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Conteúdo 16 de fevereiro de 2009

Um balanço do desempenho do setor

Nesta reportagem especial, alguns operadores logísticos fazem uma análise do setor,abordando itens como as mudanças mais significativas ocorridas, os avanços em tecnologia, os novos serviços, os efeitos da crise e as exigências do mercado, entre outros.

Já que a revista Logweb comemora sete anos, pedimos a alguns operadores logísticos instalados no mercado brasileiro que fizessem um balanço do setor nestes últimos sete anos. Os resultados são apresentados a seguir.

“O mercado de Prestadores de Serviços Logísticos (PSL) passou por mudanças significativas nos últimos anos. De meros responsáveis pela guarda dos produtos de seus clientes, os PSLs passaram a prestar serviços cada vez mais específicos e dedicados, se tornando muitas vezes um braço de seu próprio cliente. Desta forma, os Serviços de Valor Agregado se tornaram uma parte importante do portfólio dos grandes PSLs, onde estes se diferenciam por entrar cada vez mais fundo dentro da cadeia de Supply Chain de seus clientes. Para desenvolver e prestar estes serviços, os PSLs precisaram desenvolver sistemas e interfaces de informação cada vez mais amplas e eficientes. Hoje em dia, não basta apenas oferecer um bom serviço de recebimento, armazenagem, expedição e transporte. Os PSLs precisam oferecer todos estes serviços sustentados por uma Logística de Informação eficiente, ou seja, não basta termos apenas o produto correto no local correto na hora certa: temos que dispor, também, da informação correta no momento em que ela ocorre. Com os avanços da Internet nos últimos anos, ter a informação on-line não é suficiente: ela precisa estar lá em tempo real. A ampliação deste leque de serviços para o transporte foi um dos grandes avanços dos últimos anos, que se tornaram possíveis graças aos avanços tecnológicos, que permitiram uma colaboração maior entre as partes, possibilitando até mesmo o desenvolvimento do que aqui no Grupo Luft chamamos de Logística Colaborativa, onde o cliente e seu PSL são parceiros no atendimento dos pedidos, e a informação flui rapidamente e de maneira simples e intuitiva, em paralelo com os produtos físicos.” Cristiano Baran, diretor executivo da Luft Solutions

“Fazer uma análise de mudanças nos tempos atuais é uma tarefa árdua. Estamos vivendo dias em que a velocidade das transformações é estonteante – este é o termo que mais se aproxima do sentimento que tenho ao tentar olhar para alguns anos atrás. Dizer que estamos vivendo na era da informação é chover no molhado, porém mesmo sendo do conhecimento de todos, nos assustamos com os efeitos em nosso dia-a-dia da velocidade com que as coisas estão acontecendo. Na logística não tem sido diferente. A informação ocupa um lugar cada vez mais importante. Foi-se o tempo em que fazer uma boa logística consistia em transportar produtos de um ponto A a um ponto B. Atualmente, além disso, é preciso garantir que o fluxo de informações ocorra com a mesma velocidade ou até mais rápido do que a movimentação dos materiais. Temos visto, também, os mercados caminharem a passos largos em direção à customização. No início do século 20, a Ford iniciava a produção do Modelo T, que poderia “ser encomendado em qualquer cor, desde que preto”. Hoje podemos comprar um veículo através da internet escolhendo um sem número de itens customizados. No mercado de serviços não é diferente, os clientes exigem cada dia mais diferenciações e isto exige uma flexibilidade enorme dos prestadores de serviços logísticos. Outro aspecto que não podemos deixar de citar é a exigência por baixos custos. Em todas as direções que olhamos vemos a competitividade se acirrando enormemente, e custo é sempre um fator decisivo na escolha de produtos ou serviços. Vemos também o mercado de logística trilhando o caminho da especialização. Temos visto operadores se especializando em partes da cadeia e outros se especializando em segmentos de mercados e até companhias que se especializaram em determinados tipos de serviços para setores específicos. Customização, informação, exigência de níveis de serviço cada vez maiores a custos cada vez menores nos remetem diretamente à tecnologia. Como acompanhar o andamento de uma cadeia de suprimentos de maneira precisa, em tempo real e ainda dar visibilidade ao cliente da forma que ele quer ver? Sem um bom aparato tecnológico é impossível. Softwares, hardwares, acessórios, periféricos, inteligência de construção. É quase inviável gerir uma cadeia logística nos dias atuais sem estes recursos que precisam ser confiáveis, precisos e de baixo custo.” Alex Feijolo, CEO da Célere Intralogística

