ele, a Águia acredita que esses são tempos oportunos para promover melhorias em processos produtivos, investir em projetos de alto nível e novidades tecnológicas, pois o mercado fica atento aos diferenciais dos fornecedores.

Neste contexto se encaixa o segundo foco desta análise. “O mercado de sistema de movimentação e armazenagem está numa fase de novas oportunidades, as empresas não estão buscando equipamentos e, sim, soluções completas. As empresas provedoras de solução entregam equipamentos integrados a sistemas gerenciáveis, capazes de atender diversos setores do mercado, como bebidas, automobilístico, distribuidores, etc. No momento presenciamos uma crescente busca por estas soluções, fatos marcados pelo alto número de orçamentos em andamento; porém, considerando o momento econômico atual, o tempo de decisão para investir nestas soluções está maior”, complementa Lucas Rodrigues Neto, supervisor de negócios da Scheffer Logística e Automação (Fone: 42 3239.0700).

Daniel del Campo, CEO da SSI Schäfer Latam (Fone: 19 3826.8080), também faz análise semelhante. De acordo com ele, o segmento segue um ritmo de inovações frenético, que se traduz na incorporação de novas tecnologias, assim como em combinações de tecnologias novas e existentes para oferecer soluções mais abrangentes. “A demanda é cada vez mais orientada a soluções completas, empresas que possam oferecer pacotes que resolvam cenários, mais do que oferecer só produtos. Também exige o mercado e recompensa mais aquelas empresas que mostram know-how e competência na orientação e consultoria dos projetos. Não se espera partners reativos e, sim, proativos”, enfatiza del Campo.

Por sua vez, Gustavo Cristófaro, gerente comercial da ULMA Handling Systems (Fone: 11 3711.5940), destaca que a grande revolução no campo da logística está acontecendo porta adentro nas empresas, na logística interna (intralogística), onde a combinação de engenharia e novas tecnologias da informação transformaram os armazéns no autêntico coração da cadeia de abastecimento. Efetivamente, lembra Cristófaro, a introdução de armazéns automatizados no processo logístico trouxe às empresas notáveis economias de custos, um importante incremento da produtividade em todos os processos do abastecimento, envolvendo, ainda, a produção e distribuição.

“Entendo que, nos dias de hoje, a intralogística é vista como um ponto chave para o sucesso de uma empresa, ligando diretamente a qualidade do sistema logístico à satisfação do cliente final. Desta maneira um sistema intralogístico eficiente e estruturado traz benefícios que, ao final, podem inclusive ser convertidos em lucro. Diante deste cenário, a automação da armazenagem é vista como uma excelente ferramenta para trazer a eficiência e segurança necessária para atender essa nova demanda dentro das empresas. Contudo, é preciso fazer escolhas adequadas para tirar proveito desses sistemas: a experiência do provedor, um bom planejamento e trabalho em equipe são fundamentais para o sucesso”, completa Ariel Oliveira, gerente de vendas da Viastore Systems (Fone: 19 3305.4100).

Perspectivas
Os participantes desta matéria especial também falam sobre as perspectivas para 2016, mais uma vez tanto no aspecto econômico, quanto no de tecnologias.

“Acreditamos que 2016 será parecido com o ano de 2015, pois o mercado está cauteloso com o desenrolar dos fatos políticos e econômicos do nosso País. Sairá na frente o fornecedor que souber investir em boas práticas para redução de seus custos e em tecnologia para agregar a seus produtos, além de manter o nível de serviços impecável”, avalia Scheffer, da Águia Sistemas.

O CEO da SSI Schäfer Latam destaca que o PIB geral da nação está caindo, porém não em todos os setores. “Alguns, inclusive, crescem, pelo que focamos nossos esforços em atender a estas necessidades, além de nossa grande base instalada. Para a SSI Schäfer, 2016 se apresenta bem, graças a nossa capilaridade no mercado nacional e nossa forte expansão nos últimos anos nos países vizinhos, onde já contamos com operação própria na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México. Ainda no Brasil, muitas empresas têm planos de melhorar sua eficiência devido ao cenário econômico complicado. Mas nos tempos que correm, é importante escolher bem o parceiro de caminhada. Na atual retração da economia, uma parte de fornecedoras de soluções passa por dificuldades, algumas empresas estrangeiras até foram embora do país deixando clientes e parceiros em situação complicada. Empresas nacionais de sistemas tradicionais tiveram seu ritmo de produção reduzido drasticamente, tendo, inclusive, que reduzir o quadro expressivamente, o que afeta a situação financeira das mesmas. Não é o caso da SSI Schäfer, pois devido aos projetos em curso nos diferentes países, continuamos aumentando os investimentos e o quadro de funcionários”, diz del Campo.

