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Especial 22 de março de 2017

Tecnologia embarcada proporciona mais conforto para o operador e aumento de produtividade

Na verdade, são vários os benefícios alcançados com este recurso que já integra boa parte das empilhadeiras disponíveis no mercado. Por exemplo, também garante maior segurança ao operador e ao patrimônio da empresa e permite reduzir custos operacionais.

Como diz Martin Ochsenhofer, engenheiro de aplicações da KION South America Fone: 11 4066.8157), a tecnologia embarcada em empilhadeiras pode ser compreendida de diversas formas.

Ele, por exemplo, diz que engloba desde dispositivos que ofereçam maior ergonomia ao operador, como um sistema de direção elétrica ou uma cabine climatizada, até os sistemas de navegação assistida e a automação de empilhadeiras. “Os avanços da tecnologia aplicada em equipamentos de movimentação e armazenagem têm sido cada vez mais ousados, seja para obter o aumento de produtividade, para garantir maior segurança ao operador e ao patrimônio da empresa ou para reduzir custos operacionais”, ensina Ochsenhofer.

Henrique Antunes, gerente nacional de vendas da BYD do Brasil (Fone: 19 3514,2550), vai mais além: segundo ele, a tecnologia embarcada em empilhadeiras pode ser desde um simples leitor de níveis de estante até as baterias de fosfato de ferro lítio fornecidas por sua empresa. Ele também destaca que essas tecnologias resultam em maior produtividade, segurança de operação e, é claro, a busca continua de redução de custo.

Pelo seu lado, Gabriel de Carli, supervisor de pós-vendas e treinamentos da Clark Dabo Material Handling Equipment Brasil (Fone: 19 3856-9090), aponta que tecnologia embarcada é um sistema integrado, que permite personalizar as empilhadeiras, conforme as necessidades dos seus usuários, enquanto Rafael Arroyo, gerente de Marketing da Crown Lift Trucks do Brasil (Fone: 11 4585.4040), diz que se trata de tecnologia integrante nos equipamentos de movimentação de materiais que busca aprimorar características e resultados nas operações onde eles são utilizados.

E Hélio Hiroi, supervisor de Projetos da Hyster-Yale Brasil (Fone: 11 4134.4700), lembra que a tecnologia embarcada em empilhadeiras é um conceito de se utilizar os recursos eletrônicos digitais para a operação, controle e monitoramento do funcionamento das várias funções da máquina. Reduz a necessidade de manutenção, permite uma operação mais suave, aliviando os esforços em vários componentes, e oferece varias informações para a maior rapidez na localização e solução de problemas.

“O sistema eletrônico digital proporciona a maximização da eficiência de todas as funções. Pode ser programado para que, a partir das várias informações que o sistema gerencia simultaneamente, o próprio sistema atue nas reações da máquina, tanto para assegurar a segurança da operação quanto para evitar sobrecargas em determinados componentes, aumentando a eficiência e protegendo os mesmo de possíveis falhas”, exemplifica Hiroi.

Benefícios
Embora já tenham sido citados, vale a pena destacar os benefícios trazidos pela tecnologia embarcada.

O supervisor de pós-vendas e treinamentos da Clark Dabo diz que os principais benefícios são maior conforto, ergonomia, segurança e confiabilidade para os usuários, além de proporcionar maior durabilidade, redução das manutenções corretivas e aumento na produtividade.

“Os principais benefícios conquistados com tecnologias embarcadas se encontram na segurança do operador, do pedestre e da empresa – integridade do patrimônio –, aumento da eficiência com redução de custos, aumento da produtividade, através de maior velocidade e utilização de recursos, redução de desperdícios, melhor aproveitamento de oportunidades, interação com usuário e gestor e maior controle da operação através de indicadores, entre outros”, complementa Arroyo, da Crown.

Tendências
Com todos estes atributos em termos de benefícios, quais seriam as tendências no segmento de tecnologia embarcada em empilhadeiras.

Na visão de Carli, da Clark Dabo, uma das maiores tendências envolve os sistemas de telemetria, que permitem o monitoramento em tempo real das empilhadeiras. “Este sistema, composto de hardware e software integrado à empilhadeira, oferece informações como histórico de manutenções preventivas e corretivas, indicações dos sensores de temperaturas e pressões e falhas operacionais, entre outros monitoramentos exibidos em gráficos personalizados e de fácil visualização.”

Mais genérico, o gerente de Marketing da Crown aponta como tendências: interatividade amigável com o usuário – operador, técnico de manutenção, gestor; maior segurança ao operador, operação e pedestres; emissão e gestão de indicadores que aprimorem a produtividade; orientação direcionada ao trabalho através de gestão de frotas, WMS e integração entre sistemas; e telemetria.

“A tecnologia embarcada já é uma realidade. Na eletrônica, os recursos são incontáveis. A tendência é que cada vez mais este recurso será utilizado para melhorar o desempenho, a eficiência, manutenção, o monitoramento e a segurança nas empilhadeiras. Outra tendência envolve a utilização de novas fontes de energia, como baterias de lítio, células de hidrogênio, etc.”, acentua Hiroi, da Hyster-Yale.

Finalizando esta análise das tendências, o engenheiro de aplicações da KION enfatiza que as tecnologias advindas da chamada Indústria 4.0, como a conectividade, Internet das Coisas e a Computação em Nuvem, definitivamente são tendências que o mercado de movimentação e armazenagem segue bem de perto.