“Há 12 anos, aproximadamente, percebemos vários operadores logísticos globais instalando-se no Brasil, muitos deles estimulados pela projeção de crescimento do setor automotivo. Mas agora, vemos que muitos fizeram o caminho de volta ou foram comprados por outros operadores. O caso mais recente é o da Ryder, que decidiu, em dezembro, sair da América Latina. Como reflexão, porém, vale destacar o comprometimento dos operadores logísticos brasileiros, que bravamente continuam firmes e investindo no próprio país, oferecendo maior confiança aos clientes na perpetuidade do negócio.” Markenson Marques, diretor-presidente da Cargolift Logística

“O desenvolvimento dos serviços de logística e a inteligência neles empenhada foram, sem dúvida alguma, os fatos mais relevantes para o segmento nos últimos dez anos. As grandes corporações passaram a perceber que as empresas de logística não se limitavam ao mero transporte de cargas. Graças à integração dos serviços de transporte, armazenagem e gestão de estoques, companhias passaram a ser vistas como Operadores Logísticos e, portanto, como parceiros estratégicos que promovem eficiência em processos e otimização de fluxos, além de ganhos em qualidade e custos. Para isso, tem sido fundamental o grau de especialização que as empresas têm adotado. E, nesse aspecto, a informática tem sido um diferencial: supre as empresas de informações precisas, on-line e em tempo real; aperfeiçoa o gerenciamento de fluxos e de processos; e é uma ferramenta eficaz de monitoramento. O fluxo e a qualidade das informações com as quais trabalhamos deve sempre ser uma das prioridades do setor. A médio prazo, ainda há espaço no mercado para a consolidação de todas essas melhorias e até mesmo para o crescimento e a ampliação de serviços logísticos integrados, entre os quais se encontra o desafio da multimodalidade. Embora o modal rodoviário ainda seja a essência da logística brasileira, é preciso que o setor comece a vislumbrar novas possibilidades, a pensar na integração de vários modais e, assim, intensificar sua importância estratégica para o mercado.” Gennaro Oddone, diretor-presidente da Tegma

“As principais mudanças que ocorreram no setor logístico nos últimos 7 anos foram: evolução da cabotagem, com crescimento expressivo; aumento de terminais logísticos (de contêineres e Centros de Distribuição) no interior do Brasil; aumento da presença de Operadores Logísticos globais em território brasileiro; incremento do nível de tecnologia aplicado às operações logísticas – WMSs mais versáteis, radiofrequência, roteirização e monitoramento via satélite; evolução dos terminais portuários – maior operação, mais ágeis e melhor controlados (sistemas integrados); presença marcante da ferrovia no transporte de cargas gerais; aumento da utilização de tecnologia no incremento da segurança patrimonial; aumento significativo das terceirizações de serviços logísticos ‘in-house’. Já quanto aos principais avanços em tecnologia, consideramos: gerenciamento de risco integrado, segurança + logística; monitoramento de veículos e terminais; sistemas de gerenciamento de armazéns mais versáteis; RFDI; maior quantidade de troca de informações via Troca Eletrônica de Dados (EDI). É importante destacar, também, que novos serviços surgiram no mercado: terminais multimodais; transportes dedicados, com equipamentos específicos (rodotrens, bitrens, graneleiros para líquidos e sólidos melhor adaptados a operações específicas); Milk-run – coleta programada de matérias-primas e

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