Na visão de Cristófaro, da ULMA Handling Systems, os momentos de incerteza atualmente vivenciados pelo mercado nacional exigem que se olhe com uma dose de otimismo os desafios e que se proponham ações concretas e criativas para oferecer soluções adequadas às empresas. “Acreditamos no Brasil e temos compromisso pessoal e profissional com nossos clientes para oferecer as soluções mais adequadas às suas demandas. A expectativa é que o mercado recupere a confiança e retome seu crescimento, mas agora é hora de as empresas fornecedoras de sistemas, como a ULMA, se prepararem para a demanda reprimida que se apresentará nos próximos meses. Nosso foco segue sendo a inovação tecnológica como prioridade estratégica para desenvolvimento de sistemas flexíveis e eficientes, que assegurem produtividade e controle do processo como um todo.”

Oliveira, da Viastore Systems, também fala do cenário político-econômico que vivemos. O mercado, de uma maneira geral, passa por um recessão, e a automação passa a ser vista como uma forma de otimizar os custos logísticos e, consequentemente, aumentar a competitividade das empresas no mercado. Há, também, segmentos que não são afetados e continuam com seu plano de crescimento e investimento. “A Viastore está confiante em um bom 2016. Estamos focados em oferecer o necessário para que as empresas possam atingir os seus distintos objetivos, transformando nossos clientes em parceiros”, completa o gerente de vendas.

E Rodrigues Neto, da Scheffer, faz sua análise pelo lado da tecnologia, a qual, segundo ele, está em constante evolução – ano a ano, novas soluções são desenvolvidas a fim de agregar valor ao negócio dos clientes. “Dentro do cenário atual precisamos sempre de inovações, e o cliente busca na Scheffer uma forma de atualizar ou reinventar seu cenário de trabalho, por este motivo as perspectivas para 2016 são de que os clientes continuem buscando inovar e para isso consultando a Scheffer.”

Tendências
Neste contexto em que vivemos, quais as tendências nesta área?

Rodrigues Neto, da Scheffer, lembra que as empresas buscam cada vez mais integração em seus processos. “E, hoje, com a evolução da comunicação, notamos uma tendência pelas empresas em sistemas cada vez mais autônomos, capazes de se adaptar a diferentes tipos de processo, capazes de trocar informações com outros sistemas, ou seja, as empresas querem um sistema que seja autossuficiente, e isso pode ser notado com a crescente evolução das indústrias 4.0.”

Por sua vez, del Campo, da SSI Schäfer Latam, diz que a tendência é incorporar tecnologias que se paguem. “Não temos um produto específico que ‘precisamos’ empurrar. Temos uma paleta de produtos e soluções grande, às vezes uma consultoria de processos resolve sem precisar investir em equipamentos, outras vezes a incorporação de um software WMS é a solução, ou talvez um portapaletes ou uma caixa plástica, ou finalmente um complexo sistema automático. Ou seja, não há um padrão ao nosso entender quanto à tendência, o que o mercado respeita é entender os motivos para incorporar uma tecnologia determinada. Quais os benefícios, em quanto tempo se paga? O mercado quer soluções e foge de modas.”

Cristófaro, da ULMA Handling Systems, também atesta que a tendência observada nos últimos anos é o desenvolvimento de projetos personalizados aos negócios dos clientes. “Para isso, a ULMA traça uma espécie de circunferência ao redor do cliente: prestamos serviços de consultoria logística, planejamento e engenharia, execução de projetos, serviço pós-venda e, caso necessário, reengenharia”, informa.