“Além da automação de equipamentos – continua Ochsenhofer –, outra forte demanda que observamos no mercado é a telemetria e os sistemas de gerenciamento de frota. Poder não somente controlar o acesso dos operadores às empilhadeiras, mas também monitorar a utilização dos equipamentos traz benefícios muito significativos em pouco tempo. Algumas das funcionalidades destes sistemas são o reconhecimento de impactos gerados por acidentes ou uso indevido, o consumo de energia da bateria, o tempo de atividade e inatividade da empilhadeira, o controle do intervalo de manutenções e até a localização do equipamento através de GPS. Todos os dados são transmitidos remotamente através de conexão wi-fi, Bluetooth ou GPRS/3G e enviados para um servidor em nuvem, que pode ser acessado de qualquer lugar pelo gestor da operação, através de um computador ou smartphone com conexão à Internet. Com facilidade é possível extrair relatórios gerenciais e providenciar ações para corrigir falhas e aumentar a eficiência, a otimização e a segurança da operação. A Linde STILL possui sistemas de gerenciamento de frota instalados em diversos clientes no Brasil e no restante do mundo.”

O que está disponível
Já que foi citado o que as empresas oferecem neste segmento, vamos nos aprofundar mais neste assunto.

Ochsenhofer prossegue destacando que a Linde STILL possui um portfólio completo de equipamentos de movimentação e armazenagem, com soluções simples, como empilhadeiras com controle do consumo de combustível e desligamento automático do motor por inatividade, ou projetos de maior complexidade, como empilhadeiras semiautomatizadas – que possuem pouca interação com o ser humano, como uma selecionadora horizontal que acompanha o operador quando o mesmo não está a bordo do equipamento – ou completamente autônomas – que trabalham sem qualquer interferência do ser humano. “Temos clientes que possuem Centros de Distribuição com diversas empilhadeiras trabalhando em conjunto sem a presença de nenhum operador. O fluxo de materiais e o tráfego de equipamentos são controlados através de sistemas eletrônicos inteligentes que podem ser monitorados remotamente”, comenta o engenheiro de aplicações da KION.

Por sua vez, as empilhadeiras Clark oferecem uma ampla gama de tecnologias embarcadas em suas máquinas. Carli diz que elas envolvem dispositivos como limitador de velocidade, sensor de presença do operador, dispositivos hidráulicos, sistemas de telemetria, cabines climatizadas, Blue light (luz azul), sensores de proximidade de pedestre, câmeras de ré e dispositivos de bloqueio de funcionamento.

A Crown oferece tecnologia embarcada desenvolvida nos Estados Unidos, em todos os seus produtos, informa, agora, o gerente de Marketing da empresa.

A principal tecnologia disponível em todas as suas empilhadeiras é o computador de bordo Access 123, que facilita a interação do operador com a máquina e, também, do técnico de manutenção com a mesma. Através de display touch screen e um diálogo de simples verificação, é possível realizar diagnósticos de manutenção e operação, muitas vezes sem a necessidade de abrir a máquina nem mesmo de utilizar laptops para realizar atualizações, entre outros, muito comuns neste setor.

Outra tecnologia – continua explicando Arroyo – é o Monolift Mast, presente nas séries Crown RM, RMD (reach trucks pantográficas) e TSP (trilateral), que consiste na composição de um único mastro com uma composição única de cilindros e pistões para elevação e descida dos garfos/cabine. Sua descida permite ainda a regeneração parcial da energia da bateria. No caso das séries RM e RMD, há ainda o Xpress Lower, tecnologia que permite descida da carga até 2 vezes mais rápido que as empilhadeiras retráteis comuns.

Outras tecnologias oferecidas pela Crown incluem: Closed Section Mast, camadas de estabilidade nos mastros que impedem a trepidação e aumentam a segurança (SP e TSP); suspensão Flex Ride para transpaleteiras, com materiais desenvolvidos especialmente para reduzir impactos sobre o operador ao acessar docas e juntas, com recurso de ajuste de peso que proporciona conforto e ergonomia ao operador; e-Gen braking, sistema inteligente de freios para empilhadeiras a combustão série Crown C-5, com acionamento de freio motor através de identificação de movimento crítico, com regeneração de energia para o motor, redução de gastos com peças e manutenção do motor; e QuickPick Remote, tecnologia wireless de operação de equipamentos em picking, através de luva e sistema de acionamento.

O supervisor de Projetos da Hyster-Yale diz que as empilhadeiras da empresa possuem basicamente três módulos de gerenciamento eletrônico: um módulo de gerenciamento do motor (ECU ou ECM), um módulo de controle do acionamento hidráulico do sistema de elevação e um módulo de gerenciamento da máquina (VSM) que trabalham interligados. “Temos, também, um painel digital que funciona em conjunto com o VSM, proporcionando a leitura dos dados essenciais e, também, um teclado onde o operador ou o supervisor pode configurar e ajustar varias funções da empilhadeira. Utilizamos a tecnologia CANbus no sistema de comunicação. Isto simplifica substancialmente a instalação elétrica e uma comunicação completa entre os diversos sistemas da máquina”, explica Hiroi.

Por último, a BYD do Brasil disponibiliza uma linha de empilhadeiras elétricas com baterias de fosfato de ferro lítio, tecnologia que, segundo Antunes, permite a utilização de uma só bateria mesmo para três turnos de trabalho, elimina a necessidade de sala de baterias, dispensa qualquer tipo de manutenção, permite recargas parciais, pode ser utilizada em área externa e gera economia de até 70%.

“Isso tudo só é possível graças à tecnologia embarcada não só na bateria, mas em todo o projeto. Isso nos possibilitou ganhar o prêmio IFOY – International Forklift Truck of the Year Award 2016, de melhor empilhadeira contrabalançada do mundo na CeMAT Hannover”, completa o gerente nacional de vendas da BYD do Brasil.

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