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Consultoria 5 de outubro de 2023

Três problemas de logística, transporte e distribuição no Brasil

Cerca de 50% dos custos totais de transporte e distribuição nas empresas estão relacionados às entregas de última milha, e essa situação é agravada quando há o acúmulo de outros problemas logísticos que aumentam os custos associados, é o que aponta o relatório Parcel delivery: The future of last mile (Entrega de encomendas – O futuro da última milha), da McKinsey & Company.

De acordo com Mario Veraldo, CEO da MTM Logix, mais de 80% das cadeias de suprimentos ainda são baseadas em processos manuais e softwares desconectados dos sistemas ERP das empresas. “No entanto, a grande maioria das tecnologias já está disponível para grandes e pequenas empresas, o que significa que os saltos tecnológicos podem ajudar estes estabelecimentos a atingir níveis de produtividade maiores e, assim, evitar problemas de logística e transporte.”

Há três problemas que valem ser ressaltados e que nem sempre são abordados em discussões no setor. O primeiro deles é a falta de uso das tecnologias oferecidas pelos serviços em nuvem, que ajudam a reduzir a carga administrativa dos gerentes de logística, aumentando a eficiência, otimizando os custos e melhorando a qualidade do serviço.

O segundo problema é a alta rotatividade de motoristas no país. Há uma relação direta entre a falta de recursos das empresas para financiar a compra de novos equipamentos e o fato de que as transportadoras não estão profissionalmente equipadas com motoristas para realizar o trabalho de campo. Esse cenário resulta em más práticas no processo de entrega, como negociações inadequadas com os clientes finais, lacunas no preenchimento das informações de despacho e falta de disciplina para cumprir as rotas designadas.

Veraldo ressalta que parte da solução para esses problemas logísticos está na adoção de software que avalia e otimiza as rotas, com a criação de um mapa com os melhores pontos geográficos para agregar as mercadorias. Essa tecnologia usa algoritmos e análise de dados para determinar as rotas mais eficientes para a coleta terrestre, mas também inclui a melhor rota para o contêiner ser transportado por via marítima. 

“Ao otimizar as rotas, a distância total percorrida em um determinado dia é reduzida, o que reduz o uso de combustível. Logo, essa redução decorre, além da eliminação de rotas desnecessárias ou ineficientes, da redução na quantidade de mercadorias”, diz o CEO.

O terceiro ponto é a falta de indicadores-chave de desempenho (KPIs) nas empresas. É importante que os gerentes de logística tenham dados em tempo real sobre a atividade e o desempenho dos processos de entrega, pois eles fornecem informações vitais para as tomadas de decisões. Esses KPIs podem ser aplicados a qualquer processo de logística e são particularmente úteis para medir o desempenho de entrega e expedição. Entretanto, atualmente, 30% das empresas de logística não implementam KPIs, de acordo com um relatório da EGADE Business School.

A importância de ter KPIs para a medição dos processos na logística de expedição vai além da clareza de funcionamento das atividades de cada empresa, já que trabalhar com esses indicadores logísticos também pode reduzir as temidas despesas que, na maioria dos casos, podem chegar a até 25% do total dos custos de transporte.

Soluções como as “Torres de Controle”, por exemplo, possibilitam a coleta de dados exclusivos de clientes que não são consolidados em nenhum outro lugar, potencializando as cadeias de suprimento por meio da automação de processos e análise de dados. Com isso, as empresas podem ter em mãos todos os KPIs necessários para realizar ajustes e desenvolver suas atividades, com soluções que integram, hoije, as melhores práticas do mercado, com economia de custos.

“A análise preditiva pode ser realizada por meio de inteligência artificial e tecnologias de aprendizado de máquina. Essas tecnologias usam dados históricos e algoritmos para prever comportamentos e tendências futuras. No contexto da redução dos custos de estoque, a análise preditiva pode prever a demanda futura de produtos, permitindo que as empresas otimizem seus níveis de estoque e evitem custos desnecessários associados ao excesso de estoque ou à falta de estoque”, conclui Veraldo.

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