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Investimento 4 de abril de 2016

VAJLog passa a focar, também, em armazenagem e logística in house para lidar com mercado incerto

Companhia que iniciou suas operações logísticas focada no transporte para o setor alimentício, a VAJLog (Fone: 11 2500.5976) hoje está buscando ampliar o seu escopo. E isto não significa apenas atender outros segmentos da economia, mas também aumentar o ramo de atividades fornecidas. Para isso, está voltando os esforços também para a armazenagem.

O sócio Wagner Lestingi, que comanda a companhia ao lado de Carlos Di Pietro Sousa, afirma que a armazenagem é o que fideliza o cliente no segmento logístico. “Quando se atua apenas com o transporte, o cliente troca de fornecedor facilmente. Com a armazenagem é diferente, os clientes não vão embora de forma tão rápida.”

Outra atuação que receberá grande enfoque da companhia é a logística in house, em que a VAJLog assume total ou parcialmente os ativos do cliente, realizando as atividades operacionais de logística em armazéns, Centros de Distribuição, transferências e distribuição. Nesta atividade, a empresa contratante passa a ter todas as suas necessidades de transporte e movimentação de cargas analisadas e feitas por uma empresa terceirizada e especializada.

Direcionar os negócios para gerar mais valor agregado e mais renda virou foco na VajLog. Inclusive, passando a atuar com outros tipos de cargas, fora a alimentícia. Hoje, a companhia divide a sua carteira de operações em 25% para alimentos, 15% para industrial químico e 60% para automotivo, incluindo lubrificantes, líquidos especiais e peças.

Mesmo que tenha aberto o leque de atuação, o ramo de alimentos ainda é um importante aliado da companhia. E para 2016, a previsão é que a participação na carteira aumente, com o início da importação de peixes e frutos do mar, além de frutas secas da Argentina e Chile, atuando em consórcio com uma transportadora chilena. A VAJLog será responsável por toda a inteligência de transporte, comercialização, controles e gestão da informação que envolverá a operação. O modelo será estendido para o Uruguai, Bolívia e Paraguai ainda neste ano.

A VAJLog também tem novidade na mineração e é responsável pela inteligência de transporte de minério de ferro, que envolve 5.000 toneladas mensais, saindo de Marabá, PA, em direção a Itapeva, SP.

As boas notícias para a companhia, no entanto, não impedem que Lestingi faça análises preocupantes sobre o setor logístico para o ano. “2016 deve ser tão difícil quanto 2015 em todo o país, inclusive para Operadores Logísticos e transportadores. É preciso equilibrar custos e, infelizmente, isso ocorre mexendo no quadro de trabalhadores”, explica.

Chamado de canibalista pelo executivo, o setor possui uma característica peculiar: os embarcadores, muitas vezes, buscam apenas o preço. Como explica Lestingi, é comum ver a chamada de concorrências enormes que funcionam como um leilão. Há um nível mínimo aceito de qualidade, estrutura e documentação, mas o que decide a escolha pelo fornecedor é o preço.

Neste cenário, outra solução encontrada pela companhia para melhorar os custos com os serviços foi montar alianças para o compartilhamento de espaços de armazenagem, transformando o custo fixo em variável. Com o compartilhamento, há a divisão de custos baseado na utilização do espaço, que muitas vezes, em função da atual situação econômica, está ocioso. “O transporte é o termômetro do país. A crise econômica prolongada faz o mercado demorar a voltar ao normal”, analisa.

Ainda assim, é possível apontar setores interessantes para os próximos anos, como o de tecnologia, fármaco e cosméticos que darão um respiro para o setor. Já para o automotivo, peças e acessórios a análise é que a queda continua. Em tecnologia e telecomunicações, a VAJLog fechou um contrato recente para atuar como transportadora de uma operadora, como subcontratada de um Operador Logístico.

Hoje, a VAJLog conta com quatro armazéns, sendo um próprio em Guarulhos, SP, e outros três compartilhados, no Rio de Janeiro, RJ, Belo Horizonte, MG, e Manaus, AM. Para o transporte são usados 38 veículos próprios, em maioria carretas, e outros 83 veículos terceirizados, para médio e longo curso.

A companhia fechou 2015 com crescimento de 54% no faturamento, de abril a dezembro, e projeta crescer mais 25% durante 2016.

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