Novidades
Quando abordam as novidades em termos de sistemas de armazenagem – principalmente tecnologia –, os participantes referem-se às suas próprias empresas.

Por exemplo, Scheffer diz que a Águia Sistemas levará à Fispal uma novidade no portfólio da empresa: um sistema Dinâmico Horizontal Acionado. O novo produto foi desenvolvido a partir de demanda apresentada pelos clientes para aumentar a densidade da armazenagem em Centros de Distribuição, alcançando com isso, também, uma redução de custos na cadeia logística. “O sistema Dinâmico Horizontal Acionado é composto por estruturas de estocagem que movimentam os paletes de produtos em pistas paralelas ao piso, ou seja, sem a necessidade de inclinação e sem perda dos níveis de armazenagem, permitindo estocagem em túneis de grande profundidade.

A movimentação é feita empregando a tecnologia Pulse Roller – rolos acionados para a motorização. Esses roletes detectam a presença do palete sem a necessidade de sensores óticos e, a partir deste momento, inicia-se a criação de uma lógica para a movimentação”, finaliza Scheffer.

A Scheffer recentemente lançou um sistema de armazenagem automático para estruturas tipo drive-in. A solução contempla os já conhecidos transelevadores, porém utilizando um carro satélite, a bateria, para realizar os processos de armazenagem e retirada de cargas do armazém. Este sistema garante uma alta densidade de armazenagem ao sistema, reduzindo custos de aquisição de área e custos operacionais. “Um fato importante deste sistema é que o mesmo pode contemplar vários carros satélites no mesmo corredor, sendo transportados por um único transelevador – ao passo que uma carga está sendo armazenada, outra carga já foi disponibilizada para retirada, o processo torna-se mais eficiente e rápido com mais carros”, explica Rodrigues Neto.

“Na SSI Schäfer estamos completando nossa gama de soluções com alguns lançamentos. Por exemplo, o SSI Schäfer Weasel. Trata-se de veículo autoguiado que trafega no piso, permitindo levar mercadorias de um ponto a outro sem criar barreiras para os fluxos existentes concomitantes. No caso, esta solução transporta caixas. Igualmente estamos fazendo cada dia mais projetos de SSI Schäfer Autocruiser. Semelhante ao anterior, porém os carrinhos andam sobre um circuito elevado. Ambas as soluções são muito úteis, tanto para armazéns quanto para processos de fabricação, movimento interno e armazém/linha de produção, e podem ser combinadas com outro sistema que está tendo enorme aceitação, nosso SSI Schäfer Logimat, que é um armário vertical que permite armazenar um enorme número de SKUs num espaço reduzidíssimo com total controle do estoque. Igualmente o SSI SCHÄFER Logimat se comercializa sozinho ou em clusters.”

Por sua vez, a ULMA tem buscado inovar e melhorar continuamente suas soluções automatizadas ao mercado, fazendo de cada projeto uma solução única e best practice para aquele cliente, conta Cristófaro. “Além de algumas soluções que temos trabalhado em AGVs e sorters, nossa principal novidade está nos sistemas FSS/SQS. São os sistemas de última geração da ULMA-DAIFUKU projetados com materiais leves e motores de baixo consumo que permitem a regeração de energia. Estes equipamentos de separação de pedidos possuem um mastro duplo composto por um robô que se desloca horizontalmente dentro de um corredor, guiado por um trilho inferior e outro superior. Ademais, dispõe de um deslocamento vertical para posicionar-se frente a uma localização de estante para introduzir ou extrair a carga mediante extrator. Seu projeto permite uma carga/descarga simultânea dos produtos, permitindo fluxos máximos que superam as 300 caixas/hora. O sistema de extração do robô é de gancho duplo e possui um método de reposicionamento de gancho que permite uma excelente agrupação dos produtos. O sistema de separação de pedidos FSS/SQS garante uma precisão exata na detecção na posição da estante e possui avançadas técnicas de frenagem e curvas de aceleração”, completa o gerente comercial da ULMA Handling Systems.

Por fim, Oliveira destaca que a Viastore lançou recentemente o seu sistema shuttle de armazenagem, o Viaflex. “Este lançamento nos permite oferecer ainda mais flexibilidade aos nossos clientes e parceiros.”

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